Bodies 1x03 – All in Good Time

Elias. Comandante Mannix. Julian Harker.

QUE EPISÓDIO FENOMENAL! A dinâmica e o ritmo de “Bodies” estão me prendendo totalmente! Adoro os protagonistas, adoro como as peças vão “se encaixando”, ao mesmo tempo em que seguem sendo um grande mistério a ser resolvido, adoro como cada novo detalhe é uma vitória. Com “All in Good Time”, o terceiro episódio de “Bodies”, a proposta de viagem no tempo é oficialmente apresentada em 2053, mas isso não resolve o principal mistério da série ainda: como o corpo de Gabriel Defoe foi encontrado quatro vezes durante a história em Longharvest Lane? Enquanto nos perguntamos a respeito disso, vemos a história de Elias Mannix se desenrolar, e ele pode ser o personagem mais importante da série, a julgar por suas diferentes aparições.

Em 2023, Shahara Hasan continua tentando chegar a respostas em relação ao corpo encontrado em Longharvest Lane e o porquê de Syed ter preferido tirar a própria vida a responder algumas perguntas… e as coisas caminham de maneira inusitada quando Elias Mannix aparece assustado na casa de Hasan, querendo que ela o escute e que acredite nele: não foi ele quem matou o homem que ela encontrou naquela rua, mas “eles” vão fazê-lo confessar e dizer que foi ele. Quando Elias Mannix, aqui com 15 anos (!), é levado para interrogatório, ele está prestes a assinar um documento confessando o crime, que é mais do que evidente que ele não cometeu… quer dizer, que ele não cometeu ainda, pelo menos. Ainda é muito incerto o que ele fará no futuro.

Toda a trama de 2023 é extremamente tensa e muito bem construída do início ao fim, com Shahara querendo acreditar em Elias Mannix, por algum motivo, e fazendo de tudo para que ele lhe conte o que sabe, inclusive sugerindo uma troca de advogados, caso ele esteja sendo forçado a dizer o que não quer, e se escondendo embaixo da mesa para que ele converse com ela com confiança, sem medo de estar sendo ouvido por Barber ou quem quer que esteja do outro lado do vidro… e, embaixo da mesa, Elias fala sobre coisas que ainda não aconteceram, e é possível notar o pavor que está nos seus olhos. O mais interessante, para mim, foi como a fala de Elias, com as informações que lhe passam do futuro, parece sugerir um papel muito importante para Hasan.

Em 2053, acompanhamos um pouquinho de Gabriel Defoe, levado para a sede da KYAL por Iris Maplewood, e aquela sequência é de arrepiar, porque só imaginamos a angústia que Defoe deve ter sentido enquanto assistia à sua própria morte na frente dos seus olhos… não um gêmeo, não um sósia, mas ele mesmo, segundo os exames de DNA provam. De acordo com o Comandante Mannix (!), aquele Gabriel Defoe que acabou de morrer veio de mais ou menos dois dias no futuro, a julgar pelo estado da cicatriz na testa, que é um corte que o Gabriel Defoe vivo já tem. E, aí, o Comandante Mannix fala a Iris sobre Chapeu Perilous, uma pessoa que aparentemente conseguiu controlar a viagem no tempo, e tudo o que ela possivelmente pode fazer a partir disso.

Inusitadamente, no entanto, é o próprio Comandante Mannix quem deve estar fazendo o que bem entende através da viagem no tempo… afinal de contas, na trama de 1890, vemos Alfred Hillinghead e Henry Ashe trabalhando juntos em busca de alguma resposta em relação ao corpo encontrado em Longharvest Lane, e eles chegam a algumas pistas – interessante como essa parte da investigação se concentra na marca de uma bengala para trazer respostas até que bastante convincentes, e os dois acabam conhecendo o Sir Julian Harker: o homem da foto tirada por Ashe. O mais “curioso” é que Sir Julian Harker não é, realmente, Julian Harker, mas alguém que se passou por ele depois da guerra e que foi acolhido por Lady Harker que estava desesperada por ter o “filho” de volta.

E esse Julian Harker é, na verdade, o próprio Elias Mannix.

Ha!

Infelizmente, Hillinghead cai ingenuamente em uma armadilha. Não sei se ele não desconfiou que o convite de Julian Harker poderia ser uma armadilha, ou se ele estava tão desesperado para conseguir suas digitais que acabou aceitando o risco. Toda a sequência de Alfred na casa dos Harker é preocupante, e nós assistimos sabendo que alguma coisa vai dar errado – curiosamente, enquanto Alfred Hillinghead está sendo “distraído” com uma sessão espírita, o “espírito” do outro lado parece estar respondendo de verdade às suas perguntas: Alfred participa do “jogo” e pergunta o nome do espírito, que responde com “Defoe” (e sabemos que é verdade), e quando Alfred pergunta quem o matou, ele começa a escrever um nome, mas só tem a chance de escrever 2 letras antes de ser interrompido: M e A.

Mannix?

De todo modo, Alfred acaba sendo drogado, despido e tiram uma foto dele com o corpo de Defoe, algo que vai ser usado contra ele mais cedo ou mais tarde… depois de toda essa sequência, ele procura Henry Ashe e os dois compartilham uma grande cena – é impressionante a QUÍMICA que esses dois têm! Ainda abalado e levemente drogado, Alfred se mostra mais frágil do que ele jamais se permitira antes na frente de Henry, e pede que ele o abrace para que ele possa dormir, e os dois adormecem abraçados… quando Alfred acorda, com Henry ali ao seu lado, ele não pode mais negar ou esconder o desejo que sente por ele desde o primeiro dia, e então os dois se entregam a uma cena quente e excitante. Mas será que podemos confiar no Henry?

Queria muito acreditar que sim.

Por fim, temos um pouquinho de 1941, e ainda não sabemos bem como Mannix se encaixa nessa parte da história… quer dizer, o nome “Harker” até aparece, mas será que o próprio Mannix também está nessa época? De todo modo, Charles Whiteman é quem mais está sendo diretamente controlado pela KYAL (embora eles talvez ainda não usem esse nome oficialmente) e eles querem que ele se livre de uma garotinha de uns 11 anos que o viu pegar o corpo em Longharvest Lane e colocar no porta-malas de um carro… e que agora o está ameaçando. Por um momento, eu realmente acreditei que Whiteman tinha matado a garota (!), mas ele a escondeu na sua própria casa, o que quer dizer que ele não é tão mau assim. Mas, agora, ambos estão correndo perigo!

 

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