Bodies 1x06 – The World Is Yours

“There’s no stopping it. It’s already history”

Eletrizante, “The World Is Yours” é o que eu esperaria do penúltimo episódio da série, porque é um episódio que determina e explica muita coisa… com mais dois episódios pela frente ainda, eu estou bem curioso em relação aos rumos que “Bodies” vai tomar daqui para a frente, e o próximo episódio pode ser surpreendente! Aqui, as peças que mantêm o ciclo intacto são evidenciadas, e os personagens “desempenham seus papeis” para garantir que as coisas continuem acontecendo como sempre aconteceram e como acontecem de novo e de novo e de novo – mesmo quando elas acham que estão “quebrando o ciclo”. Por isso, retornamos ao que Gabriel Defoe dissera há dois episódios: o livre arbítrio existe ou, no fim das contas, é só uma ilusão?

Decisões foram tomadas… mas por quem?

Com as histórias de 2023 e 2053 sendo decisivas e explicando muita coisa, as histórias de 1890 e 1941 parecem, de certa maneira, mais “fechadas em si mesmas”, ainda que façam parte do ciclo da Utopia de Mannix. De qualquer maneira, é maravilhoso acompanhar esses dois tempos porque eu gosto muito do Alfred quanto do Karl. Alfred Hillinghead é pressionado para incriminar Henry Ashe pela morte em Longharvest Lane, mas, eventualmente, ele não tem coragem de trair Henry depois de visitá-lo, em uma cena dramática, emocionante e impactante. A química, a conexão e o amor de Alfred e Henry é palpável, e como Henry se recusa a fugir, Alfred acaba confessando o assassinato que não cometeu para poder salvar a vida do homem que ama.

Então, ele vai preso por homicídio.

Ainda é meio “difícil” associar a Polly de 1890, inteligente e capaz de notar quando o pai está mentindo, por exemplo, à Polly de 1941, aquela que se casou com Julian Harker e entrou para a seita de maneira cega. Sem querer fazer parte dessa história toda, Karl Weissman continua justificadamente enfurecido pela morte de Esther, uma garota de apenas 11 anos que foi friamente assassinada por Polly. Preciso dizer que Karl estava mais bonito do que nunca tomado pela raiva, desejo de vingança e determinação, quando ele invade a casa dos Harker e, em questão de poucos minutos, mata tanto Polly quanto Julian/Elias Mannix, que morre rindo por saber que “é tarde demais”. E, assim como Hillinghead, Whiteman/Weissman também é condenado por homicídio.

E levado à forca.

Já em 2023, estamos no dia mais importante da história da Utopia de Mannix: 14 de julho, o dia em que a bomba vai explodir… e Shahara Hasan desempenhará um papel importante nisso tudo, como sempre soubemos. Depois de descobrir uma bomba em um cofre que está em seu nome desde 1941 (!), Hasan faz de tudo para impedir Elias Mannix, aqui com 15 anos, de explodir a bomba que matará centenas de milhares de pessoas, mas está apenas fazendo as coisas como sempre fez e perpetuando o ciclo. A sequência é eletrizante e curiosamente irônica, porque Hasan acredita no seu sucesso temporariamente, até que Elias seja novamente rejeitado pela mãe e, então, tome a decisão de explodir a bomba… as suas atitudes são causadas pelo fato de ele não saber que é amado.

Perverso. E real.

“You are the mother of this world, Shahara”

Por fim, 2053 entrega as últimas peças do quebra-cabeças, em uma sequência repleta de tensão, protagonizada por Elias, agora o “Comandante Mannix”, Shahara Hasan, Iris Maplewood e Gabriel Defoe… as ameaças, as coisas que parecem determinadas, as últimas tentativas de quebrar o ciclo e a falha constante, um momento após o outro: Mannix é enviado a 1890, onde assumirá a identidade de Sir Julian Harker, e Gabriel Defoe pede que Iris o deixe segui-lo até 1890 e detê-lo no passado, mas Iris Maplewood escolhe manter as coisas como estão, com um medo egoísta do que será do futuro se o ciclo se quebrar, e então é ela quem atira em Defoe… morto e/ou morrendo, Defoe é fragmentado pela Garganta e seu corpo aparece em quatro tempos diferentes…

E o ciclo segue intacto.

 

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