Doctor Who (2ª Temporada, 1965) – Arco 014: The Crusade

Sir Ian.

Eu não diria necessariamente que “The Crusade” é um dos melhores arcos da segunda temporada de “Doctor Who” nem nada (tampouco chega à altura de outros episódios históricos que já tivemos na série clássica, como “The Aztecs”, que provavelmente segue sendo o meu favorito no gênero), mas é inegável que, depois de “The Web Planet”, qualquer coisa se torna mais empolgante… com roteiro de David Whitaker (que foi responsável por dois arcos curtinhos da primeira e segunda temporadas da série, “The Edge of Destruction” e “The Rescue”, esse segundo sendo a excelente apresentação de Vicki) e direção de Douglas Camfield, a história é o sexto arco da temporada e foi exibido em quatro partes, entre 27 de março e 17 de abril de 1965.

Como o título sugere, a TARDIS se materializa na época das Cruzadas, no século XII, e a história traz personagens como o Rei Ricardo, Coração de Leão, para “Doctor Who” enquanto o grupo de viajantes do tempo e do espaço precisa escapar de alguns contratempos até conseguirem voltar para a TARDIS e, consequentemente, escapar daquele lugar. Barbara acaba sendo capturada assim que eles deixam a TARDIS no século XII, e ela acaba se unindo a William des Preaux, um homem que foi capturado no lugar do Rei Ricardo e que está deixando que seus captores acreditem que ele é mesmo o rei… então, Barbara assume o papel de Joanna, a irmã de Ricardo… pelo menos até que ela seja reconhecida como uma impostora e eles acabem presos pelo Saladino.

Enquanto isso, o Doctor, Vicki e Ian encontram o verdadeiro Rei Ricardo, e tentam conseguir sua autorização para ir em busca de Barbara e, se necessário, negociar a sua liberdade – mas ele se recusa a negociar com o homem que matou seus amigos. Eventualmente, no entanto, Ricardo acaba aceitando o Doctor e seus companions como bons amigos, e isso rende UM DOS MELHORES MOMENTOS DA HISTÓRIA, quando Ian é oficialmente consagrado Cavaleiro Real, e se transforma em “Sir Ian”. Agora, Sir Ian tem uma missão até o Saladino para salvar Barbara e, quem sabe, William des Preaux. Infelizmente, no entanto, ele chega tarde demais, e Barbara já não está lá… movida e raptada, Barbara consegue escapar e vaga sozinha pelas ruas de Lydda, sem saber para onde ir.

Gosto de como Barbara parece sempre ter um protagonismo nas histórias de “Doctor Who”. Enquanto vaga por Lydda e se esconde de sentinelas que a buscam, Barbara recebe a inesperada ajuda de um homem chamado Haroun, um homem que tem um inimigo em comum com ela: El Akir. Haroun quer salvar a filha que foi levada à força por El Akir e, de quebra, se vingar do homem responsável pelo assassinato de parte de sua família, e isso começa a desenhar uma trama interessante para Barbara, enquanto Ian faz de tudo para chegar até Lydda e salvar a amiga… isso significa enganar um homem chamado Ibrahim, que está tentando fazer com que ele seja devorado por formigas (!), e escapar de uma armadilha usando um pouquinho de astúcia e esperteza.

Enquanto o Doctor e Vicki participam menos da ação, mas têm cenas interessantes com Ricardo e com Joanna (a cena de Joanna se recusando a ser entregue pelo irmão para se casar com Saphadin é uma das melhores cenas de “The Crusade”), Barbara e Ian correm mais perigos… Barbara consegue escapar de El Akir, se esconde em seu harém, e quando ela e outras mulheres são traídas e El Akir a descobre lá dentro, Haroun aparece para completar sua vingança, salvar Barbara e salvar a filha… Ian também finalmente chega a Lydda e ajuda Haroun a se livrar de guardas que estão tentando impedir a fuga, e então o grupo, parcialmente reunido, consegue escapar. Agora, eles só precisam encontrar uma maneira de chegar até o Doctor e, claro, até a TARDIS.

As últimas cenas de “The Crusade” trazem uns momentos muito legais tanto para o Doctor quanto para Sir Ian. Afinal de contas, quando o Doctor é “capturado” como um traidor e prontamente condenado, ele e Sir Ian fazem um teatrinho espetacular, no qual Sir Ian pede que ele seja o executor do Doctor, e o Doctor pede que lhe concedam um último desejo, já que ele já está condenado de todo modo… então, os dois conseguem escapar para se juntar a Barbara e a Vicki, entrar na TARDIS e deixar a Terra do século XII para trás, rumo à próxima aventura desconhecida que “Doctor Who” pode nos oferecer. É uma história simples, nada muito marcante, mas é bacana… e, agora, nos preparamos para “The Space Museum”, e eu estou bem curioso com esse arco!

 

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