Doctor Who: Especiais de 60 Anos – Especial 01: The Star Beast
“Oh, my
God! I did it again!”
COMO É BOM
SER FÃ DE “DOCTOR WHO”! No último dia
23 de novembro, “Doctor Who”
completou 60 anos. Prestes a iniciarmos uma nova era para a série, de volta com
Russell T. Davies como roteirista-chefe, Ncuti Natwa como o 15º Doctor e
distribuição internacional pelo Disney+, a série faz uma “pausa” nas
inesperadas aventuras do 14º Doctor, que por algum motivo que nem ele mesmo
entende tem o rosto de David Tennant de novo, e Donna Noble. Com a carismática
e caótica dupla formada por David Tennant e Catherine Tate, não tem como esses
episódios não serem FENOMENAIS. “The
Star Beast”, o primeiro dos três episódios especiais que celebram os 60
anos de “Doctor Who”, foi lançado no
último dia 25 e “resolveu” um problema antigo…
Donna Noble está de volta. Suas memórias
também.
Antes de
seguir falando sobre “The Star Beast”,
eu preciso comentar que toda essa preparação para a celebração dos 60 anos de “Doctor Who” me levou de volta no tempo,
quando um Jefferson de 20 anos estava vibrando frente ao lançamento de “The Day of the Doctor”, o especial de
50 anos que foi lançado no cinema (e que eu precisei ir para a capital para
assistir, em uma das melhores experiências da minha vida). Curiosamente, com
Matt Smith sendo o Doctor atual na época, o 11º, o episódio trazia o retorno de
David Tennant como o 10º Doctor… dessa vez, no entanto, o retorno de David
Tennant é mais enigmático: ele É o
“Doctor atual”, com o número 14 (!), e o episódio faz questão de se perguntar,
constantemente, por que “esse rosto está
de volta”.
Uhm.
O episódio é
MARAVILHOSO do início ao fim – mas é muito bom saber que ainda não precisamos
nos despedir desses personagens, algo que fica lá para o dia 09 de dezembro.
Donna Noble, que participou de um Especial de Natal entre a segunda e a
terceira temporada da série (depois da partida de Rose, antes da chegada de
Martha) e, depois, retornou como companion
para toda a quarta temporada, é uma das minhas companions favoritas de “New
Who” (quer dizer, ainda vamos seguir chamando assim, com a zeragem na
contagem de temporadas?). Poder ver Catherine Tate retornar ao seu papel de
Donna Noble é um IMENSO PRESENTE para todos os fãs que a acompanharam na época
(e depois também), e a dinâmica que ela tem com o Doctor segue irretocável.
ELES SÃO
HILÁRIOS JUNTOS!
E a energia
deles é uma delícia!
O Doctor
está confuso… depois de ter sido a 13ª Doctor, interpretada por Jodie
Whittaker, ele retornou a um antigo rosto conhecido, e não pode ser
coincidência que a TARDIS o tenha levado praticamente para o quintal da casa de Donna Noble. Essa proximidade do Doctor e
Donna acaba sendo a base de grande parte de “The Star Beast”, porque o Doctor teme se aproximar demais de Donna
e trazer de volta suas memórias, o que pode matá-la, e a mãe de Donna está
profundamente hilária tentando “fingir que nada está acontecendo”, e o episódio
gera expectativa, de uma maneira
paradoxal: tememos pela segurança de Donna, é claro, mas também estamos tão ansiosos para vê-la se lembrar de
tudo e vê-los se tornarem, novamente, Doctor-Donna.
Com um
visual bonito, alienígenas interessantes, uma história curiosa e corridas
rotineiras para o Doctor, o primeiro especial de 60 anos traz o Meep, um
alienígena aparentemente fofinho que Rose Noble, a filha de Donna, acaba
protegendo – e escondendo entre os brinquedos de pelúcia que ela mesma faz e
que, “curiosamente”, se parecem com os alienígenas que Donna conheceu em suas
viagens com o Doctor… eu achei muito legal como o Meep pode ser a coisa mais fofinha do mundo em um
momento e um vilão sanguinário disposto a destruir Londres e matar milhões de
pessoas em outro. Reviravoltas.
Também me diverti muito com a cena que leva a essa “revelação”, com o 14º
Doctor brincando de juiz em uma referência ao 4º Doctor, interpretado por Tom
Baker.
Para salvar
Londres, o Doctor percebe que ele precisa da ajuda de Donna – e que isso vai
lhe custar a vida. Preciso dizer que, sabendo que Donna Noble seguiria presente
nos próximos especiais, eu não fiquei tão apreensivo assim, mas teria sido
horrível trazer Donna de volta, uma das personagens mais queridas de “Doctor Who”, apenas para a vermos
morrer em um único episódio… isso não quer dizer que a cena não tenha sido
DRAMÁTICA e MELANCÓLICA. Que sequência perfeita entregue por David Tennant e
Catherine Tate! As palavras reativando o conceito de Doctor-Donna, a Donna de
volta com suas memórias, fazendo tudo o que precisava ser feito, e então ela
caindo nos braços do Doctor, dizendo que “foi divertido” e satisfeita por ter
salvado Londres.
FELIZMENTE,
Donna não está morta, e quando ela desperta com aquele “What?” hilário dela, eu
abri um sorriso de orelha a orelha, porque EU A AMO DEMAIS! Demais demais
demais. DONNA NOBLE É ICÔNICA. Adorei toda a explicação de como Donna sobreviveu à metacrise, porque o poder outrora absorvido
por ela, grande demais para uma única
pessoa, acabou sendo dividido com sua filha desde a última vez em que o
Doctor a viu, e então não era mais o suficiente para matá-la… isso também
explica um pouco da personagem de Rose Noble: a porta do seu “esconderijo”
sendo uma referência à TARDIS, os brinquedos de pelúcia que ela faz e o nome
que ela escolheu. Rose Noble parece uma personagem muito bem pensada para uma participação tão pequena.
Será que
ainda podemos vê-la com o 15º Doctor?!
ESPERO QUE
SIM!
De todo
modo, o episódio é uma aventura MARAVILHOSA. Passa incrivelmente rápido e,
pensando nele eventualmente, ele tem uma carinha de introdução, para uma história maior que será contada nos três
especiais, até a estreia de Ncuti Natwa como o próximo Doctor. O fim do
episódio traz Donna mais uma vez na TARDIS, para “uma única viagem”, a
princípio para eles visitarem Wilf, mas as coisas não saem exatamente como eles
planejam, porque Donna “derruba” uma caneca de café no console da TARDIS, as
coisas começam explodir e sabe-se lá onde eles foram parar… terá sido um
acidente ou, no fundo, Donna queria provocar a TARDIS para levá-la a uma
aventura? De todo modo, isso é algo que “Wild
Blue Yonder” nos responderá na próxima semana.
Por fim, eu
preciso comentar a respeito da nova TARDIS e como ELA É PERFEITA! A minha
TARDIS favorita talvez siga sendo a do 12º Doctor, mas eu AMEI a nova TARDIS
para o 14º e o 15º Doctors. Predominantemente branca, mas com luz nas “coisas
redondas da parede” que podem “mudar” a cor principal do interior, a TARDIS me
parece uma evolução natural da TARDIS original… aquela que acompanhamos desde o
1º Doctor na Série Clássica ou que vimos Clara Oswald usar quando deixa
Gallifrey. Assim, a “nova” TARDIS tem um gostinho de clássica e, portanto, nostálgica,
sem deixar de ser uma novidade: moderna e imensa, mais ou menos como era a do
11º. Meus olhos brilharam de felicidade ao entrar nessa nova TARDIS e eu
queria, assim como o 14º, ter corrido por ela.
Mal posso
esperar por mais aventuras ali!
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