I Cannot Reach You – Episode 3: Selfish Thoughts

Mal-entendidos.

O Yamato é a coisa mais fofa do mundo e eu posso provar! Bonito, carismático, educado e profundamente apaixonado, Yamato é o meu personagem favorito de “I Can’t Reach You”, e vê-lo sofrer me deixa de coração apertado! No episódio anterior, depois de Kakeru correr em sua direção e abraçá-lo firme pedindo que “ele seja seu amigo para sempre”, Yamato teve a certeza de que ele nunca seria mais do que isso para Kakeru: um amigo. Não é verdade, é claro, porque Kakeru já está apaixonado por Yamato, embora talvez ainda não entenda isso por completo, e sabemos que “I Can’t Reach You” chegará a um final feliz para esse casalzinho tão fofo, mas, naquele momento, a incerteza da juventude faz com que Yamato sinta coisas que o fazem sofrer…

Yamato e Kakeru sempre foram melhores amigos. Há algum tempo, no entanto, Yamato reconheceu seus novos sentimentos em relação ao Kakeru – e ele não consegue escondê-los, por mais que pense que está fazendo um belo trabalho nesse sentido. A introdução desse terceiro episódio foi emotiva e triste, com Yamato enfrentando um dilema interno: ele não tem coragem o suficiente para dizer a Kakeru que ele está apaixonado, mas simplesmente esconder isso dentro de si está doloroso demais, porque o sentimento tomou conta dele e está cada vez mais difícil… ele achou que ter sua amizade e manter o seu sorriso próximo a ele seria o suficiente, mas talvez não seja. E o Kakeru todo “perdido”, cutucando ele para fazer perguntas rotineiras?

Grande parte da ação do episódio se desenvolve quando Kakeru diz que não pode ir jogar videogame na casa de Yamato no dia seguinte porque “estará ocupado com a mãe”, e então começam os mal-entendidos… Kakeru acaba indo ao shopping com a mãe, mas encontra Akane e a mãe resolve “deixá-los sozinhos”; em paralelo, Yamato também está no shopping com a irmã, Mikoto, e eles estão conversando justamente sobre como Yamato está apaixonado por Kakeru… Yamato pode até tentar esconder, mas Mikoto o conhece bem! Então, enquanto pensa a respeito disso e como se sentiria se Kakeru aparecesse com uma namorada, Yamato vê Kakeru passar do lado de fora da lanchonete na qual está, sorrindo de orelha a orelha andando com Akane.

É demais para ele, não?

Então, Yamato sai correndo atrás dele e o encontra sozinho, esperando Akane do lado de fora de uma loja, e o puxa para um canto sozinho, onde eles possam conversar… mas a verdade é que ele não sabe bem o que dizer. É profundamente doloroso isso tudo para Yamato, especialmente porque fica parecendo que Kakeru mentiu para ele: ele dissera que estaria ocupado com a mãe e que não tinha nada com Akane, mas ele o dispensou para poder vir passear no shopping com a garota? Perdido, Kakeru mal sabe o que responder, e ele está saindo para atender a um telefonema de Akane (que, afinal de contas, quer saber onde ele está depois de “desaparecer” subitamente) quando Yamato se vira em sua direção, o puxa pelo ombro e o abraça.

Um abraço apertado, cheio de significado, sem querer deixar Kakeru ir embora.

Esse é UM GRANDE MOMENTO para Kakeru e Yamato. Mesmo sem palavras, muita coisa está dita naquele momento: E QUE CENA INCRÍVEL! A direção da cena é brilhante, conseguindo transmitir perfeitamente toda a dor e a emoção daquele momento… tudo o que está sendo sentido, dito ou não. Kakeru olha para Yamato com tanta emoção e tanto reconhecimento: Yamato está triste, com os olhos marejados e, para Kakeru, ele está mais lindo do que nunca, como se estivesse brilhando, e ele estende a mão para tocar o seu rosto, mas Yamato o impede… ele o impede porque ele quer ter a chance de dizer como se sente, se ele tiver coragem para isso, e ele de fato começa a fazê-lo, até que eles sejam interrompidos pela chegada da mãe e do irmão de Kakeru.

Na verdade, minha experiência com BLs sabia que eles seriam interrompidos antes de Yamato ter a chance de colocar para fora o que estava sentindo… ainda assim, que cena! Com a chegada da mãe e do irmão de Kakeru, Yamato finalmente entende que tudo foi um mal-entendido, pede desculpas e sai apressado, e Kakeru não tem a chance de correr atrás dele e pedir que ele espere, porque a mãe quer que ele cuide do irmão: foi por isso, afinal de contas, que ele não pôde ir jogar videogame com Yamato naquele dia. Eu gosto muito de como “I Can’t Reach You” parece conseguir captar tão bem esse sentimento, emoção e intensidade da juventude, essa “angústia” que às vezes acompanha o momento em que você se apaixona, um momento tão cheio de expectativa e dúvidas…

Yamato e Kakeru estão dando passos em direção a um romance muito bonito. Eles precisam encontrar, no entanto, uma maneira de “chegar” um ao outro – e eu acho que isso é uma missão dupla, para que eles se encontrem “no meio do caminho”. Um dos amigos de Yamato também percebera que ele está apaixonado por Kakeru, e lhe disse o óbvio: por que ele não confessa o seu amor por ele? Afinal de contas, não é muito difícil de perceber como ele se sente, e Kakeru deve estar confuso com isso tudo! E, de fato, Kakeru está cheio de pensamentos, embora o seu carinho por Yamato seja inteligentemente expresso mesmo em pequenos detalhes, como no flashback de Kakeru escondendo o ursinho de pelúcia que Yamato ganhara para ele, porque queria guardá-lo consigo.

Agora, ele espera uma mensagem…

Uma mensagem que Yamato ainda não tem coragem de enviar.

  

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