Power Rangers Cosmic Fury – Master Plan

“A countdown? To destruction?”

QUE EPISÓDIO INCRÍVEL! QUE TEMPORADA MORFENOMENAL! “Master Plan” é o nono e penúltimo episódio de “Power Rangers Cosmic Fury”, a 30ª temporada da franquia, e é a preparação perfeita para o grande Finale do episódio seguinte, com direito a uma variedade de referências muito bem-vindas a temporadas antigas de “Power Rangers”, dentre as quais eu destaco, é claro, “Countdown to Destruction”, o Finale de “Power Rangers in Space”, que trouxera o sacrifício de Zordon sendo o responsável por expurgar todo o mal do mundo. Além de o título do icônico episódio que encerrou com maestria a primeira era de “Power Rangers” ser brilhantemente mencionado em um diálogo, ele é também toda a “base” para o plano de Bajillia.

No episódio anterior, com a inusitada ajuda de Mucus e Slyther, a única estátua sobrevivente de Dinohenge, que era a conexão corrompida de Ollie com a Rede de Morfagem, foi destruída – e Amelia e os demais esperavam que isso significasse que Ollie teria voltado ao normal… uma ligação do Lord Zedd, no entanto, parece indicar que esse não é o caso… ou é o que ele quer acreditar. Assim como Ollie fingiu ser bom para enganar a Dra. Akana e descobrir mais sobre os Rangers, no início da temporada, dessa vez ele finge ainda ser mal para enganar o próprio Lord Zedd e a) manter os Rangers em segurança por mais tempo; b) descobrir mais sobre o plano maléfico de Lord Zedd; e c) ajudar, quem sabe, Mucus e Slyther, que se arriscaram para salvá-lo antes.

Gosto muitíssimo de como “Power Rangers Cosmic Fury” está constantemente preocupada em honrar as temporadas anteriores, mesmo quando está contando uma história razoavelmente independente. Além do retorno de personagens de temporadas como “Mighty Morphin”, “Dino Charge”, “Ninja Steel” e “Beast Morphers”, um diálogo interessante entre o Billy e a Amelia, por exemplo, nos fala a respeito de todos os refugiados alienígenas que estão chegando à Terra em busca de segurança, o que começa a preparar o terreno para que, em 2025, a Terra no universo de “Power Rangers” seja como a Terra que conhecemos em “S.P.D.”, onde humanos e alienígenas conviviam em harmonia há algum tempo, e esse é um detalhe que me deixa bastante feliz.

Quando os Rangers (e, pior, o Lord Zedd) descobrem que Ollie estava fingindo ainda ser mal desde a destruição da sua estátua, Amelia decide que a prioridade é resgatá-lo, junto com Mucus e Slyther… e, assim, os Rangers partem para Eltar, o planeta-natal de Zordon (!), onde protagonizam uma batalha gigante (saída diretamente de “Uchu Sentai Kyuranger”), na qual “inauguram” o Cosmic Fury Megazord… temos bastante ação na invasão à base do Lord Zedd (que pretende absorver toda a energia dos Mestres da Morfagem e se tornar um Mestre ele mesmo!), e é MUITO BOM ver o Ollie sendo novamente parte da equipe, acolhido de braços abertos, apesar dos seus medos, porque, afinal de contas, ele não teve culpa de nada do que fez quando “era do mal”.

O resgate do Ollie culmina em uma contagem regressiva para a destruição (abri um sorriso gigante só com a menção a “Countdown to Destruction”), e Zayto não está disposto a deixar que os seus amigos sucumbam nos escombros da base do Lord Zedd… por isso, ele usa o que lhe resta da magia que lhe foi dada pelos Mestres da Morfagem, sabendo o que isso lhe custará: o sacrifício de Zayto salva a vida dos seus companheiros de equipe, mas seu tempo chega ao fim e ele é “absorvido” (?) pela Rede de Morfagem – assim como o Aiyon, que não se separa do amigo nem nesse momento. A conclusão da história de Zayto fica para o episódio final de “Power Rangers Cosmic Fury”, mas já é a segunda vez que ele se sacrifica pelo bem de seus amigos, o que é muito bonito e muito triste.

Sem Zayto e sem Aiyon, a equipe – formada por Amelia, Fern, Izzy, Javi e, agora, Ollie – precisa enfrentar o Lord Zedd, que é chamado assim pela última vez… ao absorver a energia dos Mestres da Morfagem, Zedd assume uma nova forma e se transforma no “Mestre Zedd”, e entrega uma batalha bastante complicada para os Rangers (muito bom ver o Ollie de volta na equipe, morfando pela primeira vez em seu novo uniforme), que, inclusive, também perdem os zords que eles tinham conquistado e tentam vencer o Mestre Zedd unindo todas as suas armas – outro detalhe muito legal que ME DEIXOU PROFUNDAMENTE FELIZ! Afinal de contas, essa história de “unir todas as armas” é algo que já foi muito grande e muito rotineiro em “Power Rangers”, precisava reaparecer!

No fim, no entanto, o Mestre Zedd é traído por Bajillia, a vilã que o tirou do cristal antes do início de “Power Rangers Cosmic Fury” – afinal de contas, ela queria justamente que Zedd absorvesse essa energia para, então, poder capturá-lo como ele capturou os Mestres da Morfagem e prendê-lo para que sua explosão gere uma onda de energia em todo o mundo, mais ou menos como aconteceu com Zordon quando Andros atingiu o seu tubo no fim de “Power Rangers in Space”. Dessa vez, no entanto, com a destruição do Mestre Zedd (!), teremos o inverso do que acontecera com a destruição de Zordon, e uma onda de mal que consumirá todo o mundo. Amo o fato de isso ser mencionado e Bajillia se defender da acusação de plágio dizendo que “essa onda destrói o bem, não o mal, então não tem nenhuma semelhança”.

Acredito que faz ANOS que eu não estou tão empolgado para a conclusão de uma temporada de “Power Rangers”. É muito triste pensar que temos apenas 10 episódios, é verdade, mas eu fico muito feliz com tudo o que “Cosmic Fury” conseguiu fazer nesse tempo, e como se preocupou em ser uma espécie de “conclusão” para uma história de 30 anos, cheia de referências bacanas – e uma história bem contada! Com o Mestre Zedd aprisionado e o plano de Bajillia de expurgar todo o bem do mundo, os Rangers estão ali, mas sem saber o que eles podem fazer para impedir o que está por vir… e quando a contagem regressiva para a destruição começa, restam segundos para que eles façam alguma coisa. E é o gancho perfeito para o episódio final!

Que venha “The End”.

 

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