Te Amar Dói (Te Quiero y Me Duele) 1x07 – Solvente

“Hay obras que se revelan cuando pasa la tormenta”

O ANIVERSÁRIO DE JUAN GRIS. “Solvente”, o sétimo episódio de “Te Quiero y Me Duele”, pode ser um importante divisor de águas da série… agora que chegamos à metade, no entanto, eu preciso ser sincero comigo mesmo e dizer que não estou achando grandes coisas. E, com isso, 13 episódios me parecem demais, e eu queria que acabasse no oitavo ou no máximo no décimo. Acho que existe um problema de desenvolvimento no roteiro, a começar pelo romance de Lola e Juan Gris, que foi iniciado abruptamente e podemos até conferir isso a um lance de “amor à primeira vista”, mas agora eles se amam profundamente, e os ex-namorados de ambos, Dante e Romina, entram em outros relacionamentos que, convenhamos, não tiveram qualquer tipo de desenvolvimento…

Simplesmente “surgiram”.

Talvez eu quisesse (e talvez eu esteja contradizendo coisas que disse lá no início da série, mas tudo bem: minha opinião de textos passados não vai necessariamente refletir o que estou pensando agora) um pouco mais de atenção à toda a trama de gentrificação. No fim do episódio passado, a polícia invadiu a fábrica abandonada para expulsar as pessoas que estavam vivendo lá dentro, jogando gás lacrimogênio e destruindo tudo que encontraram pela frente. Agora, frente à toda a destruição, Lola tenta negar que isso seja uma ação do seu pai, mas no fundo ela sabe que é, mesmo quando ele diz que “foi apenas a polícia fazendo o seu trabalho”. Aos poucos, algo vai se rompendo entre pai e filha conforme ela vai descobrindo que tipo de pessoa ele é, afinal.

E Iván Robles vai fazer de tudo para trazer a filha novamente para o seu lado e para afastá-la de Juan Gris… especialmente depois de ele encontrar uma blusa de Lola nas coisas destruídas da fábrica. Então, ela vai em busca de qualquer informação sobre o passado de Juan Gris para afastá-lo de Lola, e coloca Marcos e os amiguinhos babacas dele nessa missão… enquanto isso, e eu acho que ele não sabe que as tramas estão envolvidas, ele tenta conseguir as pinturas que foram feitas pela mãe de Juan Gris, e que foram roubadas no episódio anterior por Sara, a irmã de Ciro, que diz que “a luta de Juan Gris não é a deles”. Essas pinturas (universo que, inclusive, dá títulos a todos os episódios) ainda desempenharão um grande papel no roteiro de “Te Quiero y Me Duele”.

Alguns avanços e personagens que precisam ser elogiados nesse episódio… primeiro, Nacho e DJ, que eu acho que é o único casal que tem algum tipo de desenvolvimento real na série, compartilham algumas cenas interessantes, especialmente uma em que DJ diz algumas verdades para Nacho, sobre como ele é um garoto mimado, por exemplo. E eu gosto de como DJ é firme e como ele começa a se “afastar”, de maneira que Nacho percebe o que ele realmente quer… e o busca. O primeiro beijo deles foi quente e bonito de se assistir. Em paralelo, o Ciro, que descobre toda a história do vídeo que gravaram de Camila durante o sexo e vai em busca do celular do babaca que o gravou, em uma cena fortíssima na qual ele mostra que ele sabe o que está fazendo.

Ciro estava muito f*da ali, preciso dizer!

Infelizmente, no entanto, tudo culmina em um verdadeiro estrago… a festa de aniversário de Juan Gris, organizada por Dante a pedido de Lola (!), acaba não sendo nada boa, no fim das contas. Enquanto a Lola está em cima do palco, cantando uma declaração de amor para Juan Gris, Marcos e os outros caras idiotas do time de futebol americano se reúnem ao seu redor, o despem e o jogam na piscina – revelando a todo mundo a sua tornozeleira eletrônica. Além disso, Camila também tem sua parcela de escrotice quando Ciro devolve para ela o celular com o seu vídeo para que ela mesma apague, e ela descobre um vídeo no qual Juan Gris é associado a um assalto que poderia ter terminado em homicídio e o que ela faz? Imediatamente envia para todo mundo, sem nem pensar a respeito.

Agora, todos os olhares se voltam para Juan Gris.

 

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