Te Amar Dói (Te Quiero y Me Duele) 1x09 – Renascimento

“No se puede ser libre sin saber la verdad”

As coisas acontecem de maneira um pouco rápida, mas “Renascimento” é com certeza um dos meus episódios favoritos de “Te Quiero y Me Duele”, talvez porque ele não tenha ficado excessivamente concentrado nos romances que, como eu comentei outras vezes, tomam muito tempo de tela e, ironicamente, não têm desenvolvimento nenhum (a não ser, provavelmente, por DJ e Nacho, que são os únicos que têm a sua história sendo construída, e já sabemos, com esse episódio, que eles têm problemas a enfrentar à vista). Já faz algum tempo que todo o “mistério” em torno das pinturas da mãe de Juan Gris, que sempre chamaram a atenção de Iván Robles, está sendo uma parte importante de “Te Quiero y Me Duele”, e agora várias coisas vêm à tona.

O episódio começa com a morte de Roberto, aquele que Juan Gris sempre acreditou ser seu pai, porque o criou como seu filho… e no meio de todo o sofrimento de ter que lidar com a morte de Roberto e se tornar o único responsável pelo Migue (embora toda a questão do pesar e do luto sejam tratadas muito brevemente e, infelizmente, preciso dizer que não passaram a emoção pretendida), Juan Gris descobre que não é filho biológico de Roberto. Quando Juan Gris fala sobre já ter 18 anos e mal poder esperar para tirar a tornozeleira eletrônica para poder pedir a guarda de Migue, Melody conta que Roberto não era seu pai biológico, embora ela não saiba quem é o seu pai, porque Luz Martínez nunca lhe contara… mas o fato de ele não ter nenhum laço sanguíneo com Migue não joga a seu favor.

Em paralelo, Lola investiga algo que a está intrigando há algum tempo: a mulher responsável pelas pinturas em sua casa. Lola já viu as pinturas de Luz Martínez, a mãe de Juan Gris, tanto no mural da fábrica abandonada quanto nas fotos que Juan Gris mandara para ela, e ela tem certeza de que são os mesmos traços da pintura que está no teto do seu quarto. Quando uma pintura de uma mulher grávida, que sempre esteve no escritório de Iván, é transferida para uma exposição na galeria, Lola reconhece a pintura de uma das fotos que Juan Gris mandara para ela, e então ela consegue confirmar, com a mãe, que a mulher que fez essa pintura é a mesma responsável pela imagem no seu teto… mas ela lhe dá um nome que não é Luz Martínez: Lucía Campos.

Assim, o episódio nos conduz por esse “mistério” que envolve Luz Martínez e Lucía Campos, e eu gosto do fato de “Te Quiero y Me Duele” não enrolar muito nisso tudo, porque já sabemos que é óbvio que se trata da mesma pessoa, e então as peças vão se encaixando, e as conclusões vão aparecendo… inclusive para o próprio Iván Robles, que não sabia, até pouco tempo, que tivera um filho. Quando Lucía Campos estava grávida, eles acreditavam que ela estava esperando uma menina, e ele acredita que ela e o bebê morreram durante o parto, mas Lola descobre que não existe nenhum atestado de óbito, nem para Lucía Campos nem para o filho que ela estava esperando… ainda existem lacunas a serem preenchidas sobre ela ter se tornado Luz Martínez.

Quando Iván Robles envia uma mensagem para Juan Gris para que ele o encontre no teatro, eu acho que no fundo eles mesmos já sabiam o que vinha a seguir… Iván Robles fez toda uma cena indo à casa de Juan Gris para dar seus pêsames pela morte de Roberto, mas estava ali apenas para arrancar-lhe uns fios de cabelo e pedir um exame de DNA, e então ele tem a resposta que já imaginava: Juan Gris é seu filho. Uma reviravolta interessante e que gera uma cena bacana entre os dois no teatro: Iván Robles quer “compensar por todos os anos em que fora um pai ausente”, e Juan Gris tem apenas um pedido a fazer para ele, que ele deixe o bairro em paz e devolva as casas para as pessoas, mas isso não é algo que Iván pode ou quer fazer. O processo já está muito avançado.

O que vem agora?

Como isso muda os rumos da história?

 

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