Xuxa e os Duendes (2001)
Você acredita em duendes?
Eu gosto tanto de “Xuxa e os Duendes”. Lançado em 14 de dezembro de 2001, o filme é
uma fantasia deliciosa que nos apresenta ao Reino dos Duendes, e Xuxa se
transforma em Kira, uma mulher apaixonada pela natureza e que tem a missão de
fazer com que os humanos continuem
acreditando – e quando o Príncipe Damiz fica preso na parede do quarto de
Nanda, apenas o Duende da Luz pode salvá-lo. Com um roteiro simples, o filme
não é uma grande expressão do cinema nacional, e tem alguns problemas de
atuação, é verdade (!), mas também tem um valor nostálgico muito forte e,
particularmente, eu adoro. Lembro-me de ter me encantado por essa história e
por essas músicas na minha infância, e ainda despertam um sentimento bom em mim
quando assisto ao filme.
Aqui, Xuxa
se volta para o público infantil… pode parecer óbvio, quando pensamos na Rainha
dos Baixinhos e nos filmes que ela protagonizou depois de “Xuxa e os Duendes”, mas seus dois filmes anteriores não eram
necessariamente destinados ao público infantil, mas mais para o público adolescente:
“Xuxa Requebra” e “Xuxa Popstar”. Aqui, Xuxa abraça a
fantasia e cria algo mágico: um universo onde existem duendes e fadas, desde
que você acredite neles… a ideia do filme, mesclando o Reino dos Duendes e o
Mundo dos Humanos, é levantar alguma reflexão a respeito do poder da natureza,
que é protegida pelos duendes, ninfas e fadas, em oposição ao vilão do filme,
Gorgon, um duende invejoso e ganancioso que se infiltrou no Mundo dos Humanos e
só acredita no dinheiro e no cinza.
“Xuxa e os Duendes” tem um clima
delicioso. Eu gosto muito das sequências no Reino dos Duendes, com muita cor,
muita natureza e muita música; e eu também gosto bastante de como Kira, sem
saber que ela mesma é um duende, traz isso tudo para o Mundo dos Humanos, sendo
uma pessoa apaixonada por plantas… sua casa é bonita, aconchegante, colorida e
cheia de plantas, com as quais ela conversa constantemente. Além disso, Kira
também tem uns “poderes” divertidos que chamam a atenção, como a sua audição e
percepção aguçadas, sua capacidade de farejar o clima e saber exatamente quando
o tempo vai virar, ou mesmo o seu sexto sentido, que a avisa quando a sua
amiga, a pequena Nanda, está precisando dela, por exemplo… como não amar a Kira?
Nanda é a
garotinha cujos pais estão vendendo a casa na qual ela morou durante toda a sua
vida… e ela não quer ir embora, ainda mais agora que tem um duende na sua parede: o Príncipe Damiz, enfraquecido de
tanto assobiar e por estar distante do seu Reino. O filme traz personagens que
aparecem no Mundo dos Humanos em busca de Damiz, como as Fadas Mel e Melissa,
mas apenas o Duende da Luz pode salvá-lo… e o Duende da Luz, embora não se
lembre inicialmente disso, é a Kira, que foi enviada para o Mundo dos Humanos
com a missão de fazer com que os humanos sigam acreditando no poder da natureza
e na força da magia. Agora, ela precisa salvar o irmão, enfrentar o perverso
Gorgon e, além de tudo, proteger o portal para o Reino das Fadas…
O filme
conta com um elenco interessante,
repleto de participações especiais. Xuxa interpreta Kira, a protagonista do
filme, e divide seu protagonismo com os pequenos Debby Lagranha, como a Nanda,
e Leonardo Cordonis, como o Damiz. Além deles, temos Wanessa Camargo e Angélica
interpretando as Fadas Mel e Melissa (muito legal ver a Angélica de novo em um
papel de fada, e eu acho as músicas delas muito fofas), Gugu Liberato como
Rico, Guilherme Karan como Gorgon, Ana Maria Braga e Emiliano Queiroz como a
Rainha Zinga e o Rei Mika, e Tadeu Mello e Luciano Huck como Alface e Tomate,
os ajudantes de Kira. Além disso, temos a participação mais que especial de
Zilka Salaberry, a Dona Benta do “Sítio
do Picapau Amarelo” entre 1977 e 1986.
“Xuxa e os Duendes” é um filme com gosto
de infância e de nostalgia. É preciso se desligar um pouco dos problemas de
atuação de um elenco marcado por grandes nomes da televisão que não são
necessariamente atores, e curtir a
energia boa que o filme tenta e consegue passar… até porque precisamos dizer
algo: Xuxa sabe como contar boas
histórias para crianças, e a intenção do filme é muito boa. Eu gosto muito
da sequência dos duendes aparecendo no Mundo dos Humanos para Rico e Nanda, e
da decisão de Kira de ficar por ali, porque acredita
que sua missão ainda não terminou, e ela acabou ficando por ali mesmo –
afinal de contas, em 2031 ela está velhinha, contando para Zaki, seu neto, a história de como o Príncipe Damiz foi
sequestrado por um troll e precisou ser salvo pelo Duende da Luz…
Muito fofo.
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Quando eu era pequenininha, a continuação desse filme, Xuxa e os Duendes 2, No Caminho das Fadas, era um dos meus filmes favoritos. Acho que foi o primeiro filme que vi no cinema e eu devo ter alugado o vídeo na locadora umas dez vezes kkkk. E sim, assisti a sequência antes de ver a primeira parte. Mas assisti a primeira parte ainda criança também. Há uns tempos atrás eu revi os dois filmes e continuo gostando bem mais do segundo, mas você sabe como memória afetiva é um negócio traiçoeiro, então acho que minha opinião é suspeita.
ResponderExcluirP.S: também adorava Xuxa Popstar, embora esse filme não fosse exatamente pro público infantil como você já disse. E era mais um conjunto de clipes musicais com um pouquinho de história no meio do que um filme propriamente dito, mas a Alice de 5 anos não tava nem aí kkkk.
ResponderExcluirMas eu estava revendo Xuxa e os Duendes 2 esses dias, para poder escrever também (ainda não postei), e ele é MUITO, MUITO BOM! Eu amo!!! Tudo bem que, assim como você, eu também amava o segundo mais que o primeiro desde sempre, mas é muito melhor mesmo, em termos de roteiro, atuação, tudo! Vou comentar em detalhes em breve :)
ExcluirP.S.: Esperando "Xuxa Popstar" no Globoplay para reassistir e comentar também kkkk