Malhação 2008 – Angelina salva a vida de Débora!

Apelaram pra bondade da Angelina.

Débora também teve que pagar pelos crimes de Félix… perseguido pela polícia, Félix faria de tudo para escapar, inclusive roubar o carro de um adolescente e colocar a vida de duas pessoas em risco – quando Félix fugiu no carro de Andreas, acompanhado do próprio Andreas e de Débora, eles acabaram se envolvendo em um acidente que custou a vida de Andreas, do bebê que a Débora estava esperando e deixou Débora em estado gravíssimo no hospital… eu só acho que eu ficaria mais sentido se fosse alguém com quem eu deveras me importasse, porque eu não consegui sentir o suficiente pela Débora, sinceramente. E eu já estava me preparando para o drama que viria a seguir com a Débora sendo a vítima boazinha e tudo o mais – e ela ganhará, ainda, um arco de redenção curto, clichê e extremamente forçado, que ajudará a Angelina, sim, mas que parece encenado do início ao fim.

A médica anuncia para todos que estão no hospital esperando pela Débora que ela está entre a vida e a morte – ela também fala que Débora está precisando de muito sangue… então nós já sabemos o que vai acontecer: Angelina vai ser a única que poderá salvá-la. Não demora muito para que alguém se lembre da Angelina, que deve ser compatível com a Débora, e a médica diz que, mesmo sendo menor de idade, ela pode doar sangue em casos de emergência como esse, desde que preencha alguns pré-requisitos e tenha autorização. Então, Guga vai atrás dela e, sinceramente, exigir isso da Angelina é um pouco cruel naquele momento, porque a garota está pronta para entrar na audiência que definirá se ela fica com a guarda do Tavinho ou não… e não acho que o Guga tinha o direito de impedi-la disso, depois de tudo o que ele já fez… mas eu sei que a Débora estava morrendo.

Não que eu me importasse.

Guga chega na audiência pouco antes de Angelina entrar para falar com o juiz: “Se eu for, se eu sair daqui agora, eu vou perder a audiência pela guarda do meu filho”. Eu sei que a Angelina estava fazendo isso de coração, mas não sei se eu faria no lugar dela… e uma mãe faria de tudo pelo seu filho. Conhecendo a Angelina, sabia que ela deixaria tudo para salvar a vida da “irmã”, mas é uma situação complicada aquela na qual o Guga a coloca, porque, se ela entrasse na audiência, ela pareceria egoísta… e Angelina nunca faria isso. Não sei qual era o estado real da Débora, mas eu acho que o Gustavo podia ter esperado a audiência, que nem seria longa, ao invés de colocar a Angelina contra a parede daquela maneira – porque, daquele jeito, ela não tinha como dizer que não ia. Então, Angelina pede ao advogado que explique a situação ao juiz e vai ao médico.

Bruno se aproveita da situação e fala um monte para o juiz, chama Angelina de volúvel e de barraqueira, e volta a contar a historinha de que “ela o trocou por outro enquanto ele estava fazendo tratamento”, até que o juiz mande ele se acalmar e o coloque no seu lugar… mais tarde, Rita de Cássia acaba indo tirar satisfações com Bruno e eu achei bem-feito! Ela diz que ele jogou baixo usando essa situação para falar mal da Angelina para o juiz, sendo que ela estava lá e só não entrou naquela audiência para salvar a vida da irmã – da irmã que é a Débora, ainda por cima, que nunca mereceu que a Angelina a tratasse bem! Joaquim, por sua vez, fala sobre ética e a necessidade dela em qualquer situação, mas Bruno sempre se acha o bonzão, o dono da razão, e tem uma mãe asquerosa que o apoia incondicionalmente, dizendo que “isso é uma guerra e eles vão até o fim”.

Quando Angelina doa o sangue, Yasmin a abraça e diz que “eles nunca vão esquecer isso”, mas quer saber? É MENTIRA! É mentira e isso já foi provado inúmeras vezes! Eles de fato só “não vão esquecer” porque é o fim da temporada… se não fosse, Yasmin e Débora esqueceriam o fato de que A ANGELINA SALVOU A VIDA DA DÉBORA em uns 5 capítulos, no máximo! É um alívio (para os personagens, para mim não) quando a médica vem anunciando que o quadro de Débora e estável e ela vai ficar bem… quando Débora desperta, dizendo que quase morreu, a médica diz que ela deve isso a uma pessoa, e Angelina entra; Guga faz questão de contar que ela deixou de ir à audiência pela guarda do Tavinho para salvá-la, mas Débora não tem tempo para prestar atenção nisso, porque ela pergunta sobre o filho e a médica conta que eles não conseguiram salvá-lo.

Pode ser implicância, mas o “choro” da Débora aqui não tem uma lágrima.

Ah, sei lá, isso tudo fica tão falso, tão forçado, eu tenho uma preguiça… sinceramente. Débora surta, diz ao Gustavo que “queria tanto ter o filho deles”, mas a verdade é que ela só queria tê-lo porque achava que ia prender o Gustavo com isso… era obsessão, nunca foi amor. Agora, Débora tem que lidar com a ideia de que a culpa disso tudo é de Félix, e que foi ele que matou seu filho e quase a matou, mas, infelizmente, a temporada faz isso de forma forçada, sem preparação, e fica bem chato de assistir… e eles insistem, com a Débora com uma voz suave, gritando aos quatro ventos que “mudou”. Se essa mudança fosse real e permanente, ela não sairia anunciando assim… ou, se fosse bem-feita, o roteiro não precisaria ficar reforçando isso colocando a personagem dizendo isso, porque compraríamos essa ideia… como foi, é impossível, infelizmente.

Depois de pouco tempo, Gustavo está pronto para reatar com Angelina, e eu não o julgo porque ele já não estava com Débora, mesmo quando ela estava grávida: ele ia assumir o filho, mas não ia namorá-la. Angelina, por sua vez, é durona quando ele vem falar com ela, e ela está juntando as coisas da história deles para jogar fora… Gustavo diz que a ama e pede que ela confesse que também ainda o ama, mas ela não o beija, diz que “devia ter jogado essas coisas fora há muito tempo”, e que “a velha Angelina boba que acreditava em príncipe encantado está morta”, porque seus dois príncipes viraram sapo: um deles quer tirar seu filho dela para sempre e o outro engravidou a sua irmã e é o culpado por ela ter perdido a guarda do seu filho. Então, ela manda o Gustavo embora, repetindo, pela milionésima vez, que o que eles tinham ficou no passado e não vai voltar a se repetir.

 

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