Percy Jackson e os Olimpianos 1x01 – Sem querer, transformo em pó a minha professora de Iniciação à Álgebra
“Olhe, eu não queria ser um semideus”
QUE INÍCIO
FASCINANTE! Os fãs de “Percy Jackson e os
Olimpianos”, a série de livros de Rick Riordan (que dá início a um mundo
bastante amplo que continua, por exemplo, em “Os Heróis do Olimpo”), estão esperando por essa adaptação há muito
tempo! Eu mesmo li “O Ladrão de Raios”
pela primeira vez em 2008 (!), e esse é um universo do qual eu gosto bastante –
e sinto que adaptar a saga em forma de série, um livro por temporada, é a
melhor das escolhas, assim como foi feito com “Fronteiras do Universo” nas três (excelentes) temporadas de “His Dark Materials”. É emocionante ver
o universo de “Percy Jackson” ganhar
vida nesse Piloto claro, direto, eletrizante e, como todos estavam esperando, parecidíssimo com o livro… um episódio e
tanto!
Toda a
narrativa introdutória é uma delícia, porque Percy Jackson nos convida a entrar em sua história, a conhecê-lo, a
saber dos perigos que o rondam porque ele é um semideus… e, nesse episódio, ele
vai começar a entender isso tudo. Gostei muito de poder ver um Percy Jackson
pequeno, na época do terceiro ano, vendo coisas como o Blackjack no alto de um
prédio (!) ou um monstro mecânico onde humanos só veem um caminhão de lixo, por causa da Névoa. Coisas que nunca foram
“levadas muito a sério” pelas pessoas ao seu redor – pelo menos até que ele
conhecesse o seu melhor amigo. A
chegada de Grover Underwood e a sua fascinação por Mitomagia (um jogo que ainda
reaparecerá no futuro, com um personagem curioso)
mudam a vida de Percy!
Então,
chegamos à visita de Percy com a escola ao MET – e existem tantos detalhes bacanas em toda essa sequência, e fico muito
feliz com a quantidade de detalhes que a série consegue adicionar em pouco
tempo, mostrando que o tempo de episódio está muito bom, até porque o
audiovisual tem a habilidade de entregar algumas coisas de forma mais rápida do que a prosa. São linguagens
diferentes e, nesse caso, complementares. Gostei muito de ver as interações de
Percy com Grover (é a minha amizade favorita da série, naturalmente), de ver a
maneira como o “Sr. Bruner” parece confiar em Percy e como o presenteia com a
caneta que eventualmente se transformará na Anaklusmos, e de como a Mitologia
Grega já exerce certo fascínio sobre Percy Jackson.
Afinal de
contas, ele cresceu com a mãe contando histórias para ele.
Histórias que ele está prestes a descobrir
que são reais.
“Sem querer, transformo em pó a minha
professora de Iniciação à Álgebra”, que é também o título do primeiro
capítulo de “O Ladrão de Raios”, traz
um dos momentos mais icônicos de “Percy
Jackson e os Olimpianos”, porque é o primeiro momento em que Percy de fato
enfrenta um monstro diretamente. Depois de ter jogado Nancy (merecidamente) em
uma fonte, mas sem saber o que está fazendo e sem encostar nela, Percy
“denuncia” a si próprio como um semideus e é atacado pela Sra. Dodds, que era
supostamente uma professora de Iniciação à Álgebra, mas acaba sendo uma fúria
que ele destrói meio sem saber o que está fazendo com a caneta/espada que
acabou de ganhar de presente… é tudo muito breve, mas é para ser rápido como
foi para o Percy.
E, depois,
ele se pergunta o que aconteceu. Eu gosto de como a série conseguiu captar o
tom mais ou menos melancólico que
esse início de “O Ladrão de Raios”
traz, com aparentemente ninguém acreditando em Percy, o Sr. Bruner agindo como
se “não existisse ninguém ali chamada Sra. Dodds” e a “traição” de Grover, que
diz à diretoria que viu Percy empurrando Nancy e garante a sua expulsão. Então,
Percy retorna para casa, encontra o nojento do padrasto, Gabe, e a mãe, que o
abraça carinhosa e preocupadamente, antes de eles saírem para uma viagem até
uma casa à beira do mar onde ela conheceu
o pai de Percy há muitos anos – e onde ela tem algumas coisas para contar
para o filho. E ela quer que o filho saiba que não existe nada de errado com ele…
Como ele já está começando a acreditar.
A conversa
de Percy com a mãe é propositalmente rápida, porque a intenção é justamente que
Sally esteja apavorada para contar
tudo para Percy, porque os monstros estão
vindo atrás dele… ele não está mais em segurança. Naturalmente, dizer ao
filho que ele é filho de um deus e esperar que ele acredite que os mitos gregos
são todos reais e que ele é um semideus não é algo de fácil digestão – mas duas
coisas chamam a atenção de Percy: 1) o fato de ela citar o termo “meio-sangue”,
que é como a Sra. Dodds o chamou; e 2) o fato de Grover aparecer de surpresa,
com cascos. Toda a explicação sobre os deuses e os semideuses, Grover ser um
sátiro e protetor de Percy, o jogo de Mitomagia ser um “treinamento” e o
Acampamento Meio-Sangue vem às pressas no carro.
Como eu conheço a obra, não sei dizer se ficou
“rápido demais” para quem não conhece.
Preciso
dizer que embora eu goste da sequência final, rumo ao Acampamento Meio-Sangue,
e entenda o fato de tudo ser bastante escuro (porque o ataque do Minotauro
acontece de noite, sem luz e durante uma tempestade!), ainda assim fiquei um
pouco incomodado com o fato de conseguir
ver pouca coisa… de todo modo, ganhamos pequenos momentos bacanas do Grover
(já sei que eu vou amar esse sátiro!), um momento emocionante de Percy com a
mãe, na qual ela garante para ele que ele é especial e não há nada de errado
com ele, antes de se sacrificar para salvar a sua vida, e uma luta ainda meio desengonçada do Percy com o Minotauro…
desengonçada, mas ele vence. E, assim, começa oficialmente a sua jornada como o
semideus que é.
E o próximo
episódio nos apresentará ao Acampamento Meio-Sangue.
Vai ser
incrível!
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Gostei muito da série. Admito que achei as coisas meio apressadas, mas ao mesmo tempo fiéis ao livro.
ResponderExcluirAcho que se eles se prolongam demais corre o risco de ficar arrastado, né? Por enquanto, tô gostando do ritmo :)
ExcluirDevo dizer que, quando vi o Walker, a Leah e o Aryan na tela, eles me lembraram muito mais o Jason, a Hazel e o Leo respectivamente. É, eu sei... vai ser dificil me acostumar com esses novos rostos dos personagens, é uma quebra de padrão. Mas devo admitir que eles atuam muito bem, certamente mereceram o papel.
ResponderExcluirUm bom começo, gostei do primeiro episódio, o roteiro segue bem fiel ao livro, os efeitos especiais estão incriveís, e as crianças são muito fofas. Mas achei certas partes meio corridas, apressadas, algumas passagens do livro não se traduziram muito bem. Mas são só os primeiros episódios, espero que continuem melhorando daqui para frente. Ótima revisão!
Mas eles estão tão incríveis nos papéis haha Muito fofos e atuando bem mesmo! Por enquanto, não me incomodei nem um pouco com o ritmo, acho que está ótimo assim... não dá para se prolongar demais sem ficar arrastado, acho que os 2 primeiros episódios lidaram bem com adaptar sendo fiel ao mesmo tempo em que mantém um bom ritmo que condiz com o audiovisual.
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