Percy Jackson e os Olimpianos 1x02 – Minha transformação em Senhor Supremo do Banheiro
“Percy
Jackson, son of Poseidon”
QUE EPISÓDIO
EXCELENTE! Depois de uma grande estreia para “Percy Jackson e os Olimpianos”, “Minha transformação em Senhor Supremo do Banheiro” traz Percy
Jackson no Acampamento Meio-Sangue, e é uma jornada e tanto acompanhá-lo lá!
Suas primeiras interações com Dionísio e com o Quíron, sabendo finalmente quem
ele é além do disfarce de “Sr. Brunner”; também suas primeiras interações com Annabeth,
que parece bastante interessada no que a chegada de Percy pode significar, ou
com Luke e com Clarisse; a Captura da Bandeira, com direito a novidades na vida
de Percy Jackson, finalmente reclamado por seu pai, e a primeira missão que lhe
é entregue por Quíron e o Sr. D. É um episódio de tirar o fôlego, que nos deixa
ansiosos por mais.
Gostei muito
de conhecer o Acampamento Meio-Sangue e de vê-lo em tela próximo daquilo que
imaginamos ao ler o livro… depois de o Percy acreditar, por alguns minutos, que
é filho de Dionísio (eu dei umas risadas com o incrível deboche do Sr. D, não
vou negar), Quíron o tira de lá para apresentá-lo ao Acampamento Meio-Sangue,
que é um lugar no qual talvez o Percy finalmente vai se sentir em casa. Sem ser reclamado ainda, Percy é colocado no
populoso Chalé de Hermes, que acomoda tanto os filhos do deus quanto aqueles
cujos pais não os reclamaram, já que Hermes é o deus dos viajantes também. E é
ali que ele entende que, pela primeira vez na vida, ele não é necessariamente tão diferente de todo mundo… dislexia e
TDAH são características comuns para semideuses, por exemplo.
Sonhos sinistros também não são incomuns.
É no Chalé
de Hermes que Percy conhece Luke Castellan – um personagem importantíssimo em
sua história, de uma maneira ou de outra. Ter lido todos os livros de “Percy Jackson e os Olimpianos” há
tantos anos nos faz olhar para essas cenas das primeiras interações de Percy e
de Luke de uma maneira curiosa, e é uma das minhas partes favoritas do
episódio! Luke é bastante importante para que Percy se familiarize com o Acampamento Meio-Sangue e com as pessoas com as
quais vai interagir de agora em diante: é ele quem nos “apresenta” à Clarisse e
à Annabeth, por exemplo, com direito à história sobre a chegada de Annabeth ao
Acampamento e uma citação a Thalia, uma “filha proibida”, bem como é o Luke que
guia o Percy conforme ele tenta descobrir no que é bom…
A cena do
arco-e-flecha é ótima!
Percy sabe
que ele pode nunca ser reclamado por seu pai, assim como tantas pessoas que vivem
no Chalé de Hermes e não sabem quem são seus pais, e o fato de ele ter sido
“ignorado” pelo pai desde sempre não lhe dá muitas esperanças – gosto muito,
inclusive, de como o personagem de Percy é usado pelo roteiro para mostrar
algumas mágoas justificáveis que os
semideuses podem ter em relação aos deuses, um conceito que é importantíssimo
tanto para “O Ladrão de Raios” quanto
para “Percy Jackson e os Olimpianos”
como um todo! Para tentar “forçar” o pai a reclamá-lo, Percy tenta “chamar a
sua atenção”, e eu gosto muito de como o Percy da série é claramente
melancólico, e como sua motivação principal é a mãe: ele pode ser ignorado pelo pai…
Mas ele não vai deixar que ele ignore a mãe.
Embora o
Acampamento Meio-Sangue pareça um santuário, de alguma maneira, e Percy chegue
a falar em uma mensagem que não sabe se vai ser entregue à mãe sobre como “ele
fez novos amigos”, ele ainda não está inteiramente à salvo dos valentões que
costumavam atormentá-lo em todas as escolas pelas quais ele passou e foi
expulso: afinal de contas, ele não demora
para conhecer Clarisse, a filha de Ares encrenqueira que quer fazê-lo confessar
que é uma fraude… mas, na verdade, ele realmente
enfrentou e matou aquele Minotauro do lado de fora do Acampamento, mesmo que
isso fira o ego de Clarisse. E quando ela tenta “dar uma lição” nele e enfiar
sua cabeça na privada (!), Percy Jackson “se transforma no Senhor Supremo do
Banheiro”.
Não é lá
grande coisa. Mas chama a atenção de Annabeth.
Segundo
Luke, Annabeth é uma das semideusas mais importantes e respeitadas do
Acampamento, mas ela quer provar a si mesma com uma missão, e uma antiga
profecia falava sobre a chegada de um novo meio-sangue que seria a sua chave
para isso… todo novo semideus que chega ao Acampamento, portanto, recebe a atenção
de Annabeth, e ela ainda está prestando
bastante atenção em quem ela futuramente chamará de “Cabeça de Alga”. Gosto
de como ela observa, de como toda a cena do banheiro a faz desconfiar quem é o pai de Percy, e como ela usa Percy na
Captura à Bandeira – afinal de contas, Annabeth é filha de Atena, e estratégia
é algo que tem tudo a ver com ela! Ela sabe o quanto Clarisse ficará distraída
com Percy.
Ninguém
disse que a vida no Acampamento Meio-Sangue seria realmente fácil. Percy precisa enfrentar Clarisse e outros
campistas furiosos mesmo sem ter treinamento o suficiente para isso e,
aparentemente, nenhuma aptidão especial, mas ele sabe se virar, embora não com
tanta destreza e elegância… mas ao menos ele não morre, o que eu acho que é o
suficiente, tendo em vista que ele nunca
lutou com uma espada antes e tudo o mais. Enquanto Luke chega com a
bandeira do time adversário, marcando a vitória deles, e Annabeth reaparece
debaixo do seu boné que a torne invisível, Clarisse deixa Percy para trás, pelo
menos por ora… e Annabeth resolve “testar a sua teoria”, pedindo desculpas
antes de empurrá-lo na água, que cura os seus machucados.
E, então,
Percy é reclamado.
Por Poseidon, deus do mar, dos terremotos,
das tempestades.
A cena é impactante
e eu julguei que seria a conclusão desse segundo episódio, e embora eu tenha amado o ritmo até então, os últimos
minutos, com o anúncio da missão depois da reclamação de Percy Jackson, me
pareceram um pouco acelerados demais – entendo, no entanto, que seja uma boa
adaptação do conceito de urgência.
Reclamado por um dos Três Grandes e sendo, portanto, um “filho proibido”, Percy
descobre que ele está sendo “acusado” de ter roubado o raio-mestre de Zeus… e
talvez Hades esteja por trás disso tudo, fazendo Zeus e Poseidon brigarem e
iniciarem uma guerra. Percy tem uma semana para ir ao Mundo Inferior e
recuperar o raio-mestre, uma missão que ele não está disposto a aceitar. Até Grover lhe contar que talvez ele também
possa salvar a sua mãe.
Então, Percy
está pronto para partir!
E QUE VENHA
O PRÓXIMO EPISÓDIO!
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