[Season Finale] Te Amar Dói (Te Quiero y Me Duele) 1x13 – Luz
“Cada rayo
de luz es una nueva oportunidad”
Foi fraco…
mas não foi ruim. E isso serve para “Te
Quiero y Me Duele” como um todo, e não apenas para esse episódio em
específico. Fazia muito tempo que eu não assistia a uma produção nova da Cris
Morena, então eu não sabia bem o que esperar, mas fico muito feliz em ver que a
produção tem a cara de 2023 e uma
liberdade que lhe é dada pela HBO Max e aproveitada. Não é excelente, não vai
ser marcante e, se não tiver uma segunda temporada, será rapidamente
“esquecida”, mas não foi ruim acompanhar esses 13 episódios… tenho várias
críticas, especialmente em relação ao desenvolvimento
de muita coisa e ao casal protagonista que não me empolgou, mas foi uma delícia
acompanhar a história de amor de DJ/Andrés e Nacho, por exemplo.
Pelo
episódio anterior, eu imaginei que teríamos um Finale muito mais intenso e
dramático – e confesso que isso se mostrou sendo uma grande decepção, no fim
das contas. Toda a trama do novo furacão passando pela cidade é rápida e passa
quase batida, e todos os ganchos deixados no episódio anterior não têm impacto nenhum… o drama das
coisas desabando sobre o Juan Gris na fábrica abandonada, por exemplo, não
rende mais do que um desmaio e um cortezinho, e mesmo a queda de Casco da
escada, que eu achei que resultaria em sua morte, não é nada quando o Casco sai
em sua moto depois do furacão, aparentemente sem estar nem machucado. É como se
retirassem aqueles acontecimentos do
episódio anterior, e eles não geram impacto, emoção ou consequência alguma.
A isso, se
junta toda a história de Juan Gris e Lola… e eu preciso dizer: eu não gosto deles. Eu acreditei na
possibilidade de uma boa história de romance lá no início da série, como você
pode ver em meus primeiros textos de “Te
Quiero y Me Duele”, mas a verdade é que o casal não me convenceu e eu pouco
me importo com eles. Então, todas as conversas deles e toda aquela questão da
“música deles” não são coisas que me empolgam nesse episódio final – nem a cena
da primeira vez deles, que era para ter sido o ápice do episódio e um grande
momento, mas é difícil quando você não se importa o suficiente com os
personagens. Acho que eles não tinham ou a profundidade ou o carisma necessário
para segurar essa parte da trama… mas fazer o quê? Acontece.
DJ e Nacho,
por sua vez, foram as estrelas de “Te
Quiero y Me Duele” PARA MIM. Eles brilharam, emocionaram e fizeram com que
eu torcesse por eles nesse episódio final… eu não tinha entendida, no episódio
passado, que Nacho estava sendo enviado para uma espécie de “terapia religiosa
de cura gay” ou algo assim, achei que ele estivesse indo para uma escola
distante, como aconteceu com Julia, e foi profundamente angustiante vê-lo naquela situação. Felizmente, ele encontra
rapidamente um amigo que o incentiva a lutar pelo amor de DJ e o ajuda a
escapar daquele lugar (e acredito que, no eventual caso de uma segunda
temporada, esse é um personagem que pode ser adicionado à série). Em paralelo,
Cami também está no pé de DJ para que ele faça
algo…
Então, DJ e
Cami pegam a van de Melody emprestada para “buscar” o Nacho, e embora tudo seja
bastante rápido, é muito bonito ver o reencontro emocionado dos dois, o beijo aliviado,
as declarações de amor… eles se amam e
merecem estar juntos. Sorri com a relação dos dois, e amei ver o Nacho
sendo acolhido na casa de DJ, o que não causa nenhuma surpresa, mas ainda assim
aquece o coração. E a mãe de Nacho, que é bem
menos problemática que o pai, começa a entender que, se ela não amar o
filho como ele é, ela não o terá mais em sua vida… porque ele não vai renunciar
ao amor que sente por DJ e a quem ele é por causa dos preconceitos de seu pai.
Fico muito feliz por “terminar” a série sabendo que Nacho e DJ vão viver um
romance lindo!
Gostei,
também, da cena de Dante e Aylín… depois de Aylín “acampar” na porta do quarto
de Dante, tentando conversar com ele depois de ele se machucar propositalmente
porque os pais ausentes furaram com ele novamente, ele finalmente abre a porta,
a abraça e fala sobre como “ele não consegue sozinho”. Então, ele acaba
aceitando se internar em uma clínica psiquiátrica, e a beleza da cena fica a
cargo dos amigos: quando Dante se despede de Aylín na entrada da clínica e
pergunta se “ela estará ali quando ele sair”, ela responde que sim, mas não só
ela, e então toda a rede de apoio que Dante conquistou nesses últimos meses
aparece para mostrar que estão ali por ele, e eles se abraçam em uma das cenas
mais bonitas de “Te Quiero y Me Duele”.
Por fim,
toda a trama do bairro ganha uma partezinha diminuta do episódio, mas com
carinha de resolução… ou começo de uma. Iván Robles combina com Casco para que
ele exploda a fábrica abandonado no
El Dorado, e Casco finalmente tem uma atitude decente na vida (!) e não o faz,
combinando uma espécie de protesto/celebração/armadilha, na qual Iván Robles é
levado preso por seus vários crimes: violência doméstica, corrupção, lavagem de
dinheiro… eu não sei se é uma resolução de fato definitiva, mas é o suficiente por ora. E essa vitória é
acompanhada por uma bonita exposição dos desenhos de Lucía Campos/Luz Martínez
na galeria, onde seu trabalho é devidamente reconhecido. E, assim, nos
despedimos dessa temporada de “Te Quiero
y Me Duele”.
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