Sítio do Picapau Amarelo (2006) – Trévan enfeitiça Narizinho
“Ai que chique, gente! Eu tô me sentindo a Julia
Roberts do Arraial!”
Trévan ainda
não está em pleno dos seus poderes – afinal de contas, o Cristal protegido pelo
eremita e os guardiões está cumprindo bem a sua função de “pulmão de energia”,
recolhendo a energia negativa do mundo, a processando, e liberando energia positiva em troca… por isso
Trévan/Conde Vetran quer tanto que o cristal seja destruído de uma vez por todas. E, para isso, Trévan vai
precisar recuperar as suas forças ou conseguir alguém que faça o trabalho por
ele, e o seu comparsa Valdo Serrão ou a Cuca, para quem o Valdo foi pedir
ajuda, não podem destruir o cristal, já que uma barreira de energia positiva do
lado de fora da caverna os impede de entrar… assim, Trévan vai precisar de
alguém que não seja impedido de entrar na caverna, alguém que tenha o coração puro…
alguém como a Narizinho, para quem ele deu um diário no baile.
Trévan
consegue enfeitiçar Narizinho através do diário, no melhor estilo Tom Riddle,
mas embora esteja hipnotizada, a menina do nariz arrebitado ainda não está totalmente sob seu comando, porque ele
mesmo sabe que “a sua lealdade aos amigos é muito forte”. Por isso, para
ampliar seu poder sobre a garota, Trévan precisa de mais energia negativa, que é o que ele está conseguindo gerar
quando causa intrigas no Arraial dos Tucanos, fazendo a Thirza e a Clarice
brigarem entre si com a sabotagem do Centro Cultural, ou o Seu Elias e a Flor
brigarem por causa dos perfumes de Flor, ou a Samira e o Samuel se
desentenderem porque Malvina convence Samira de que Samuel está acreditando que
Thirza é culpada pela sabotagem… e, na verdade, Samuel de fato acredita nisso, tanto que chega a brigar com Samira por
causa disso, e a confusão se estende.
Com as
brigas aumentando e, consequentemente, o poder de Trévan, ele consegue ter
poder o suficiente para controlar os passos de Narizinho durante a noite e
levá-la até a caverna onde o cristal está escondido e protegido e, por um
momento, parece que ela vai conseguir destruí-lo… felizmente, os guardiões do
cristal e amigos de Narizinho conseguem chegar e impedi-la a tempo. Emília e
Pedrinho a puxam para longe do cristal antes que ela tenha a chance de
golpeá-lo, e Visconde aproveita para jogar o restinho de água purificada pelo
cristal que tinha para quebrar o feitiço
sobre ela. Com Narizinho livre de qualquer influência do Conde Vetran, o
Visconde consegue mais água para libertar as últimas pessoas do Sítio do
Picapau Amarelo que ainda estão enfeitiçadas: a Tia Nastácia, a Dona Benta e a
Princesa Thirza… todas “resgatadas” durante o café-da-manhã do dia seguinte.
Toda essa
movimentação volta a enfraquecer o
Trévan, e ele sente quando Zé Carijó faz uma fogueira na qual o pessoal do
Sítio de Dona Benta pode jogar todos os
presentes que ganharam do “Conde Vetran” no baile. Com menos pessoas
enfeitiçadas e mais pessoas trabalhando a favor do Cristal, chegou o momento de
resolver algumas coisas no Arraial dos Tucanos… o pessoal do Sítio, andando
pela mata, encontra uma lata de tinta que deve ter sido usada para pichar os
quadros de Samira na exposição, e Visconde consegue uma impressão digital – agora, no entanto, eles vão ter que encontrar
uma maneira de conseguir as digitais de Malvina e Mistérica, para comparar, e
elas não parecem muito dispostas a “colaborar”, sabendo que elas podem ser
descobertas se cadastrarem as digitais como todo o pessoal do Arraial dos
Tucanos está fazendo.
Então,
Emília tem uma ideia: eles terão que
preparar uma armadilha para pegá-las pela vaidade. A bonequinha sugere que
Clarice invente uma espécie de “Calçada da Fama”, mas com a marca das mãos, e
Malvina e Mistérica acabam estupidamente mordendo a isca, com direito a cenas
divertidas da Mistérica/Mirthes toda feliz com o grande momento: “Ai que chique, gente! Eu tô me sentindo a
Julia Roberts do Arraial!” Assim, Emília e os demais conseguem provar que
foram as duas que picharam os quadros de Samira, elas são levadas à delegacia,
e Mirthes, como sempre, rende momentos hilários (EU ADORO A MIRTHES!), seja
celebrando porque “vai estar na capa do jornal” ou perguntando, quando a mãe
fala que aquilo é um “ultraje”, se ela “vai ter que usar um traje” e se é
“aquele de listrinha”. Sério, a Mirthes é
o carisma em pessoa… sempre uma maravilha assisti-la.
Matilda e
Mirthes se safam, é claro, da prisão – o Conde Vetran aparece hipnotizando todo mundo e conseguindo
que elas saiam livremente… primeiro o delegado, depois a Clarice e o Samuel,
todos eles dizendo que “não existem provas o suficiente” e que “seria um
absurdo mantê-las ali”. Apenas o pessoal do Sítio, protegido pelo cristal, não
é mais afetado pelos feitiços de Trévan. De qualquer maneira, ao menos as
acusações contra a princesinha Thirza são comprovadamente falsas, e ela pode
ficar tranquila em relação a isso… acho um absurdo (mas em grande parte porque
a Clarice é uma personagem chatíssima
e mal interpretada) que a Clarice “reconheça o seu erro” e se apresse em pedir
desculpas ao Chico Maciel e a dizer que “temeu perdê-lo”, mas ela NÃO PEDE
DESCULPAS À THIRZA. Sinceramente, Clarice, que papelão, hein?!
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