The Sign – Episode 1

Treinamento.

Uma fantasia sobrenatural em forma de BL, repleto de ação, mistério e vidas passadas? “The Sign” foi um dos BLs que mais me chamou a atenção na época de sua divulgação, porque tem uma premissa bastante inusitada, tanto que é até um pouco difícil de saber que caminhos a série vai conseguir trilhar de fato no decorrer dos episódios – e eu acho que é interessante que tenhamos propostas diferentes para o mundo dos BLs. Ainda que eu tenha um carinho muito especial pelos BLs “tradicionais” (que envolvem faculdades de engenharia ou escritórios, por exemplo, como “Bad Buddy” ou “Cherry Magic”), eu também me apaixonei por BLs que foram ousados e entregaram algo diferente, como foi o caso de “Manner of Death” ou “Dear Doctor, I’m Coming for Soul”.

“The Sign” tem, definitivamente, uma premissa diferente e interessante, repleta de elementos que precisam ser bem trabalhados no decorrer dos 12 episódios que comporão a série. Confesso que eu achei o primeiro episódio menos perfeito do que eu esperava que ele fosse, e muito se deve a um início excessivamente longo que pouco nos permitiu entender o que estava acontecendo – tudo bem, era um treinamento para ver quais daqueles caras entrariam para a polícia e quais ficariam de fora, mas foi uma sequência longa demais antes de conhecermos, de fato, os personagens e suas motivações, então eu sinto que um pouco do impacto se perdeu e eu demorei um pouco para me empolgar com o episódio, o que só aconteceu quando passei a conhecer os personagens

Também me parece que o episódio foi bastante longo – com 1h12min de duração, cenas cujos propósitos ainda não são claros se tornam inexpressivas no conjunto da obra. De qualquer modo, a série estava encontrando maneiras de provocar a audiência mesmo durante as cenas de treinamento (que podiam ser sufocantes ou agonizantes em tantos momentos!), mostrando que Tharn tem algumas visões, no melhor estilo “Premonição”, e todas elas são relacionadas a Phaya, cuja vida ele salva mais de uma vez… ou temos aquela sequência surpreendente do Phaya demorando para sair do fundo do mar durante um treinamento, encontrando uma espécie de “dragão” (?) e sendo resgatado por uma sereia que o chama de “Sakuna”, ao invés do seu nome conhecido…

E, quando Phaya emerge, Tharn o abraça aliviado.

Foi bem ali que a série começou a me pegar de verdade.

Gostei de ir, aos poucos, entendendo mais a respeito da relação de Tharn e Phaya. Quando um desenho de uma mulher que supostamente se parece muito com Tharn, feito por Phaya, chama a atenção no dormitório, Tharn fica pensativo e Yai comenta sobre como “parece que eles estão destinados um ao outro” ou algo do tipo… um flashback interessante nos leva, então, para o primeiro encontro de Tharn e Phaya, antes de começarem o curso para se tornarem policiais, quando Tharn ofereceu um lugar na sua mesa para Phaya, na falta de outros, e Phaya acabou o defendendo de uns caras babacas. Há algo de deliciosamente brega na maneira como Phaya segura a mão de Tharn e sai correndo com ele do restaurante, e o olhar de Tharn diz muito sobre o que ele sentiu…

O próprio Yai sabia que o irmão estava se apaixonando naquele momento.

A interação entre Tharn e Phaya funciona muito bem em todos os momentos, e eu gosto de como o episódio vai pouco a pouco revelando a natureza dessas provocações – que se tornam cada vez mais evidentes e intensas no decorrer do episódio! Temos aquele clichê clássico do “beijo acidental”, que acontece na beira do mar (!), e isso rende uma das melhores cenas dos dois, quando Tharn segue Phaya mais tarde para “conversar sobre o que aconteceu mais cedo e pedir desculpas”, e Phaya pergunta se é por “Yai o ter jogado no mar” ou por “ele ter roubado um beijo seu”. A cena termina com Phaya puxando Tharn pelo boné e dizendo que “o perdoou desde que ele roubara o beijo”. Quer dizer, toda a dinâmica dos dois na sequência toda FUNCIONA!

E o que dizer da cena surpreendente de quando Tharn sai para celebrar com Yai e dois amigos, naquela noite, e o Phaya, também convidado, aparece de surpresa no banheiro? Depois de ouvir uma conversa a respeito de como “Tharn não só é solteiro como ainda é virgem”, Phaya aparece no banheiro na cena mais inesperada possível – mas eu confesso que gostei da ousadia, e meio que fiquei sem fôlego, sabe? Tharn está “tendo problemas para fechar o zíper” da calça e Phaya se aproxima por trás de maneira tão provocante, o “ajudando a fechar o zíper” que parece que as coisas foram elevadas de uma maneira indescritível naquele exato momento! E eu gosto dessa vibe travessa de provocação escancarada e com pouco pudor… curioso para ver o que eles têm a entregar!

Também devo dizer que o Tharn não querendo responder se “ele gosta de alguém naquela mesa” durante uma brincadeira no bar mais tarde é basicamente uma resposta… mas não é bem como se o Phaya não soubesse, né? A sequência da brincadeira no bar é meio caótica, talvez, mas também esbanja potencial porque a dinâmica entre os personagens é boa… e encaminha o episódio para o primeiro cliffhanger de “The Sign”: quando Tharn e Phaya estão levando juntos um Yai bastante bêbado de volta para o dormitório, Phaya escuta uma conversa suspeita entre os seus superiores, falando sobre uma morte que está sendo dada como suicídio, mas que ele não acredita que tenha de fato sido um… se os responsáveis vão abafar o caso, caberá a eles desvendar a verdade?

Vou continuar! Acredito que pode ser uma grata surpresa!

(Tem uma premissa boa, atores muito bonitos e muitos elementos a se explorar!)

 

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