The White Lotus 1x05 – The Lotus-Eaters
Roubo.
Vou dizer de
uma vez: eu quero que dê tudo certo para o Kai… também queria que as coisas
dessem certo para a Belinda e para o Armond, que são dois dos personagens que
eu mais gosto em “The White Lotus”; e
para Rachel, que não merece ser infeliz ao lado do insuportável e
condescendente do Shane; e se for para salvar algum dos ricos, eu salvo o
Quinn, porque ele é o único Mossbacher que presta (e foi tão bonitinho ver ele
saindo para remar com os caras, sorrindo de verdade pela primeira vez). “The Lotus-Eaters”, o penúltimo
episódio dessa primeira temporada de “The
White Lotus”, e é bem mais calmo
do que eu pensei que ele seria, conforme o caos vinha crescendo nos episódios
anteriores, mas talvez eles tenham guardado
tudo para o Season Finale.
De todo
modo, “The Lotus-Eaters” é um
episódio fortíssimo, e com uma dinâmica interessante. “The White Lotus” sempre foi uma sátira social, mais evidente a
cada episódio e a cada diálogo, e esse quinto episódio parte, de certa maneira,
do ponto de vista de personagens como Belinda, Rachel, Paula e Kai: todos que não são vistos como “pessoas de
verdade”. O descaso de Tanya com Belinda, de Shane e da mãe com Rachel, de
Olivia com Paula e de todo esse grupo branco e rico com os havaianos nativos
representados por Kai é absurdo… eles são invisibilizados de diferentes
maneiras, vistos como troféus, como objetos, como tokens de entretenimento, mas
nunca, de fato, como pessoas. É
alarmante acompanhar o episódio e ir percebendo esses padrões.
Paula é a
melhor pessoa do mundo? Não… ela trata as pessoas mal, ela apresenta algumas
discussões que parecem vazias em comparação às suas atitudes, mas isso não quer
dizer que ela não tenha razão nas expressões quando os Mossbacher estão dizendo
qualquer um dos seus absurdos. No
episódio anterior, Nicole tinha um discurso imenso sobre como “garotos héteros
e brancos sofrem por serem os excluídos atualmente” (!), e nesse episódio Mark
discursa de maneira sarcástica a respeito de imperialismo e como “não tem nada
que ele possa fazer”, enquanto Nicole defende a apresentação havaiana dizendo
que “eles estão se divertindo e parecem felizes por poderem honrar a cultura
deles” ou qualquer coisa assim… novamente,
Kai e os demais não são vistos como pessoas.
É por isso
que Paula decide que ela vai fazer algo para “ajudar” o Kai – embora o plano
não seja dos melhores e, particularmente, eu fiquei pensando em um milhão de
maneiras como isso poderia dar errado… a começar por câmeras que mostrariam Kai
entrando no quarto e acabariam o culpando. De todo modo, Paula dá a Kai a
oportunidade de entrar no quarto dos Mossbacher e roubar uma pulseira que vale
75 mil dólares, para que ele finalmente possa ter dinheiro para contratar um
bom advogado e lutar contra as pessoas que roubaram as suas terras e, agora, os
fazem servir e se apresentar dançando para esses ladrões… no fim, é como Paula
disse: são todos as mesmas pessoas.
Eu realmente não quero ver o Kai se ferrar por causa disso, sabe?
Mas temo a
confusão do próximo episódio!
Armond, por
sua vez, está levemente apavorado com o que Shane viu no episódio passado, e
tenta controlar os danos oferecendo, finalmente, a Suíte Abacaxi (que, diga-se
de passagem, parece inferior à Palmeira), mas Shane não vai abrir mão tão fácil
de ferrar o Armond… Shane e a mãe são duas das pessoas mais desprezíveis que “The White Lotus” apresentou, sem
dúvida, e é horroroso ouvir a qualquer diálogo deles – a maneira como eles se
sentem superiores, como a sogra quer que Rachel fique feliz em ser um troféu,
como eles comentam a vida de outras pessoas com tamanha condescendência e
desdém… é revoltante, e Rachel finalmente
percebe que cometeu um erro ao se casar. Confesso, no entanto, que fiquei o
tempo todo pensando: “COMO ela chegou a
se casar?”
Não é
possível que ela não tenha percebido nada disso antes!
De todo
modo, Rachel finalmente “acordou”. E estou curioso para ver o que ela vai
fazer!
Para mais
postagens de “The White Lotus”, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário