Último Capítulo do “Sítio: Entre o Amor e a Promessa” (14 de dezembro de 2006)
“E viva o amor!”
CHEGAMOS AO
FINAL DE MAIS UMA TEMPORADA DO “SÍTIO DO
PICAPAU AMARELO”. O ano de 2006 nos trouxe mais uma temporada em “formato
novela” para o programa, “Entre o Amor e
a Promessa”, e mesmo que com seus altos e baixos (porque o roteiro deu uma
deslizada e parece ter se perdido ao se estender na reta final da temporada), é
uma história da qual gosto bastante, e que vai deixar saudades… eu amo a
história de amor da Princesa Thirza e de Chico Maciel, eu amo o visual e o
clima da temporada, que é único nessa segunda adaptação da Rede Globo, e eu
adoro o que foi feito com os personagens. É uma temporada carismática,
visualmente muito bonita, e que brinca bastante com o lúdico e o mágico, o que
encanta a criança que sempre existe dentro de nós. Nesse último capítulo, a
batalha do bem contra o mal finalmente chega ao fim.
Trévan
sequestra e enfeitiça a Princesa Thirza e o Príncipe Theo para que eles unam as
suas medalhas na porta da caverna do cristal, mas Trévan não espera que os
guardiões do cristal o ataquem usando três objetos mágicos cujo poder ele
desconhece e, portanto, contra os quais nada pode fazer. A rede da
invisibilidade, conseguida com a sereia Nereida no Mar Fabuloso, permite que
Pedrinho e os demais entrem na caverna e se posicionem em frente ao cristal sem
chamar a atenção; o escudo indestrutível, conseguido com Vulcano no centro da
Terra, permite que eles se protejam de qualquer feitiço que Trévan tente lançar
contra eles; e, por fim, os espelhos que produzem raios, conseguidos com uma
deusa chinesa nas nuvens, os ajuda a refletir o golpe de Trévan e ele é
derrotado por seu próprio feitiço… e ele desaparece, vira pó, e vai embora
jurando voltar.
Com a vitória
do bem contra o mal (e a fuga de Matilda e Mirthes), Mago Mor torna o eremita o
novo mago protetor do cristal, e Urbano se torna o guardião principal do
cristal no lugar que o pai ocupara durante tantos anos. Depois, o Mago Mor
transforma as medalhas encantadas em alianças,
e diz que é chegada a hora do casamento, eles precisam voltar para Luterra imediatamente e cumprir a promessa que
foi feita no dia do seu nascimento. Thirza troca olhares tristes com Chico
Maciel, e Theo está igualmente arrasado porque só consegue pensar em Samira,
mas tudo o que eles conseguem é mais um
dia no Mundo Real – um dia para se despedirem de todos… é claro que,
inconformada com toda essa história de Thirza e Theo serem obrigados a se casar
embora não se amem e estejam tristes com esse casamento, Emília tem uma ideia.
Durante o
jantar, Emília chama o Príncipe Theo para conversar e pergunta se ele está
“arrastando uma asinha” para Samira e, ao invés de responder, Theo diz que
sentimentos não importam, porque ele tem que cumprir com a sua obrigação e
selar a vitória do bem com o seu casamento. Sem paciência, a bonequinha diz que
“cansou dessa conversinha chata” e pede para ver as alianças… enquanto Samira
aparece para se despedir (e ele e Theo trocam olhares apaixonados e desolados),
Emília leva as alianças até a Narizinho e pede que ela use a sua varinha de
condão para criar cópias daquelas
alianças… bem, agora são quatro alianças, e a astuta bonequinha de pano
entrega apenas duas para Theo quando ele e Thirza estão partindo para o Reino
de Luterra. Ainda não sabemos exatamente
o que ela fez, mas sabemos que ela fez algo.
A resposta
vem de maneira bem simples durante a cerimônia de casamento – mas é o que devia
ter acontecido HÁ MUITO TEMPO! Quando a cerimônia começa, com Theo e Thirza mais tristes que qualquer noivo deveria
estar no dia do casamento, o pessoal do Sítio do Picapau Amarelo surge na
troca de alianças, para assistir enquanto Theo tenta colocar a aliança no dedo
de Thirza e selar o casamento, mas a
aliança não entra. Então, o Mago Mor diz que, se a aliança não cabe, deve
haver alguma explicação, e Emília confessa ter trocado as alianças, mas por um
bom motivo: ela diz que Theo adora a Samira e que a Thirza ama o Chico Maciel,
então não podem se casar… muito tarde, mas finalmente fazendo o certo, o Mago
Mor pergunta se isso é verdade e, como ambos confirmam, o casamento é anulado:
o mago diz que eles não podem ficar
juntos, um casamento sem amor pode abalar o equilíbrio do bem…
Assim,
Emília “salvou o mundo mágico”, e Thirza e Theo finalmente PODERÃO SER FELIZES.
O Mago Mor os envia de volta ao Mundo Real para que eles possam encontrar seus
verdadeiros pares, e casar por amor: “Só
assim o bem reinará no universo. E viva o amor!” É, sim, uma solução
simples e óbvia, algo que o próprio Mago Mor já devia ter entendido há muito tempo ao invés de ficar fazendo esses
dois sofrerem (quatro, se contarmos Chico e Samira), mas eu fico satisfeito
ao ver que eles finalmente poderão ser felizes. Thirza retorna para o Mundo
Real e encontra o Chico Maciel à beira do lago, triste e desencantado,
apaixonado por Thirza, e ela aparece atrás dele de surpresa, e tudo o que ele
faz é virar-se para ela, surpreso e beijá-la sem fazer perguntas… Theo, por sua
vez, chega no Arraial dos Tucanos bem principesco, montado em um cavalo, para
pedir Samira em casamento.
Romântico
que sou, EU ADOREI.
O final de “Entre o Amor e a Promessa”, então,
acontece no Arraial dos Tucanos, com direito a um casamento triplo… o casamento
de Thirza e Chico Maciel, que finalmente podem viver o amor que sempre
sonharam, depois de uma promessa tê-los mantido afastados por tanto tempo; o
casamento de Theo e Samira, que é uma parte extremamente fofa da trama e que
poderia ter sido explorada com mais calma no lugar de tanta ênfase em Trévan
nessa reta final; e o casamento de Samuel e Clarice, com quem pouco nos
importamos. Eu gosto dessa sequência final, que traz a vitória do amor sobre
todo o resto, beijos apaixonados, os personagens como convidados do casamento,
emocionados… temos até o retorno de Daniel Erthal, que interpretou o Capitão
Kosmos, quando a Jurema pega um dos buquês! Uma temporada lindíssima e
apaixonante, deixa saudades.
“E todos foram felizes para sempre”
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