Until We Meet Again – Episode 16
“Força para superar os obstáculos”
Eu não sei
se eu estou emocionalmente preparado
para o próximo episódio – tanto porque pensar em me despedir oficialmente de
In, Korn, Pharm e Dean já me parece
bastante triste, quanto porque o
próximo episódio promete. As emoções desse 16º episódio de “Until We Meet Again” foram bastante intensas, e o episódio tem uma
construção lindíssima, que começa com o nascimento de Pharm (e Kard dizendo o
nome escolhido para o filho), e então nos conduz por algumas das cenas mais
bonitas da série, conforme exploramos um pouquinho mais da relação de Korn com
os irmãos… e essa é uma preparação praticamente perfeita para todo o pesar que
toma conta do episódio em sua reta final, enquanto Pharm descobre mais sobre a
sua vida passada.
E como ela chegou ao fim.
Pharm está
prestes a reencontrar o tio, depois de 10 anos sem vê-lo, e de conhecer o avô –
mas ele não tem ideia do que isso significa até que tudo venha à tona, e Dean
não tem tempo de avisá-lo, embora esteja correndo para lá, para poder estar com
Pharm… assim como Dean retornou na família de In, dessa vez, Pharm também
retornou na família de Korn. Ainda que já tenhamos entendido isso no fim do
episódio anterior, o episódio se preocupa em esmiuçar essas relações familiares
através de uma conversa de Pharm com Sin, seu primo, e Krit, um dos irmãos de
Korn e seu tio… infelizmente, uma cena importante como a conversa de Sin com
Krit acaba tendo toda sua emoção comprometida pela (falta de) atuação do ator
que faz o Sin, e é difícil de assistir.
Felizmente,
esse é o único ponto baixo do episódio.
Os flashbacks são surpreendentes – e a cena
de Korn com os irmãos é facilmente uma das minhas favoritas em “Until We Meet Again”. Além de vermos
Kard dizendo à enfermeira que o nome do seu filho será “Pharm”, também vemos
Korn conversando com Krit e Kard enquanto admira um doce que ganhara de Intouch
e os irmãos fazem a tarefa de casa… ali, Kard fala sobre como sua tarefa é
descobrir o significado dos nomes da
família, e ele diz que, quando tiver um filho, não colocará nele um nome
que começa com “K”, e é o próprio Korn quem sugere, então, o nome “Pharm”,
porque significa “força para superar os obstáculos”. A cena é linda e muito
simbólica, e ouvir o Korn dizendo o nome do Pharm foi algo que mexeu comigo de uma maneira inesperada.
Também
exploramos um pouco do pai de Korn e, sinceramente, eu acho que eu sou uma
pessoa muito rancorosa, mas eu não
consigo encontrar forças em mim para perdoá-lo – e talvez essa seja a ideia do
último episódio. O vemos visitar o hospital no nascimento de Pharm, mas não
entrar para vê-lo porque ele sabe que Kard jamais o perdoou pela morte de Korn,
e eu não acho que o Kard esteja errado em ter se afastado do pai e ter
escolhido deixar para trás o sobrenome da família e assumir o da esposa (motivo
pelo qual Pharm não tem o mesmo sobrenome de Korn). No presente, Krit também
diz a Pharm e Sin que Kard não se dava bem com o pai porque “ele tirou dele a
pessoa que ele mais amava e respeitava”. Eu sinto que a morte de Korn pesou
sobre ele e o fez se arrepender…
Isso não quer dizer que precisemos conviver
com ele. Nem Kard… nem Pharm.
Mas Pharm
não sabe quem é o avô quando chega à
casa para conhecê-lo, e Sin o deixa “explorar a casa”, porque o avô deve estar
dormindo, e é aí que Pharm começa a descobrir coisas sozinho, sem ter alguém para acompanhá-lo e para ampará-lo. A
construção das cenas é perfeita: a
maneira como cada detalhe é lentamente adicionado e como vemos isso tomar conta
de Pharm até que o sobrecarregue e o sufoque, e a abundância de flashbacks me parece essencial para conferir a toda essa
sequência o peso que ela tem: estamos, assim como Pharm, sentindo todas essas
memórias e emoções do In retornar e nos encher. “Until We Meet Again” conta com uma direção competente que,
felizmente, entende a necessidade da seriedade e do drama em cenas como essa.
Na
biblioteca do avô, Pharm é “atraído” por um livro que, ao abrir na primeira
página, traz o nome de Korn – o mesmo livro que Korn estava lendo quando
Intouch se aproximou dele pela primeira vez, para conversar… e o Korn o mandou
“deixá-lo em paz”. Depois, Pharm se depara com um álbum de família que traz
fotos de Korn – o Korn que habita as suas memórias e os seus sonhos, que eu
acho que até então ele não tinha entendido por completo. E, por fim, Pharm
chega à mais dolorosa das recordações, quando encontra uma caixa dentro da qual
estão coisas relacionadas à morte de Korn: a foto que Korn e Intouch tiraram
semanas antes da morte; a chave do apartamento no qual eles iam morar juntos; a
arma que tragicamente tirou a vida de ambos.
Quando Pharm
pega a arma da caixa e vai embora sem avisar ninguém, eu prendi o fôlego. Ainda
que eu acredite em um final feliz para “Until
We Meet Again”, porque Pharm e Dean estão em condições muito melhores nessa vida, é impossível não ficar apreensivo…
especialmente pela quantidade de paralelos visuais que nos remetem à noite em
que Korn e In se mataram. Pharm está indo sozinho para o apartamento de In e de
Korn, embaixo de chuva, vestido de maneira muito
similar à que In se vestia na noite em que morreu. Desesperado quando Sin
conta que Pharm saiu levando uma arma e ninguém sabe para onde ele foi, Dean
liga para Pharm e pergunta onde ele está – e há tanta preocupação, tanta
urgência e tanto medo enquanto ele
tenta chegar a Pharm.
A última
cena é arrebatadora. Enquanto via o
Pharm chorando naquele apartamento, com uma arma na mão, tudo em que eu
conseguia pensar era: “Pharm, meu filho,
larga essa arma. Não tem necessidade disso”. Quando o Dean finalmente o
encontra, no entanto, somos surpreendidos por Pharm o chamando de mentiroso e
ameaçando “deixá-lo primeiro”, colocando a arma sob o próprio queixo – e,
naquele momento, eu acho que foi muito mais o In do que o Pharm falando… existe
uma dor inenarrável que In sentiu por ter visto Korn morrer na sua frente, por
ter sentido que o seu amor o deixou; ainda que por desespero, desesperança e
impulsividade, Korn tomou essa decisão,
mas In não… isso foi imposto a ele. E, agora, todos esses sentimentos
transbordam de Pharm.
É
angustiante.
E a
preparação perfeita para o Finale de “Until
We Meet Again”.
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Jefferson, que episódio forte!!!!!
ResponderExcluirE vc descrevendo as cenas e contando tudo o que sentiu assistindo a elas, deixa o seu texto tão poderoso emocionalmente.
Como eu já disse várias vezes, vc não tem ideia do prazer que é ler as suas resenhas.
Uma das coisas que eu mais gosto em UWMA, é como tudo está conectado. Não só por Dean e Pharm terem nascido nas famílias da vida passada um do outro, como também o fato do Korn ter literalmente escolhido o nome que o namorado dele teria na próxima vida. Sei lá, é como se a conexão entre essas duas almas gêmeas ficasse ainda mais forte.
Eu gosto da sua confiança em um final feliz para UWMA, mas confesso que quando eu assisti na primeira vez, eu não tinha essa certeza toda não. Acho que é porque o último BL que eu tinha assistido antes de UWMA, um dos protagonistas tinha morrido no final, então eu meio que já estava preparado pro pior kkkkkkkk
Enfim, vc não tem ideia do quanto eu estou ansioso pelo seu texto do episódio final de UWMA. Então, pode ter certeza que vou contar os dias até a próxima sexta!!!!!!! <3
Eu também estou muito ansioso para compartilhar com você meu texto sobre o último episódio de UWMA, mas ao mesmo tempo eu também estou um pouco tristinho de acabar, sabe? HAHA Parecia algo tão distante há uns meses, pensando que eram 17 episódios, mas já é semana que vem! Mas é minha prova de fogo, a review mais importante de UWMA, uma das maiores responsabilidades da minha "carreira" kkkkkkkkk Espero que você goste :)
ExcluirEsse seu comentário sobre o último BL que você tinha assistido antes ter um dos protagonistas morrendo no final me fez pensar em um, será que é esse mesmo que eu imagino? Se for, eu ainda não vi (mas está na lista para ver em breve!), mas eu sei que um deles morre... o título meio que entrega (mas eu não sei qual deles ou como e fugi de spoilers haha).