Until We Meet Again – Episode 17 (Final)

“I love you. I forgive you. You can stop blaming yourself”

LINDÍSSIMO! Despedir-me, hoje, de “Until We Meet Again” não é uma tarefa fácil. Durante algum tempo, tive a companhia constante de Pharm e Dean (e de In e Korn) em uma série emocionante que soube equilibrar drama, suspense, comédia e romance com uma precisão quase inexplicável. A história trágica de duas pessoas que, graças ao preconceito, não puderam ser felizes e prometeram se encontrar novamente na vida seguinte é uma premissa que tem um quê de clássico novelesco e drama shakespeariano, e “Until We Meet Again” soube explorar muito bem todo seu potencial, trazendo surpresas que sempre nos proporcionaram cenas muito emotivas, e que nos envolveram do início ao fim. Termino a série completamente apaixonado por cada detalhe que a compõe.

Durante muito tempo, eu acreditei que 17 episódios era um número muito grande – e eu não vou fingir que não houve episódios, ao longo dessa caminhada, que foram menos expressivos ou que fizeram a trama caminhar pouco… eu ainda acho que a série teria sido resumida facilmente em 12 episódios sem perder sua força e/ou sua beleza, mas, agora que chego ao fim, eu já estou sentindo tanta falta desses personagens que o número de episódios é o de menos. E, de uma maneira ou de outra, todo esse tempo ao lado dos personagens nos permitiu conhecê-los mais, ver o desenvolvimento do romance de Pharm e Dean e vê-los entendendo tudo a respeito de In e Korn, conforme descobriam também, por exemplo, que um reencarnou na família do outro.

Korn ter retornado como Dean na família de Intouch rendeu cenas lindíssimas tanto com Ahn quanto com Alin. Na reta final, descobrimos que In retornou como Pharm na família de Korn, filho de Kard, o irmão mais novo de Korn – e isso também quer dizer que o pai de Korn, responsável por tanto sofrimento, é o avô de Pharm… que ele está prestes a conhecer. A preparação para esse último episódio começou no episódio anterior, gerando angústia, sofrimento, saudade e confusão, e o episódio final de “Until We Meet Again”, com 1h15min de duração total, tem os seus primeiros 40min trabalhados em cima do drama de uma maneira tão pungente que eu acho que eu nunca sofri tanto assistindo à série… um misto muito forte de emoções!

Acompanhamos o que deve ter sido o mais longo flashback da série, depois da morte de In e de Korn. Velados juntos, com ambas as famílias sofrendo as suas mortes, experimentei uma mistura de sentimentos durante toda a cena: foi doloroso ver o Krit e o Kard chorando ou ver a Ahn dizendo a Alin que “In foi fazer uma longa viagem” e, em parte, também foi emocionante ver o pai de In chorando sobre o corpo do filho e amarrando uma linha vermelha no mindinho dele, o conectando a Korn no caixão ao seu lado, com a ajuda sem palavras do pai de Korn… mas, sinceramente, eu não acho que aquilo os inocenta ou os redime. Ainda assim, é importante que eles tenham tido uma atitude simbólica bonita, tentando garantir que os filhos pudessem se encontrar em outra vida.

E eles de fato se encontraram.

Retornamos àquela sequência final do episódio anterior, quando Dean encontrou Pharm no apartamento em que Korn e In morariam juntos, e tudo é intenso, quase sufocante… é como se não tivéssemos uma distinção entre Pharm e In, e é fortíssimo ouvi-lo chamar o Dean/Korn de mentiroso, conforme In acusa Korn de o ter abandonado depois de ter prometido que eles nunca se separariam – a maneira como Pharm/In fala sobre a morte de Korn, como pergunta se ele sabe o que ele sentiu… ainda que sejam sentimentos que nós já tínhamos entendido que In tivera, é muito doloroso ouvir isso sendo colocado para fora em palavras. A dor e o trauma de In transbordando de Pharm conforme ele pega a mesma arma da outra vida e ameaça tirar a própria vida…

Para que Dean/Korn entenda como ele se sentiu.

Felizmente, “Until We Meet Again” não se propõe a mais um final trágico, porque sabemos que Pharm e Dean tiveram a sorte de nascer em uma família muito mais acolhedora e em uma época na qual eles podem finalmente ser felizes juntos – é um alívio ver o Dean abraçar o Pharm e conseguir fazer com que ele largue a arma… mas o drama intenso da cena continua quando Krit e Sin aparecem com o avô de Pharm/pai de Korn. Como eu já comentei na minha review do episódio anterior, talvez eu seja uma pessoa rancorosa demais, mas eu não consigo encontrar maneira de perdoá-lo, ou de sentir por ele. O roteiro nos conta que ele sofreu nos últimos 30 anos, mas a reação desesperada e desesperadora do Pharm ao vê-lo só me faz lembrar que a dor que ele sentiu é um reflexo da dor que infligiu.

Me desculpem almas mais evoluídas que eu, mas eu realmente não consigo. Depois de tudo o que aquele homem fez, depois de todo o sofrimento que ele causou, eu achei até desrespeitoso ficar olhando para ele parado ali, na mesma sala em que Korn e In se mataram há 30 anos, sem dizer nada e com olhinhos de coitado como se ele fosse a vítima. E me angustiou ainda mais ouvir o Korn pedir desculpas (!) ao pai através de Dean – aquilo foi descabido demais e não foi nem “equilibrado” com um pedido de desculpas também do pai de Korn, porque pedir desculpas era o mínimo que ele precisava fazer naquele momento. Enquanto assistia, eu fiquei pensando que eu facilmente teria sido o Kard dessa história, sem nunca ter conseguido perdoar o pai depois de tudo.

Acho muito diferente do Dean pedindo desculpas ao Pharm/In, por exemplo… ainda que a sua intenção nunca tenha sido machucar o In, a dor e o trauma que ele causou é passível de um pedido de perdão, e aquele é um momento importante até para “encerrar” a história de In e de Korn e permitir que eles finalmente sigam em frente, sem serem constantemente atormentados pelos traumas da vida anterior… agora, eles podem viver sua própria história e podem viver o seu amor. Achei de uma beleza incrível colocar o In no lugar de Pharm para dizer ao Korn, e não exatamente ao Dean, que o ama, que o perdoa e que ele pode parar de se culpar. Esse é, para mim, o momento mais importante desse episódio final de “Until We Meet Again”, e o ápice da emoção.

Dali em diante, o episódio perde um pouco o fôlego e, eventualmente, me parece mais longo do que ele precisava ser – talvez porque a força dramática dessa primeira parte era muito grande para ser equiparada, e a segunda parte poderia ter sido mais breve… mas o episódio toma seu tempo para mostrar um pouquinho dos personagens secundários (de quem eu gosto, mas que nunca foram o mais importante para mim de todo modo, porque estava muito focado na história principal de “Until We Meet Again”): descobrimos que Del está namorando com Alex (senti essa possibilidade na primeira interação deles!), por exemplo; Manaow, com inveja de todos que estão namorando, também ganha sua chance; e Win e Team ganham uma cena fofa, mas eles protagonizam “Between Us” depois disso e a história deles fica para o spin-off.

Pharm e Dean, por sua vez, demoram alguns meses para seguir em frente… primeiro, eu confesso que fiquei um tanto confuso e incrédulo, mas, pensando racionalmente, eu não acho que o Pharm tenha agido mal. Depois de um sonho no qual Dean corta o fio vermelho que os une e diz que “eles não precisam mais se amar”, Pharm anuncia que eles precisam passar algum tempo separados para que ele tenha certeza de que o amor deles é verdadeiro, e que eles não estão juntos apenas por causa do fio vermelho que os une. No fim, eu acho que acaba sendo muito mais do que isso: são três meses nos quais Pharm pode deixar que tudo se assente dentro dele, e acho que ambos estão mais maduros quando eles finalmente retomam o romance que nunca deixaram de lado…

E isso também é uma beleza desse “acordo” deles: eles nunca chegaram a brigar, nem mesmo terminar… eles continuaram por perto um do outro, Dean continuou mandando mensagens para se assegurar de que tudo estava bem com Pharm e Pharm continuou encontrando maneiras de enviar para Dean as sobremesas que ele fazia, e ambos sentiram imensamente a falta um do outro, até que eles possam estar juntos novamente – e eles se encontram depois de um sonho que ambos compartilham (!), no qual In e Korn estão juntos, felizes, fazendo planos, e eles entendem que eles finalmente estão bem… e estão, através deles. A cena do Intouch olhando para o Pharm no sonho e o agradecendo também é um momento lindíssimo do episódio!

Depois do sonho, Pharm decide que não pode mais ficar nem um dia longe de Dean, e quando ele abre a porta para ir atrás dele, Dean está do lado de fora, esperando por ele porque teve o mesmo sonho – e essa conexão deles É TÃO LINDA. Tudo naquela cena funciona perfeitamente: as lágrimas de Pharm, o abraço acolhedor e cuidadoso de Dean, a maneira como Pharm se segura nele como se nunca mais quisesse soltá-lo… porque ele não quer, de fato. Eles se amam, eles sempre se amaram, eles sempre se amarão – e agora eles não têm dúvida alguma disso. Os detalhes da cena final (o bilhete que Pharm escrevera uma vez para Dean na biblioteca, o anel da família de In escondido sob a foto de Dean com os irmãos, que ele devolve a Pharm) são muito especiais.

Tudo em “Until We Meet Again” é perfeitamente especial. É uma série amada entre os fãs de BLs, e que esteve na minha lista durante muito tempo, mas que eu precisei de um empurrãozinho para de fato começá-la, e que EXPERIÊNCIA INCRÍVEL eu vivi ao longo desses 17 episódios. Muitíssimo obrigado ao Renan, tanto por ter sugerido esse BL a mim assim que eu terminei “609 Bedtime Story”, quanto por ter estado esses meses todos fielmente por aqui, comentando cada postagem sobre o seu BL favorito, cuja responsabilidade de comentar eu aceitei – seus comentários são parte do quão incrível foi essa experiência, obrigado pelas palavras que sempre me motivam e me fazem sorrir e por compartilhar "UWMA" comigo! Ao assistir “Until We Meet Again”, é muito fácil de entender por que a série é tão amada: ELA É MESMO INCRÍVEL. Divertida e carismática, mas também sensível, bela e emocionante.

“Until We Meet Again” FEZ HISTÓRIA.

 

Para mais postagens de “Until We Meet Again”, clique aqui.

Também visite nossa página: Reviews de BLs