Abertura de Vencer o Medo: “ROMPE EL SILENCIO”
“¡Rompe el silencio!”
Composta
pela própria Paulina Goto, com Pablo Dazán e Marcela de la Garza, e
interpretada por Paulina Goto, “Rompe el
Silencio” é a (excelente) música de abertura de “Vencer o Medo”, que claramente mantém a ideia do nome
originalmente pensado para a novela: “Vencer
o Silêncio” (que, por sinal, como eu comentei no primeiro texto que postei
sobre a novela, é um nome que me parecia excelente
para a novela, gostaria que ele tivesse sido mantido). Eu sou realmente apaixonado por essa música de abertura,
e pela sensação causada por ela toda
vez que a novela começava e eu a cantava a plenos pulmões aqui em casa… “Rompe el Silencio” transmite essa sensação
de libertação, como se nos convidasse a colocar tudo para fora, e Paulina Goto
imprime muita força na voz.
A letra de “Rompe el Silencio” (ou apenas “Rompe”, como é referida às vezes,
embora o título apresentado na própria abertura inclua o “el Silencio”) é fortíssima, e funciona como uma denúncia,
representando incrivelmente bem a ideia, a história e o clima da novela. Trechos
como “La hija que no aceptas / La madre
que violentas / Las cosas que no cuentas / Que crees que son secretas / Pues
nadie dice nada / Aquí nunca pasa nada” são de arrepiar, porque são a
representação musical do conceito da
própria novela: a ideia de que “não aconteceu nada” porque “ninguém fala sobre
isso”… mas o que muda a partir do momento em que se rompe o silêncio? Sem medo,
quando as coisas são ditas e denúncias são feitas, paradigmas são finalmente
quebrados.
Visualmente,
a abertura também se sobressai, trazendo em destaque os cenários do Peñon e a
ideia do grafite, que é algo que tem tudo a ver com a personagem da Marcela, e
a abertura se enche de cores dessa maneira, reforçando a sua identidade visual.
Além disso, gosto de como a ideia de “romper o silêncio” e “vencer o medo” é
representada visualmente, como quando Marcela rompe as grades atrás das quais está, na primeira vez em que o
refrão é cantado (isso é impactante!) ou na maneira mais sutil como as bolhas
de sabão parecem representar um “casulo” no qual as vozes são caladas, e então
elas são rompidas com um toque do dedo a partir do momento em que se decide fazer isso… é uma abertura
forte e simbólica, gosto bastante dela!
“Rompe,
rompe, rompe
Rompe el silencio
Vamos a vencer el miedo
De querernos
Sube, sube y sacude
Todo lo que te dijeron
Te mintieron”
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