Malhação 2004 – O luau da Vagabanda

“Quando o sol se for…”

Quando a Vagabanda resolveu fazer um show em um trio elétrico no clube para divulgar o luau que organizaram para mais tarde, e o trio elétrico ficou impedindo a passagem de uma ambulância cuja sirene ninguém escutava, os destinos de Gustavo e Letícia estavam selados – e “Malhação 2004” começa a construir uma história de personagens que começam “se detestando” até que, enfim, estejam apaixonados um pelo outro. Parte de Gustavo ficou muito bravo quando Letícia teve a audácia de subir no trio e desligar o som, mas quando ele entendeu o motivo pelo qual ela fez isso, não só ele desceu para ajudar a abrir espaço para a ambulância passar, como ainda ficou olhando para Letícia com certa admiração… há algo no seu tom debochado e desafiador que o fascina.

Assim, os dois já começam a se provocar, Gustavo já fala que, “se ela quer chamar atenção”, devia comprar uma melancia e pendurar no pescoço, e ganhamos diálogos sensacionais como esse, quando Gustavo vai oferecer um convite para o luau da Vagabanda:

 

“E aí, nervosinha? Não vai comprar um convite?”

“Não. Gastei todo o meu dinheiro comprando a sua melancia”

“Faço questão. Pra você, o convite vai sair de graça. Mas leva aquela melancia. Vai ficar ótima em você”

“Palhaço”

 

São faíscas e provocações que podem (e vão) facilmente se converter em interesse e paixão… inclusive, Letícia acaba aparecendo mesmo no luau (mesmo que se mostre um pouco relutante em ir, inicialmente), e quando o Gustavo a vê ali e corre para provocá-la mais uma vez, perguntando se “ela não tinha dito que não ia vir” e “cadê a melancia”, Letícia responde jogando uma melancia na cabeça dele… bem, ele bem que pediu por aquilo, não? Se Letícia estava relutante em ir ao luau, Cadu está empolgadíssimo – é a sua chance de “conhecer uma gatinha rica” ou qualquer coisa assim, e ele se aproveita do pai (que faz tudo errado mesmo com as advertências da mãe, diga-se de passagem), tentando conseguir dinheiro para um ingresso e um tênis novo…

Letícia até o adverte de que o que ele fez com o pai não é legal, mas ele não está nem aí.

Em algum momento, sinto que toda essa história de “o Gustavo ser cheio da grana” ainda vai dar problema… nos primeiros capítulos, o fato de a família do Gustavo ser rica fica bem evidente em vários momentos, inclusive em comentários como quando o Catraca fala sobre como é bom ser amigo do Gustavo porque “dinheiro não é um problema para ele” ou qualquer coisa assim, e Beatriz parece bem incomodada com todo o dinheiro que o Gustavo gastou para fazer aquele luau… segundo os cálculos dela, o filho gastou aproximadamente 20 mil para organizar tudo, e ele vai conseguir no máximo uns 2 mil de volta com os ingressos. Mais cedo ou mais tarde, esse deve ser um problema, não? Vamos ver quantos amigos o Gustavo vai conseguir manter quando chegar essa hora.

Ainda mais se Marcelo começar a trabalhar menos – e agora que ele está correndo o risco de perder a sua família, ele pode optar por isso. Beatriz está cansada de toda a ausência de Marcelo: para ela, como marido, e para os filhos, como pai. Ela ainda tem que aturar uma série de desaforos, como quando alguma coisa dá errado e Marcelo acusa Beatriz de “não ter controlado os filhos”, mesmo que “fique o dia inteiro em casa sem fazer nada”. Aos poucos, conforme Gustavo vai aprontando nas primeiras semanas de “Malhação 2004” (com o estaleiro e o “tiroteio” na escola, por exemplo), a situação vai ficando mais e mais complicada e, em algum momento, Beatriz decide que não quer mais isso: ela quer se separar… e também vai voltar a trabalhar!

E está certíssima!

O luau da Vagabanda conduz a narrativa para um momento importantíssimo da temporada, que vai guiar uma boa parte desse início de história, quando Gustavo e os demais decidem “aprontar”. Eles são os típicos riquinhos encrenqueiros, daqueles adolescentes que não conhecem responsabilidade e, pior, consequência de seus atos, então fazem o que querem – e gostam de chamar atenção. Então, eles decidem “ir mergulhar no estaleiro municipal”… mesmo que seja proibido entrar lá, além de ser perigoso… tudo o que eles dizem é que “é assim mesmo que eles gostam”. Então, Gustavo dirige através do portão trancado (!), cantando pneu, enquanto o segurança só tem tempo para ligar para a polícia e avisar que tem alguém invadindo o estaleiro

Dali em diante, as coisas ficam sérias.

 

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