Percy Jackson e os Olimpianos 1x05 – Um deus compra cheeseburgers para nós
Thrill Ride o’ Love
Eu vou
precisar ser sincero com o que eu estou sentindo e dizer, aqui, algo que vai
incomodar aos fãs mais extremos de “Percy
Jackson e os Olimpianos”, que defendem a série com unhas e dentes:
assistimos a duas adaptações de séries literárias em formato de série
recentemente e ambas bem mais legais que essa – “Desventuras em Série”, pela Netflix, e “His Dark Materials”, pela HBO Max. E, novamente, eu ressalto que o
problema de “Percy Jackson e os
Olimpianos” NÃO está no número de episódios ou no tempo de duração de cada episódio, tampouco nas mudanças em relação
ao livro, que são todas cabíveis dentro de uma adaptação (!), mas em escolhas
criativas principalmente do ponto técnico
da série que parecem constantemente falhar em empolgar.
Acho que ainda
falta algo no ritmo da série, na
intensidade das sequências e na construção dos personagens, que a série está
deixando a desejar – e que não chega a condená-la, ainda, desde que isso seja
estudado e levado a sério para a adaptação do próximo livro na segunda
temporada (e eu acho que vai ser necessário um trabalho competente nessa
adaptação, porque “O Mar de Monstros”
é o livro mais chatinho dos cinco livros de “Percy
Jackson e os Olimpianos”). Eu gosto dos personagens, eu gosto da história
que está sendo contada (eu acho “O Ladrão
de Raios” um livro excelente!), mas alguma coisa ainda soa mecânica enquanto assistimos à série e,
nesse momento, já passamos da metade da primeira temporada… esse tipo de erro
já devia ter sido consertado.
De todo
modo, encontramos Annabeth e Grover do lado de fora do Arco de St. Louis depois
dos eventos do episódio anterior (Annabeth vê as Parcas olhando diretamente
para eles) e eles encontram Percy, que foi salvo pelo pai depois de uma queda
que o teria matado se ele não fosse filho de Poseidon… aparentemente procurados
pela polícia pela destruição no trem e no arco, o trio não tem como comprar passagens que os leve até a
entrada do Submundo, então eles precisam continuar
a jornada a pé, mesmo com o tempo apertado, e eles recebem a inesperada
“ajuda” de Ares, o deus da guerra. E EU GOSTEI BASTANTE DE VER O ARES NA SÉRIE:
é, por enquanto, o meu deus favorito apresentado na adaptação de “Percy Jackson e os Olimpianos”.
Gosto de
como o Ares parece inconstante, de como ele começa
brigas no Twitter (isso realmente foi uma piada muito divertida!), e de
como ele incumbe os semideuses de uma “missão” paralela, em troca de um carona
até o Cassino Lótus, onde Hermes talvez possa colocá-los em um táxi até Los
Angeles e, consequentemente, até o Submundo, para confrontarem Hades. A missão
consiste em ir até um parque de diversões construído por Hefesto e abandonado,
onde o escudo de Ares foi “deixado”.
E como na série o Grover fica para trás (o que lhe traz ótimas cenas com Ares,
e é muito bom vê-lo usando seu ego contra o deus, para tentar conseguir
informações cruciais para o futuro!), Percy e Annabeth têm uma oportunidade
gerada pelo roteiro de se aproximar.
Acho que
eles terminam esse episódio mais próximos do que começaram.
Embora ela o tenha começado abraçando o
Percy, aliviada por ele estar vivo após a queda.
Toda a
sequência do parque de diversões é bastante interessante para todos que se
interessam por Mitologia Grega, porque Percy tem a oportunidade de falar um
pouco sobre as histórias que sua mãe contava (ele se lembra bem da história de
Hefesto), e Percy e Annabeth acabam sendo “desafiados” por um trono de ouro: um deles precisa sentar e ficar preso para
trás enquanto o outro recupera o escudo de Ares… e embora Annabeth
inicialmente proteste, e diga que não vai deixar que ela o engane como fez no
alto do arco no episódio anterior, Percy diz que ele é quem tem que se
sacrificar, e que foi por isso que ele a escolheu para vir a essa missão com
ele: porque ele precisava de alguém que
não hesitaria em sacrificá-lo para que a missão pudesse ser completa.
As mudanças
do livro para a série nessa sequência trazem uma conversa bem-vinda entre
Annabeth e Hefesto, que talvez divida opiniões: por um lado, talvez tenha sido muito simples reverter toda a questão de
“o Percy se transformar em ouro ao sentar-se no trono”, quando era para ser
algo muito mais definitivo e tudo o mais; por outro, talvez mostre um lado mais
humano de alguns deuses, nem todos
sendo necessariamente aquele caos sobre o qual ouvimos falar durante todo o
episódio… talvez seja a oportunidade que “Percy
Jackson e os Olimpianos” esteja dando aos deuses de mostrar que nem todos
são o grande problema, e que não
precisa ser uma batalha constante entre humanos, semideuses e deuses. Talvez alguns queiram evitar a guerra
vindoura.
Foi bom ver
Percy disposto a se sacrificar pela missão, ver a Annabeth prometendo trazer a
mãe de Percy de volta do Submundo, e ver o alívio de ambos quando tudo termina
bem e eles saem em segurança do parque, levando com eles o escudo de Ares e,
por conseguinte, garantindo uma carona até o Cassino Lótus… é a melhor carona
do mundo? Não, eles estão sendo transportados em um caminhão junto com animais
e um cheiro terrível. Mas isso deve aproximá-los do Submundo, agora que o prazo
até o solstício está chegando ao fim, e isso é o que importa, no momento. Gosto
muito do Cassino Lótus, e estou bem curioso para ver como esse trecho de “O Ladrão de Raios” será adaptado na
série. Será que teremos referências ao futuro da saga?
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