Power Rangers Jungle Fury – One Master Too Many

Mestre Finn.

Exibido em 12 de maio de 2008, “One Master Too Many” é o 12º episódio de “Power Rangers Jungle Fury” – e, mais uma vez, um episódio excelente. Enquanto Dai Shi está sendo treinado por Jellica, a Sea Overlord que foi trazida de volta à vida por Camille para substituir Carnisoar, cujas técnicas de treinamento não estavam agradando à Camille (embora Jellica seja tão implacável quanto ele, e é o tipo de treinamento que Dai Shi quer, para estar mais poderoso do que nunca), Casey se pergunta a respeito de quando ganhará um novo Mestre… afinal de contas, o recluso Mestre Phant acolheu Lily como sua pupila e, recentemente, o Mestre Swoop passou a treinar Theo – seus companheiros têm novos Mestres e novas armas, e Casey quer saber quando será sua vez.

Mais um Mestre de Pai Zhuq aparece, finalmente, quando Jellica convoca Crustaceo para tentar derrotar os Power Rangers: Mestre Finn, que tem o TUBARÃO como Espírito Animal. Casey não poderia estar mais feliz porque finalmente terá um novo Mestre, mas R.J. não compartilha de sua empolgação – até porque Finn é seu pai. É muito bom como “Jungle Fury” desenvolve os seus personagens, e como “One Master Too Many” é muito menos sobre um novo Mestre, uma nova arma ou um novo Espírito Animal, e muito mais sobre a relação de pai e filho de R.J. e Finn… uma relação danificada por cobranças e expectativas não atendidas, já que o Mestre Finn queria que R.J. seguisse os seus passos dentro da Ordem da Garra, mas R.J. não se via seguindo o caminho do tubarão.

Casey, por sua vez, está fascinado… é muito sobre essa empolgação jovem que caracteriza o personagem por ele ser o que menos passou tempo dentro da Pai Zhuq – de certa maneira, tudo é muito novo para ele. Assim, ele está empolgado em aprender a respeito do caminho do tubarão, e a usar os Shark Sabers, sabres que serão sua nova arma, e as sequências de treinamento são muito boas – por sinal, outro grande acerto de “Power Rangers Jungle Fury”, porque é muito bom assistir à evolução constante dos personagens e suas habilidades, que não surgem do nada como acontecem em outras temporadas, e estão sempre em desenvolvimento. Também gosto de como os episódios não se limitam à forma básica que consagrou o sucesso de “Power Rangers”.

Eles sempre tentam fazer mais.

O roteiro de “Jungle Fury” é realmente MUITO BOM.

Quanto mais Casey se fascina com os ensinamentos do Mestre Finn, mais R.J. se sente deixado de lado – é triste aquele diálogo no qual ele diz a Lily e Theo que “precisa se conformar que perdeu Casey”. Casey não demora para dominar a arte dos Shark Sabers e, durante a batalha gigante contra Crustaceo, conhecemos o Espírito Animal Tubarão, que é capaz de se unir ao Jungle Pride Megazord dando a ele habilidades de lutas submarinas… se o Morcego permitiu batalhas aéreas, o Tubarão nos leva ao fundo do mar. Na primeira batalha, no entanto, o Espírito Animal Tubarão acaba se voltando contra os Power Rangers, já que Crustaceo é capaz de controlá-lo – e isso acaba sendo extremamente importante porque o Mestre Finn precisa enfrentar um fracasso.

Adoro a maturidade de Lily e Theo ao dizer para ele que a culpa não é dele, mas Finn precisava daquele choque de realidade para entender que não era invencível, nem tampouco perfeito – como ele sempre fez R.J. acreditar que ele pensava ser. R.J. passou a vida se sentindo menosprezado e diminuído pelo pai, quando, na verdade, ele é muito bom no que faz… ele não é um Mestre Pai Zhuq típico, ele tem sua própria maneira de fazer as coisas, é verdade, mas não quer dizer que ele não seja incrível – e a evolução de Casey, Lily e Theo desde o início de “Power Rangers Jungle Fury” é a prova disso. Agora, o Mestre Finn só precisa entender isso (e, mais do que isso, reconhecer) para que eles possam começar a consertar essa problemática relação de pai e filho.

Assim, “One Master Too Many” acaba sendo um episódio de muito desenvolvimento para o R.J., o que é uma excelente maneira de introduzir um arco que certamente está por vir… até o fim do episódio, quando Finn tem dificuldades em uma batalha mano-a-mano contra Dai Shi, R.J. parte para auxiliar o pai em uma grande cena, na qual ele libera o Espírito do Lobo na frente do pai pela primeira vez, reforçando corajosamente que ele não é como o pai – esse é quem ele é de verdade. Eventualmente, o Mestre Finn tem que reconhecer a força, as habilidades e a competência de R.J., respeitando suas escolhas e sua unicidade. É um momento bastante bonito, e um passo importante para o R.J. Agora: será que está chegando a hora de conhecermos o Ranger extra?

 

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