Shazam! #5 – Os Sete Reinos Mágicos: Parte 5
Os Sete Campeões.
“Os Sete Reinos Mágicos”, com roteiro do
Geoff Johns, é uma saga de “Shazam!”
da qual eu gosto bastante! Além de ter uma história interessante e ágil, que
explora bem a relação de Billy Batson com a família, os poderes da Família
Shazam, o passado do Mago e os Sete Reinos Mágicos, também é uma saga cheia de
referências bacanas e com uma arte lindíssima! É um imenso PRAZER ler às
edições de “Shazam!” e ver as páginas
se enchendo de cor em desenhos muito
bonitos, e sequências de ação impressionantes… é quase uma pena pensar que
estou a apenas uma edição (na versão brasileira) da conclusão desse arco, mas
também fico contente pelo fato de ele se fechar enquanto se mantém
interessante, provavelmente terminando deixando saudade…
A quinta
parte de “Os Sete Reinos Mágicos”
(equivalente às edições #9 e #10, da publicação original) começa pouco depois
de Billy Batson compartilhar os seus poderes com C.C., o pai biológico que
reapareceu recentemente, e o vemos explicar rapidamente tudo o que o pai
precisa saber… ao menos para aquela batalha rápida contra o Adão Negro e os
Sete Pecados. A batalha, ainda no Reino
da Terra, rende alguns bons momentos, e vemos C.C. tentar a todo custo
proteger o filho, mesmo sem saber direito o que está acontecendo ainda. Alguma
coisa, no entanto, parece estar errada,
porque os poderes de Mary e C.C. parecem ir e vir, de uma forma que ninguém
entende… no fim, eles não se saem bem da batalha, mas conseguem escapar, ao
menos.
E acabam no Reino das Maravilhas… um Reino que, particularmente, eu acho
FASCINANTE! Afinal de contas, ele é uma divertida mistura entre os universos
fantásticos de “O Mágico de Oz” e “Alice no País das Maravilhas”, e ele é
oficialmente descrito como a junção dos
dois: uma decisão de Dorothy e Alice para salvarem ambos os mundos dos
ataques do Reino dos Monstros.
Assim, vemos os três Campeões caídos serem encontrados pelo Espantalho no País
dos Munchkins, e eles decidem levá-los até Dorothy: afinal de contas, se eles vieram do mesmo lugar, talvez ela saiba o que
fazer com eles. Então, caminhamos pela Estrada de Tijolos Amarelos até uma
bifurcação que dá na Estrada de Tijolos Azuis, um atalho pela floresta da Rainha de Copas, onde eles são atormentados pelo
Gato Risonho.
Tudo é muito
simbólico, na verdade, porque o próprio Billy Batson chegou a uma encruzilhada em sua própria vida, e
finalmente entendemos o porquê de os poderes de Mary e de C.C. estarem
“falhando” daquela maneira… Billy pode compartilhar os poderes do Shazam com a
sua família, mas, com a aparição do seu pai
biológico, ele está dividido entre quem
é a sua família de verdade: os irmãos e irmãs com quem conheceu o
significado de família pela primeira vez, ou o pai biológico que ele sempre
quis conhecer? É um momento bastante emotivo, dramático e Billy Batson BRILHA
com lágrimas nos olhos se recusando a fazer essa escolha porque, para ele, todos são sua família. E, para provar o
que está dizendo, ele consegue
compartilhar o poder com todos.
Os Sete
Campeões.
E é hora de salvar os Reinos Mágicos.
Assim, eles
partem de volta para o Reino da Terra,
que está sendo invadido pelo cruel Rapaz Rei, diretamente do Reino da Diversão… ele está ali para
ser adorado pelas crianças, acabar com todos os adultos e esconder o fato de
que, quando as crianças completarem 18 anos, ele deixará de confiar nelas e as
aprisionará e as escravizará – tudo por causa do trauma que ele teve com os
próprios pais, que o abandonaram. Toda a sequência de ação que culmina na Família
Shazam tirando do Rapaz Rei o seu Cajado dos Desejos, é muito boa, e conta com
algo mais intimista quando C.C. tenta
conversar com ele, reconhecendo no Rapaz Rei um trauma que o próprio Billy
Batson teve ou poderia ter: afinal de
contas, ele também decepcionou o filho, e Billy não confiou em adultos até
pouco tempo atrás…
Talvez o
Rapaz Rei tivesse salvação?
De todo
modo, parece que a decisão do que vai acontecer com ele cabe apenas ao Mago, e
ele não quer falar sobre isso quando Billy vai perguntar a respeito da
“sentença”. E, assim, começamos a nos encaminhar para a grande conclusão de “Os Sete Reinos Mágicos”, quando alguns
eventos são colocados em movimento… o portal para o Reino dos Monstros, o antigo Reino
dos Deuses, é aberto, por exemplo, e algumas revelações a respeito da história daquele reino são feitas, e
elas casam perfeitamente com o que estamos vendo agora com a maneira como o
Mago é traiçoeiro e ataca Billy Batson para pegar seus poderes, depois de Billy
ter confiado nele e que ele era uma boa pessoa… bem, já tínhamos sido avisados de que havia um “impostor”, certo?
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