Upload: Realidade Virtual 1x04 – The Sex Suit
Uau!
QUE.
EPISÓDIO. ESPETACULAR. É curioso como às vezes as pessoas não percebem o quanto
se pode fazer com 25 minutos de episódio, e “Upload:
Realidade Virtual” entrega um episódio riquíssimo e cheio de informações e
sentimentos diversos que é, até o momento, o meu favorito na série! “The Sex Suit”, o quarto episódio da
série, conseguiu explorar diferentes facetas de “Upload”, introduzindo a trama dos “Dois Gigas”, por exemplo, que é
uma crítica ferrenha ao capitalismo e uma realidade já esperada dentro da
premissa da série e da sociedade na qual vivemos, e se divertindo com cenas
quentes que fizeram os personagens explodir
de tesão – também pudera, Nora descobriu que Nathan é um cara muito bacana, além de ser muito, muito lindo…
Quer dizer,
olha o corpo do Robbie Amell!
(Obrigado,
“Upload”, por nos entregar o Robbie
Amell sem camisa. Continue)
Não é nenhum
espanto, como eu venho falando desde a estreia da série, que a realidade de
“guardar a sua consciência em um ‘paraíso digital’” não é algo que qualquer pessoa poderia fazer… é uma
realidade reservada aos mais ricos (e àqueles que acabam “aprisionados” por uma
namorada possessiva e que seja muito rica), e que já foi brevemente explorada
pela maneira como Nora tenta convencer o pai a aceitar o upload, mas não tem, realmente, dinheiro para pagar por isso. Esse
episódio tem uma construção fascinante (narrativamente perfeita!), porque
começa com o Nathan jogando golfe com algum bilionário que literalmente não tem mais com o que gastar o dinheiro, e depois
isso é contrastado pela realidade que Nora apresenta para Nathan…
Os Dois Giga.
Os “Dois
Giga”, como Nora os chama, são pessoas que não podem pagar pelas “regalias” que
Nathan tem em Lakeview. Eles fizeram o upload, mas estão confinados a lugares
pequenos, sem decoração, sem vistas e com dados limitados mensalmente. Nathan
se depara com um homem a quem não deram
um pênis, por exemplo, ou com um garoto que está lendo “Harry Potter”, mas apenas as primeiras páginas, que são a “amostra
grátis”: são apenas códigos, como Nathan comenta, mas a empresa não vai
entregar livros completos a essas
pessoas, a não ser que elas paguem por eles… afinal de contas, esse é o
princípio do capitalismo, e essa diferença absurda e injusta de classes não
desapareceria em uma realidade na qual os ricos podem pagar por uma vida
digital após a morte.
Isso chama a
atenção de Nathan, e mexe com ele… e ele se pergunta se a sua “missão” ali não
é ajudar os Dois Giga, trazendo um pouco de comida do seu café-da-manhã
ilimitado, por exemplo, e isso também mexe com Nora, porque ela já está meio encantada por ele, mas ela
sente que ele realmente se importa e quer ajudar. O mais legal, para mim, é que
Nathan não é “uma pessoa em processo de regeneração” nem nada assim, porque o
pouco que sabemos em relação a seu passado e ao trabalho que realizava, quando
vivo, nos fala que ele já se importava com isso desde sempre… e estava
desenvolvendo um app gratuito que poderia ser um problema para empresas grandes como Lakeview.
“Coincidentemente”, Nathan morreu em circunstâncias suspeitas pouco depois e
teve memórias apagadas…
Ainda temos
muito a explorar na morte de Nathan!
Outra
abordagem interessante do episódio vem com a entrevista que Ingrid, a namorada
chata e rica de Nathan que o colocou em Lakeview, marca para eles sobre “o
namoro à distância definitivo”. Toda a cena é profundamente desconfortável,
especialmente porque, com a morte, Nathan percebeu o quanto ele e Ingrid não estão em sintonia… quer dizer, havia a
questão física, mas nada além disso,
e isso agora está mais evidente do que nunca. Gosto do tom de Nathan durante a
entrevista, sendo muito mais sincero através de suas “piadas” ou dizendo que,
agora, “Ingrid é literalmente a sua
dona”. Bem, é uma realidade que ele já percebeu e que ele não pode negar…
talvez percebendo um pouco esse “afastamento”, Ingrid decide testar um “traje
de sexo”.
Antes de
Ingrid surpreender Nathan com uma visita e um traje de sexo, Nathan tem uma
conversa bem sincera com Nora sobre isso, sobre como a única coisa que eles
tinham, quando vivos, era a questão física, e agora que eles passaram esse
tempo e ele percebeu tudo o que ele percebeu, ele não sabe se quer continuar tendo isso com Ingrid. E isso
se reflete no momento em que Ingrid e Nathan estão prestes a transar, mas Nathan não consegue uma ereção… Ingrid
acredita que isso deve ser um problema
técnico e chama ajuda, mas Nathan, no fundo, sabe que não é nada técnico –
que, na verdade, ele é que não está com vontade porque não se sente nada
atraído por Ingrid… e, além disso, talvez ele esteja realmente se apaixonando
por Nora, seu “Anjo”.
A cena da
Nora aparecendo para “ajudar” com o “problema técnico” é surpreendente,
estranhamente divertida e muito, muito sexy. Quando Ingrid “se desloga”
temporariamente para cuidar do seu gato que está destruindo a casa, Nora e
Nathan têm um momento íntimo sozinhos, no qual Nora aproveita para dizer que as
conexões estão todas funcionando, então “precisa testar sua sensibilidade” ou
qualquer coisa assim. A tensão sexual entre eles é palpável quando Nora toca
lentamente o ombro e o peito de Nathan (deu uma invejinha, confesso), mas o
clima é quebrado pelo retorno de Ingrid, que rapidamente percebe que o
“problema” foi “resolvido”. E Nora precisa retornar para o Nitely para poder
lidar, também, com o seu “problema”.
Não tem como
não torcer por Nora e Nathan, e essa é, para mim, uma das grandes vitórias de “Upload”. Houve alguma coisa naquele
momento em que Nora estava fazendo o avatar do Nathan e escolheu deixar o
cabelo um pouco desarrumado, mas eles foram construindo algo conforme conversavam, e isso foi gradualmente nos
conquistando. Amo como Nathan adora a companhia de Nora, a única conexão real que ele ainda tem com o
mundo vivo, e amo como Nora vai descobrindo
mais sobre Nathan a cada momento… toda a questão dos Dois Giga e a maneira como
Nathan se importou foi um catalisador
importante, que oficializou o que Nora vinha sentindo. A sequência toda do
Nathan sem camisa e a Nora “o ajudando”? Foi apenas um plus.
Amando essa
série!
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