Cúmplices de um Resgate – A morte de Rolando
“No te mueras, papito”
UMA DAS
SEQUÊNCIAS MAIS TRISTES DO INÍCIO DE “CÚMPLICES
DE UM RESGATE”. Sabemos, desde o início da novela, que Rolando, o pai de
Silvana, não está bem de saúde, e que é apenas uma questão de tempo até a sua
morte – até porque esse é um dos eventos mais importantes que coloca a trama
para caminhar… ainda assim, é doloroso demais acompanhar toda a sequência que
leva até a morte, ainda mais tendo em vista que, de certa maneira, foi um assassinato. Rolando começa a passar mal
pouco depois da audição de Silvana, quando eles deveriam estar felizes e
celebrando a vitória dela, e Mariana sente tudo à distância, ecoando a
preocupação e a dor da irmã, sabendo que algo muito grave está acontecendo, e
quando ela começa a ter febre aparentemente sem motivo, Rosa também fica muito
preocupada com ela… é uma cadeia de preocupações.
Acho particularmente
triste o fato de Rolando não querer
morrer, e não porque tenha medo da morte ou algo assim, mas porque ele sabe
que a filha precisa dele – ele sabe
que Regina despreza a Silvana, que a trata mal sempre que pode, e não sabe como
será quando ele não estiver mais ali… e Regina, na verdade, já está contando
com isso, tanto é que ela resolve demitir a Marina, dizendo que “ela mandou que
Marina encontrasse uma maneira de impedir Silvana de fazer a audição”, e quando
Marina se recusa a ir embora sem falar com o Sr. Rolando e Silvana tenta
interceder por sua babá, uma das poucas pessoas que verdadeiramente a amam no
mundo, Regina faz algum comentário sobre como “em breve será ela quem manda” ou
qualquer coisa assim. Felizmente, sabendo exatamente como a Regina é e sabendo
que pode morrer, Rolando toma providências…
E chama o advogado para mudar seu testamento.
Quando se
sente um pouco melhor, Mariana liga para Silvana para perguntar como ela está,
o que está acontecendo e para contar que “sente tudo o que ela sente”, o que
Silvana acha particularmente assustador e desliga o telefone. Em uma conversa
com a avó, a possibilidade de que elas sejam gêmeas é levantada pela primeira
vez, porque a família delas é cheia de gêmeas e tudo o mais… essa possibilidade
vai aos poucos ser levantada continuamente ainda nas primeiras semanas de “Cúmplices de um Resgate”, até porque a
morte de Rolando desencadeia toda essa discussão, com a Silvana descobrindo,
por exemplo, que ela não é filha dele e de Regina, como sempre acreditou. Dali
até a conclusão de que ela e a tal Mariana Cantú podem ser gêmeas (afinal de
contas, elas são mesmo idênticas) não
é um passo muito grande a se dar.
Antes de
morrer, Rolando chama Marina para conversar e diz a ela que ela não pode ir embora – que ela precisa
prometer que, aconteça o que acontecer, ela vai ficar ao lado de Silvana! Ele
pede que ela a ajude a realizar o seu sonho de ser cantora e dê todo seu apoio,
não deixando que Regina a desanime ou a impeça… ele sabe que Marina ama a
Silvana de verdade, e a maior prova disso é que Marina vai continuar ao lado de Silvana, mesmo com tudo o que Regina a faz
sofrer! E, na tentativa de se livrar de Rolando de uma vez por todas, Geraldo
incentiva Regina a terminar de matá-lo
(!), e quando Silvana aparece toda animada dizendo que seu tio Raúl disse que
Rolando está melhorando e vai ficar bem, Regina percebe que ela precisa ouvir o
irmão… e se Rolando não pode ser contrariado e não pode se estressar, ela sabe
muito bem como mexer com ele.
Então,
Regina entra no quarto de Rolando já dizendo que ele a contrariou de novo e
recontratou Marina, e rapidamente aquilo vira uma discussão, com Rolando a
acusando e nunca ter amado a Silvana,
e, ao invés de negar isso, Regina pergunta se “ele nunca se perguntou o motivo
disso”, e então diz que ela não é filha
deles, que alguém lhe deu o bebê poucas horas depois de ela nascer… o
choque toma conta de Rolando e de Silvana, que está entrando para ver o pai
naquele momento e ouve o que Regina diz, e ficamos apenas imaginando o quanto
deve ter sido difícil para a garota. Silvana é apenas uma criança ainda, e ela
está ali, possivelmente vendo o pai morrer, e ainda descobre que o pai que ela
sempre amou e que é uma das poucas pessoas que a amam não é seu pai biológico… agora, ela vai ter que lidar com essa
informação. Felizmente, ela tem o apoio de Marina!
A informação
também pesa demais sobre Rolando – ele passa mal, e Regina assiste satisfeita
enquanto ele fica sem ar e cai da cama de hospital, e se certifica de que ele parou de respirar antes de chamar
ajuda e fazer todo o seu teatrinho. A morte de Rolando é rápida, mas nem por
isso menos cruel e menos dolorosa… a cena de Raúl contando a Silvana e Silvana
chorando, dizendo que “não é verdade”, é uma sequência de partir o coração. Naturalmente, Mariana sente que algo está
acontecendo e tenta ligar para falar com Silvana, mas, dessa vez, Silvana não
atende… ela está muito mal e está chorando abraçada ao padrinho, porque é tudo
o que pode fazer. Mariana, então, atordoada, sai sozinha, caminhando pela rua,
chorando e chamando por seu “papito”, e tudo o que queríamos era que Mariana
pudesse estar com a Silvana naquele momento.
Silvana diz coisas dolorosas: “Mi papá se murió. Me quiero morir yo
también. Sólo él me quería y él se murió. ¿Por qué él? ¿Por qué?” A
cena da morte de Rolando e a reação de Silvana nas cenas seguintes são FORTES E
TRISTES. Geraldo, então, aproveita a oportunidade, sem qualquer tipo de remorso
ou de sentimento em relação à morte do cunhado, e liga para Vicente para contar
o que acabou de acontecer e para dizer que, frente a essa tragédia, ele e a
irmã decidiram que “é melhor que ela não faça mais parte do grupo musical”,
porque está muito traumatizada nesse momento e precisa se afastar… como se
fosse isso o que importasse nesse momento, porque, agora, Silvana está triste
demais até para pensar em grupo musical, essa é a verdade. Mas estar no grupo
pode lhe fazer bem, porque Silvana pode fazer amigos e aprender a receber
carinho.
Quem sabe?
As crianças tentam ser legais com ela!
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de Luz
Quando terminar com Cumplices, faz o mesmo com a novela Carrossel. Gostaria muito de ver sua abordagem desde o capítulo 1 e certos acontecimentos.
ResponderExcluirA qual versão de Carrossel você se refere? Em relação à versão brasileira, eu tenho apenas 2 textos (um geral e um sobre o último capítulo), e como é uma novela muito longa, eu não tenho planos de retornar a ela... em relação às versões mexicanas, pretendo em breve comentar "Vivas às Crianças!", que é o remake de 2002 do Carrossel original (estou começando a trabalhar nos textos já).
ExcluirSim, eu estou falando da de 2012, a que eu assisti. Não acho que seja uma novela muito longa, teve só 310 capítulos, foi a mais curta dos remakes que lançaram.
ExcluirÉ, essa infelizmente eu não pretendo voltar, vai ficar só naqueles dois textos mesmo, me desculpa. Assisto novela sem maratona, um capítulo por dia, e 310 capítulos são 15 meses (e a maioria das novelas que estou vendo atualmente têm entre 80 e 100 capítulos). Foi pelo tamanho exacerbado que eu deixei as novelas do SBT, eu queria ter continuado, mas as acho longas demais...
ExcluirTenho 5 textos desse Carrossel:
Excluir1. Geral, bem longo: https://www.paradatemporal.com/2016/09/carrossel-20122013.html
2. Último capítulo: https://www.paradatemporal.com/2016/09/carrossel-20122013-ultimo-capitulo-da.html
3. Projeto audivisual da Professora Helena: https://www.paradatemporal.com/2016/03/carrossel-o-projeto-audiovisual-da.html
4. Filme: https://www.paradatemporal.com/2016/06/carrossel-o-filme-2015.html
5. Segundo filme: https://www.paradatemporal.com/2016/07/carrossel-2-o-sumico-de-maria-joaquina.html