Cúmplices de um Resgate – O sequestro de Mariana
Quanto sofrimento!
UM DOS
MOMENTOS MAIS IMPORTANTES DA TRAMA DE “CÚMPLICES
DE UM RESGATE”: o sequestro de Mariana. Depois da morte de Rolando e do
testamento alterado que não deixava nada para a esposa, Regina e Geraldo
decidiram sequestrar Mariana e obrigá-la
a se passar por Silvana… os detalhes do plano a longo prazo são incertos,
mas eles pretendem fazer dinheiro com
Mariana suplantando Silvana na banda que a gravadora está montando, enquanto
pensam em uma maneira de alterar o testamento e se livrar disso tudo. Então,
eles planejam tudo… Geraldo coloca funcionários seus no vilarejo para seguir
Mariana e tirar fotos de sua casa, de sua escola, de seus amigos, enquanto
Regina encontra um lugar onde poderá manter a verdadeira Silvana trancada,
assim como as coisas de Rolando, “para enterrá-lo lá junto com Silvana”.
Enquanto
isso, o namoro de Alberto e Rosa, que estava apenas começando a prosperar, sofre horrores com as sabotagens de Nora…
percebendo “o interesse de Alberto pela costureira”, Nora compra um anel de
noivado e faz Rosa acreditar que foi um
presente de Alberto para ela. Mas, naturalmente, ela não para por aí: ela
também tenta se aproximar de Alberto fazendo drama, e quando Rosa finalmente
decide ir falar com Alberto, Nora a vê chegando e inventa que está passando mal
para que Rosa a veja aconchegada em
Alberto e entenda tudo errado. Furiosa e desiludida, Rosa devolve o anel que
ele tinha lhe dado de presente e vai embora, e quando ele tenta segui-la, ela
não quer falar com ele e Sebastián, satisfeitíssimo, o expulsa de lá… a próxima
tentativa de Alberto é uma serenata,
o que deixa a Rosa meio mexida, mas ela continua resistente…
Logo, Rosa
terá coisas mais importantes com que se preocupar – e, juntos ou não, Alberto
estará por perto disposto a fazer de tudo para ajudar na busca por Mariana!
Mariana e Sua Banda estão em uma feira próxima à cidade para uma apresentação,
e os homens que trabalham para o Geraldo estão apenas esperando o momento certo para pegá-la. Eles usam o
Manteiguinha para afastar Mariana de todo mundo e, então, a levam… Mariana só
desperta, assustada e com medo, quando já está na casa de Silvana e é trancada
no seu quarto. Em paralelo, vemos Silvana sendo trancada em um quartinho no
porão da casa, onde ela chora e bate na porta, mas ninguém a escuta… é uma
sequência desesperadora, e “Cúmplices de um Resgate” não ameniza nas
cenas por ser uma novela infantil (porque, também, era a maneira de se fazer
novelas infantis na época).
As primeiras
cenas de Mariana no quarto de Silvana são ASSUSTADORAS. Tem um quê alarmante de
violência na maneira como a tratam, e eles sabem exatamente como fazer “com que
ela colabore”: Geraldo mostra as fotos que foram tiradas de toda a sua família
e dos seus amigos no vilarejo, e eles dizem que eles é que vão pagar se ela não colaborar se passando por Silvana…
Geraldo é ameaçador quando fala com Mariana,
as cenas ficam até pesadas de se
assistir. Quando Marina chega, ainda sem saber de nada, ela percebe rapidamente
que alguma coisa aconteceu, e eu
adoro o fato de a Marina perceber, assim que olha para Mariana com um pouco
mais de atenção, que aquela não é a Silvana. Marina é facilmente uma das
melhores personagens de “Cúmplices de um
Resgate”, por causa de amor sincero e essa devoção pelas garotas!
Desesperada
no porão, enquanto isso, Silvana tenta fugir – e acaba se machucando ao tentar.
Ela coloca alguns livros precariamente sobre a mesa para tentar escalar até uma
janela pequena, mas acaba caindo, batendo a cabeça e se machucado… e essa é uma
cena que ficou marcada em minha mente
desde a infância (talvez não tanto quanto a de quando Martín apanha do padrasto
em “O Diário de Daniela”, mas ainda
assim). Mariana desperta, lá no quarto, sentindo a dor de Silvana e sabendo que
fizeram algo com ela, então ela
consegue fazer uma corda de lençóis e escapar pela janela, e embora ela ganhe
uma breve ajuda de Marina, ela acaba sendo pega de volta na manhã seguinte,
depois de passar a noite toda escondida
embaixo do carro, e é levada de volta para o quarto aos gritos. A TENSÃO
toma conta desses capítulos e de todas essas sequências.
O horror da
situação é muito bem transmitido… sentimos a dor daquelas garotas!
E se toda a
sequência com Mariana e Silvana na mansão é angustiante
de se assistir, porque são violentas, tensas e cruéis, também é extremamente
DOLOROSO acompanhar a Rosa descobrindo sobre o desaparecimento da filha… assim
que Mariana é levada, ela tem um mal pressentimento, e quando liga para casa
para falar com a Dona Pura, ela percebe, embora a mãe não lhe diga nada, que alguma coisa está errada, e resolve ir
para casa imediatamente. Quando Pura lhe conta sobre o desaparecimento de Mariana, podemos sentir a desespero e o pavor
tomarem conta de Rosa, e aquilo é tão sincero, tão intenso e tão doloroso…
desesperada, Clarita, a amiga de Rosa, liga para Alberto para contar o que
aconteceu, sabendo que, sendo rico, ele pode ajudar na busca por Mariana e,
nesse momento, eles precisam de toda e qualquer ajuda possível!
O sofrimento
se espalha depressa pelo vilarejo, e todas as cenas são emocionantes e tristes!
Helena está arrasada, Sebastián está se sentindo culpado porque ele é quem
estava responsável pelas crianças na apresentação, Ramón e as outras crianças
estão chorando continuamente, até o Manteiguinha está triste, porque ele sabe
que Mariana foi levada, mas não tem como avisar os humanos e, de todo modo, não
sabe para onde os caras a levaram… então, cartazes com a foto de Mariana são
espalhados por toda a cidade, enquanto Rosa alterna entre sofrer, chorar, rezar
e buscar. Como se Rosa já não estivesse sofrendo o suficiente, ela ainda tem
que lidar com acusações absurdas de Nora, que diz que “ela forjou o sequestro
da própria filha para se aproveitar de Alberto e tirar dinheiro dele”. Bem,
pelo menos Rosa dá um tapão na cara de Nora…
Foi satisfatório de se assistir.
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