Malhação 2004 – Vagabanda x Se Liga

Batalha das chapas.

Toda a trama do “acidente” no Estaleiro Municipal ainda vai dar o que falar. Depois de Fabrício ter sido empurrado (ou “ter caído”, como é a história que está sendo contada) e ter ficado em coma, um processo é aberto para investigar o que realmente aconteceu… e as reações são variadas. Gustavo está meio bravo e achando isso tudo “exagerado”, enquanto leva bronca do pai, mas embora ele realmente seja inocente no lance da queda de Fabrício, foi ele quem liderou a invasão do estaleiro, o que não joga a seu favor, e agora está lidando com as consequências de um gesto irresponsável seu… deveria ser uma grande oportunidade de aprendizagem, na verdade. Cadu, por sua vez, está tentando ficar tranquilo e acreditar que “tudo vai ficar bem”. Na verdade, no entanto, ele está apavorado.

Parte do problema que motivou a abertura do processo é que o pai de Fabrício está insistindo que o garoto foi obrigado a ir ao estaleiro, e Cadu sugere que eles digam a verdade e contem que ele foi atrás da Natasha, porque “isso resolveria tudo”. Surpreendentemente, Natasha até concorda e diz que “por ela tudo bem”, mas Catraca surta, acusa Cadu de estar tentando ferrar com ele, e inventa uma mentira para todos contarem, alegando que, se mudarem o seu depoimento agora, isso vai levantar ainda mais suspeitas… em parte, isso não é mentira, mas todos sabem que Catraca só está tentando se safar. Letícia, por sua vez, protege o irmão e acredita em sua inocência, mas está furiosa com Gustavo e o que a sua “brincadeira” está causando.

Depois de Letícia e Gustavo brigarem pela milésima vez por causa desse assunto, Letícia parece converter toda a raiva que está sentindo na briga pelo Grêmio Estudantil. Afinal de contas, ela não pode deixar que a Vagabanda ganhe essa eleição, e ela sabe que elas não têm chance de ganhar na Rosa-Shock: então, só existe uma coisa que ela e Flávia podem fazer, e é sair da chapa de Vivi e montar sua própria chapa, séria, para vencer. E, assim, nasce a “Se Liga”. As discussões de Letícia e Flávia são bem políticas e sérias, e elas levantam propostas realmente interessantes que envolvem atividades culturais e projetos sociais, além de um maior envolvimento da comunidade. Enquanto isso, o assessor de imprensa do pai do Gustavo está passando para ele “dicas de como vencer as eleições”.

Com dinheiro, tudo é mais fácil, né?

Essa é a realidade injusta na qual vivemos.

Letícia e Gustavo estão em uma disputa política, mas também é uma disputa bastante pessoal e cheia de faíscas… tanto que Murilo chega a comentar algo sobre como “isso ainda pode virar amor”, o que Letícia acha um absurdo e nega veementemente, mas nem mesmo a Flávia com toda a sua militância discorda de Murilo. Agora, no entanto, elas precisam centrar-se em vencer as eleições. Até porque Letícia e Flávia estão confiantes de que vão vencer graças às propostas que têm – talvez confiantes até demais. Infelizmente, não se pode confiar na sensatez do eleitorado, porque nem sempre é o melhor que ganha… e, tendo trabalhado como professor de escola particular durante anos da minha vida, eu preciso dizer algo triste: as chances da Vagabanda ganhar na realidade eram muito maiores.

Além disso, é claro, eles jogam baixo.

A Vagabanda está fazendo de tudo para ganhar a eleição na compra de votos… fazem uns shows aqui, distribuem CDs de graça ali, cupons para sorteio de um discman importado acolá. Uma injustiça patrocinada pelo dinheiro. Letícia, naturalmente, acha isso tudo um absurdo – e diz que isso é compra de votos e não vai ficar assim. Se ele quer guerra, então eles vão ter guerra. Para piorar a situação da Se Liga, a Vagabanda ainda ganha um reforço inesperado: Vivi, que percebe a força da Vagabanda e não quer perder as eleições, decide se juntar a eles, e pode ser verdade que Vivi é bastante fútil e não tem nenhuma proposta realmente importante, mas ela também tem dinheiro para investir na campanha, e as perspectivas ficam cada vez piores para a chapa da Letícia.

Então, Letícia resolve fazer o que seria mais correto numa situação dessas: depois de ter aceitado um CD da Vagabanda (em uma cena divertida porque ela fica toda dissimuladamente querida quando Gustavo vem entregar), ela também pega um cupom para o sorteio do discman… e então vai para a diretoria conversar com o Pasqualete e acusar a Vagabanda de ABUSO DO PODER ECONÔMICO. Ela tem uma boa acusação em mãos, que poderia até gerar uma desclassificação, na minha opinião, mas Pasqualete age de maneira mais contida e chama Gustavo na direção para conversar com ele, pedir explicações e, então, dizer que ele não pode transformar a eleição em um comércio e proibir a distribuição ou sorteio de qualquer coisa… se quiserem, eles podem discutir as plataformas, e é isso.

Então, quando Gustavo vai tirar satisfações com Letícia, ela tem uma proposta: UM DEBATE.

 

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