Perfect Propose – Episode 2

Três semanas.

Eu estou tão encantado que, em parte, eu custo acreditar que ainda é apenas o segundo episódio… me afeiçoei tão depressa a Kai e Hiro e torço tanto por eles! “Perfect Propose” é surpreendente, se assistimos apenas com a sinopse que foi originalmente divulgada, e acaba sendo uma experiência bonita, tocante e de aquecer o coração! O episódio já começa nos contando que faz três semanas que Kai está morando na casa de Hiro, e Hiro está uma nova pessoa graças à companhia. Kai é um antigo amigo de infância que ele não via há mais ou menos 10 anos, e a quem muita coisa parece ter acontecido, mas Kai nunca se esqueceu de uma “promessa” que eles tinham feito um ao outro antes de se separar: de que eles se casariam no futuro.

Para Hiro, apenas uma brincadeira… para Kai, um compromisso.

A dinâmica entre os dois têm funcionado à perfeição. Kai prepara o café-da-manhã e o jantar para Hiro, e até começa a preparar uma marmitinha para ele levar ao trabalho na hora do almoço, o que é um gesto delicado de cuidado e atenção, e Hiro se sente bem com isso. Até mesmo seus colegas de trabalho perceberam como ele está mudado: ele está melhor e mais feliz. Há um quê de hesitação nos sentimentos de Hiro, que se pergunta se ele deveria estar “incomodado” com a presença constante de Kai há 3 meses, mas ele mesmo responde à própria pergunta enquanto caminha para casa e pensa em Kai, e como ele gosta de sua companhia… como em nenhum momento ele a sente indesejada. Na verdade, Hiro gosta de voltar para a casa e saber que Kai está lá.

Uma das cenas mais bonitas desse terceiro episódio de “Perfect Propose”, para mim, vem justamente no momento em que Hiro chega em casa depois de todas as dúvidas que foram colocadas em sua mente por causa dos comentários dos seus colegas de trabalho… é uma tristeza que haja certa pressão no fato de ele estar morando com um amigo, mas é muito bonito que isso tudo se esvaia com tanta facilidade quando Hiro vê Kai pendurando um sino de ventos do lado de fora do apartamento e lhe dando as boas-vindas à casa, como ele faz toda noite. A cena me parece simples e grandiosa, ao mesmo tempo, porque mostra como Kai se sente em casa, e como aquele sino de ventos que ele comprou e acabou de pendurar é um toque pessoal que ele dá.

Ainda estou curioso para explorar mais de Kai… parte de mim se perguntou se a sua quase falta de expressão é um problema de atuação ou se é reflexo de uma felicidade sugada e transformada em quase indiferença por tudo o que ele viveu e vive – e eu acho que é o segundo caso. Kai não teve uma vida fácil, sendo afastado bruscamente de Hiro na infância, sendo abandonado pelo pai alguns anos depois e tendo que se virar sozinho, morando no mesmo restaurante em que trabalha, por exemplo… e, agora, quando ele vai visitar o senhor que lhe deu emprego e que ainda está no hospital, o filho pede, por algum motivo, que “ele não venha visitar mais”. Fiquei bastante triste em ver como isso afeta Kai e como ele tenta não mostrar isso.

Por isso é tão bonito ver o Hiro convidando o Kai para um festival naquela noite… Kai tem feito seu jantar há 3 semanas, e ele nunca foi a um festival para comer yakisoba e maçã do amor, e Hiro resolve levá-lo. Inicialmente, Kai tenta não mostrar tanta empolgação, o que eu acho que é uma característica sua, mas Hiro insiste no convite depois de ver as flores que Kai levou ao hospital, trouxe de volta e jogou no lixo da cozinha, e esse é o momento em que Kai se permite um pouquinho de satisfação e alegria, aceitando o convite… devo dizer que o Kai estava lindíssimo se preparando para o banho (!), e eu me diverti com o fato de o Hiro entrar no banheiro sem bater para fazer o convite, mas fechando a porta rapidinho quando Kai “o convida para se juntar a ele”.

Adoro essa faceta safada do Kai.

Infelizmente, as coisas não saem conforme o planejado… e é profundamente revoltante todas as cenas nas quais o chefe de Hiro aparece. Depois de Hiro chegar ao trabalho antes das 6h da manhã (!), para tentar adiantar o seu serviço e sair um pouco mais cedo para poder ir ao festival com Kai, ele é coagido a ficar mais e trabalhar extra, em um relatório que o supervisor lhe pede. O tipo de assédio e de abuso de poder que Hiro está sofrendo nesse emprego é angustiante de se assistir – até porque, infelizmente, sabemos o quanto é real! Então, saindo muito mais tarde do que planejara, Hiro corre para tentar cumprir a sua promessa a Kai e compartilhar com ele o festival, mas ele acaba chegando tarde demais: Kai já foi embora e o festival já terminou, não tem mais o que fazer…

Foi um final triste para um episódio lindo. (Ainda quero vê-los juntos em um festival!)

P.S.: Destaque para a fofura de Hiro imaginando ele e Kai comendo maçã do amor!

 

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