Vale o Piloto? – Avatar: The Last Airbender 1x01 – Aang

“I’m the Avatar. And this… is just the beginning”

QUE ESTREIA DELICIOSA! Desde que a Netflix acertou tanto na adaptação live-action de “One Piece”, no ano passado, eu passei a ficar muito mais animado para o que seria entregue aqui, com a adaptação de “Avatar: A Lenda de Aang” (como o desenho foi chamado no Brasil), e depois de assistir a esse primeiro episódio, eu estou realmente muito feliz! Lançado entre 2005 e 2008, com três temporadas, “Avatar: A Lenda de Aang” é uma animação fascinante que conquistou uma legião fiel de fãs e que segue, até hoje, aclamadíssima. Por isso mesmo, a responsabilidade de “Avatar: The Last Airbender” não é das mais fáceis, mas eu tenho certeza de que a adaptação acertou em muita coisa, porque foi bastante gostoso assistir a esses primeiros 60 minutos.

Em primeiro lugar, eu acho que a série está visualmente impecável! Toda a fotografia está lindíssima: os cenários, os figurinos, a paleta de cores… além disso, tudo se assemelha demais à imagem que já temos dos personagens graças à animação, e isso foi respeitado sem que parecesse caricaturado demais. Todas as sequências de ação do primeiro episódio também mostraram que os efeitos estão muito lindos, especialmente das dobras: a sequência inicial com o dobrador de terra sendo perseguido por dobradores de fogo e escapando é algo eletrizante que já mostrou que “Avatar: The Last Airbender” veio com a intenção de entregar um trabalho de qualidade! É muito bonito assistir a algo que tem uma qualidade técnica que nos leva para dentro da narrativa.

Além disso, acho que Gordon Cormier fez um belo trabalho como o pequeno Aang nesse episódio de estreia! Ainda teremos que ver, no decorrer da temporada, o alcance da atuação do garoto, mas ele tem algo que eu acho indispensável para um bom protagonista como o Aang: carisma. Foi muito bom acompanhá-lo desde as suas primeiríssimas cenas no Templo do Ar do Sul: a vida transbordando de seu sorriso enquanto ele dobra o ar quase despreocupadamente, sendo o mais jovem dobrador de ar a conseguir o status de mestre e suas tatuagens porque, na verdade, ele tem um poder extraordinário que ele ainda não sabe, mas que Gyatso está prestes a revelar para ele, porque ele precisa saber os riscos que está correndo com o avanço da Nação do Fogo…

Ele é o próximo Avatar.

A sociedade de “Avatar: The Last Airbender” é dividida em nações que controlam cada um dos quatro elementos – água, terra, fogo e ar –, e eles conseguiram viver em harmonia em algum momento, graças à mediação do Avatar, alguém capaz de dominar todos os quatro elementos… quando um Avatar morre, seu espírito renasce em outro, na nação subsequente: e o próximo Avatar será dos Nômades do Ar. Para impedir o advento do próximo Avatar, no entanto, a Nação do Fogo resolve atacar o Templo do Ar do Sul enquanto todos os dobradores de ar estão reunidos para o Festival do Grande Cometa. Sem um Avatar de mediação, a Nação do Fogo pretende expandir o seu reino de terror e destruição – o que eles não esperavam é que o Avatar não estava lá naquele dia.

A noite do ataque da Nação do Fogo coincide com a noite na qual Gyatso contara a Aang que ele era o próximo Avatar e, transtornado, Aang acabou saindo voando em Appa, seu bisão voador, sem avisar ninguém – enquanto os Nômades do Ar eram brutalmente destruídos, o poder do Avatar protegia Aang de uma tempestade e o congelava em uma esfera de gelo pelos próximos 100 anos… quando ele é encontrado por Katara e Sokka, membros da Nação da Água, tantos anos depois, Aang está prestes a descobrir um mundo muito diferente daquele que ele conhecia: o terror da Nação do Fogo se alastrou, dobradores do ar não existem mais, o Avatar os “abandonou” quando eles mais precisavam, e as nações de diferentes elementos não se misturam mais…

E é assim que começa, de verdade, “Avatar: The Last Airbender”.

E é uma introdução MAGNÍFICA!

O primeiro episódio é bastante rico e entrega bastante da história, a impulsionando depressa para a frente… além de conhecermos a Nação do Fogo, o Templo do Ar do Sul e a Nação da Água, já encontramos, também, o Príncipe Zuko, o herdeiro da Nação do Fogo que quer capturar o Avatar e provar seu valor para ser recebido de volta em casa – e isso o coloca em um embate direto com a tribo de Katara, que está atualmente sob a liderança de Sokka, em mais uma sequência de ação interessante dessa estreia… é bom como o episódio encontra maneiras de apresentar e desenvolver seus personagens, conseguindo deixar clara a força de Katara e o avanço de Sokka, que sai de querer entregar Aang para Zuko para protegê-lo em uma batalha um a um com o príncipe.

Para não colocar seus novos amigos da Nação da Água em perigo, no entanto, Aang resolve se entregar voluntariamente ao Príncipe Zuko – o que não quer dizer, é claro, que ele passe muito tempo preso. Como um dobrador de ar com habilidades impressionantes, ele consegue roubar as chaves para a sua cela, por exemplo, e escapar “voando” do seu cativeiro de pouquíssimo tempo… e quando o Príncipe Zuko e outros dobradores de fogo o atacam, ele recebe uma ajuda quase inesperada por ele: a de Katara e Sokka, que aparecem montados em Appa, o bisão voador de Aang. Aquele é um dos momentos mais gostosos do episódio, porque consolida essa amizade que está apenas nascendo, porque Katara e Sokka se arriscaram por Aang, e agora não podem voltar para casa…

Eles precisam deter a Nação do Fogo primeiro.

A sequência final do episódio traz um quê de emoção que é muito bem-vindo. Aang instrui Appa a levá-los até o Templo do Ar do Sul, o lugar que ele chamava de casa, e então ele se depara com a destruição que acometeu o lugar há 100 anos, durante um ataque da Nação do Fogo… e, por alguns momentos, o Avatar toma conta de seu corpo, quase causando ainda mais destruição, até que o Aang volte a ser apenas o Aang: um garotinho de 12 anos assustado e que perdeu tudo o que ele tinha… sua casa, seus amigos… a cena de Aang chorando e abraçando Katara é uma das mais fortes do episódio, mas é nessa amizade que ele vai encontrar forças para cumprir a sua missão, como Gyatso falava: dominar as demais dobras e reestabelecer o equilíbrio no mundo.

Começou a jornada!

 

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Comentários

  1. Cheguei a ver alguns episódios quando era criança e recentemente eu assisti o desenho completo. Achei a construção do universo espetacular e os personagens são complexos e carismáticos. Minha personagem favorita é justamente uma das principais vilãs da história, a Azula, então eu tô meio nervosa em ver como vão adaptar ela pro live-action (ainda não comecei a assistir, por causa da correria da faculdade e do estágio). Não me acho uma fã purista que não suporta que mudem nem os mínimos detalhes do material adaptado, mas espero que as características e motivações dos personagens sejam mantidas. De modo geral, a série parece incrível e assim que tiver um tempo livre eu vou conferir

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    1. Ah, aqui é a Alice! A correria é tão grande que até esqueci de me identificar.
      E espero que tenha segunda temporada, porque seria bem legal ver a Toph no live action.

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    2. Eu assisti também quando era criança, mas não cheguei a rever depois completo, algo que eu ainda quero fazer, então eu confesso que muita coisa eu não lembro bem e fui quase leigo ao live-action... existem mudanças, mas eu não acho que, nos dois primeiros episódios (que foi o que eu vi até agora), isso tenha sido um problema. O clima está bem gostoso, o visual é lindo, o Aang é muito fofinho! Acho que temos uma grande série aqui!

      Me conta o que você achou quando tiver tempo para assistir! :)

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