Wonka (2023)
“A world of your own, where you can
be free”
Um
espetáculo mágico, divertido e emocionante… um
mundo de pura imaginação. Inspirado no personagem de Willy Wonka, criado
por Roald Dahl em “A Fantástica Fábrica
de Chocolate”, livro de 1964, “Wonka”
é uma prequela da famosa história do chocolateiro que encantou o mundo em uma
série de adaptações – dentre elas a de 1971, que é a base para o personagem
como ele foi concebido visualmente no filme de 2023, onde é interpretado por
Timothée Chalamet. Enquanto assistia ao filme, com um persistente sorriso
encantado no rosto, só havia uma coisa na qual eu conseguia pensar: ESSE FILME
É MÁGICO! Visual e musicalmente deslumbrante, o filme é uma fantasia que
transborda coração e carisma, e tem a alma das histórias de Roald Dahl.
O filme
começa com a chegada do inventivo e único Willy Wonka ao lugar no qual ele
sonha em abrir uma loja de chocolates… e Timothée Chalamet assume a missão de
interpretar a juventude do personagem que pertencera a Gene Wilder na primeira
adaptação cinematográfica de “A
Fantástica Fábrica de Chocolate”, e eu acho que ele o faz muito bem. Com um
sorriso fácil e envolvente, o ator entrega a excentricidade e o carisma
necessários ao personagem, que é um chocolateiro, sim, mas também é um mágico e
um inventor – e suas ações tem toques de uma magia que eu associo à Mary
Poppins, outra personagem clássica por quem eu sou apaixonado. É uma DELÍCIA
acompanhar essa jornada do jovem Willy Wonka e o seu sonho de abrir sua própria
loja…
O jovem Willy
Wonka, talvez ainda menos sádico do
que a versão que já conhecemos quando mais velho, é sonhador e determinado, do
tipo que não se entrega fácil e não acredita em “impossível”, e isso é algo que
contagia as pessoas ao seu redor, e que ele distribui através de seu chocolate
e de seu carisma… fazer chocolates é o que, de certa maneira, o une à sua mãe,
e Willy Wonka é bom no que faz – tão bom que ele acaba chamando depressa a
atenção do chamado “Cartel do Chocolate”, um trio de chocolateiros que controla
a produção na cidade e que vai fazer de tudo para impedir Wonka de abrir a sua
própria loja… se possível, eles impedirão o jovem chocolateiro de continuar fazendo chocolate, aonde quer
que seja. Nem que precisem matá-lo.
Por isso,
então, Wonka tem que vencer alguns obstáculos no caminho… como uma dona de
pensão nem um pouco honesta, um clérigo corrupto, 500 monges chocólatras e todo
o Cartel do Chocolate. Felizmente, Willy Wonka também tem o apoio de
personagens muito incríveis, a começar por Noodle, uma garota que foi largada
na lavanderia quando ainda era bebê e que tenta avisar o Wonka sobre o contrato
que ele está prestes a assinar, mandando que ele “leia as letrinhas pequenas”,
mas ele acaba “preso” a um trabalho escravo na lavanderia, assim como os seus
futuros amigos: Abacus Crunch, um contador; Piper Benz, uma costureira; Larry
Chucklesworth, um ex-comediante; e Lottie Bell, uma telefonista. Uma galeria de personagens que poderia muito
bem ter saído da mente de Roald Dahl.
“Wonka” consegue representar a magia e a
inventividade de Willy Wonka de uma maneira sublime, e eu acho que essa é a
alma do filme, é a essência necessária para que ele funcione – e a música
combina muito com o tom fantástico, belo e colorido da história. Além de usar o
instrumental tanto de “Pure Imagination”
quanto da música dos Oompa Loompas do filme de 1971, “Wonka” consegue resgatar o espírito mágico de “A Fantástica Fábrica de Chocolate” em vários números musicais
envolventes: as músicas são bonitas, contagiantes e/ou emotivas, coreografias
lindas de se assistir… amei particularmente “A
World of Your Own”, que é a abertura da loja com a qual Wonka sempre
sonhou, e que me remete muito a “Pure
Imagination” no primeiro filme.
E se falamos
na história de Willy Wonka e da Fábrica de Chocolate, não há como não pensar
nos icônicos Oompa Loompas. Estamos, aqui, em uma época anterior aos Oompa Loompas como empregados e parceiros de Wonka na
fábrica de chocolate, mas Willy já é “perseguido” por um homenzinho laranja de
cabelo verde (!) que está roubando seus chocolates durante a noite, e que ele
eventualmente descobre que era o cuidador de uma árvore de cacau da qual o
Wonka colheu sem autorização em sua visita à Loompalândia, e os Oompa Loompas
têm o hábito de cobrar algumas vezes mais
pelas coisas que lhe são roubadas… um conhecimento que acaba sendo muito útil
eventualmente, quando Willy e Noodle estão em uma situação complicada na mão do Cartel do Chocolate.
Adoro toda a
construção do filme… de como vamos conhecendo as invenções mirabolantes de
Willy Wonka, como o chocolate que faz voar (!), que ainda o tornarão tão
famoso, e como o seu chocolate vai fazendo sucesso sendo vendido ilegalmente
pelas ruas da cidade, com a ajuda dos seus amigos da lavanderia e todo um esquema
inteligente de fuga, e de como o clímax envolve um elaborado assalto ao cofre
principal do Cartel do Chocolate, que fica no subsolo sob a igreja do clérigo
corrupto e os 500 monges chocólatras, e eles armam um plano excêntrico que tem
tudo a ver com o estilo de narrativa de Roald Dahl… e, no fim, mesmo com
imprevistos, Willy Wonka e os amigos conseguem derrubar o Cartel e Wonka ganha
a tão sonhada autorização para começar a
vender chocolate.
Gosto muito
de como “Wonka” tem um tom emocional
que é muito bem explorado durante todo o filme, e tem muito a ver com a relação
que Wonka tinha com a mãe: a mãe era uma cozinheira que fazia o melhor chocolate do mundo, embora ela nunca tenha tido a
oportunidade de contar para o filho o “segredo” da receita, e Wonka sonhava, na
infância, em ser mágico! Agora, Wonka sonha em abrir uma loja de chocolate em
uma galeria porque a mãe dissera que, quando ele compartilhasse seus chocolates
com o mundo, ela estaria ao seu lado
– e ainda que ela esteja morta, ele espera que seja verdade. Wonka ganha uma
cena emotiva lindíssima no final quando ele vê a mãe depois de ler o “segredo”,
deixado em um cupom dourado dentro de uma barra:
O segredo não é o chocolate, mas as pessoas
com quem você compartilha.
E ele tem pessoas com quem compartilhar.
“Wonka” é, com toda a certeza, uma das
minhas estreias favoritas de 2023. Estava ansiosíssimo por essa estreia desde o
seu anúncio, e eu nunca imaginei que eu fosse gostar TANTO quanto eu gostei
quando finalmente pude assistir ao filme. É uma experiência única, fantástica,
encantadora! Como fã de “A Fantástica
Fábrica de Chocolate” e fã de musicais, esse é um filme incrível que capta
a essência dos personagens e do estilo da história original para conceber uma
prequela da qual eu nunca sonhei precisar tanto! É mágico como tem que ser, é
envolvente, carismático, emocionante e visualmente lindíssimo. Um marco
admirável que me fez sorrir de orelha a orelha o tempo inteiro, e que termina
com uma nova versão emocionante de “Pure
Imagination”.
Uma cena na
qual presenciamos o nascimento da
Fantástica Fábrica de Chocolate.
Não poderia
ser mais perfeito. Amei!
Para reviews de outros FILMES, clique aqui.
Ah eu amei esse filme! As músicas são ótimas, o visual lindo e a história uma gracinha. Bom demais assistir comendo um chocolatinho. (Sabe que eu nunca fui muito fã do Timothée Chalamet, mas quando vi esse filme achei ele muito charmoso como Wonka)
ResponderExcluirEu não tenho nada contra o Thimothée, mas também nunca fui aquele entusiasta exagerado dele, mas ele não está uma graça como Wonka? Acho que eu nunca o vi tão leve, sabe? Ele me parece "carrancudo" na maior parte das vezes, e como Willy Wonka ele tava leve, sorridente, carismático, eu AMEI!
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