Alma Gêmea – Felipe diz verdades a Rafael!



“Por que essa roseira nunca mais floresceu desde que ela partiu? Por quê? Não deu mais nenhuma rosa sequer, mas continua viva. O que isso quer dizer?”

 

Rafael não queria ser um pai ruim para Felipe, mas ele deixou muito a desejar desde a morte de Luna… sem vontade de trabalhar, de criar novas variedades de rosas ou de viver de verdade, Rafael passou a maior parte dos últimos anos enfurnado dentro do ateliê onde Luna ensaiava ballet, deixando que a vida passasse do lado de fora daquelas portas, enquanto ele se mantinha preso ao passado, de alguma maneira, com a sensação de que Luna ainda estava viva e ainda podia “voltar para ele” algum dia… mesmo que ele saiba, no fundo, que isso não faz o menor sentido. E embora ame o pai, há uma parte de Felipe que sempre desejou que ele fosse um pai de verdade – e uma parte que também gostaria de ver o pai sair lá de dentro, viver e voltar a ser feliz.

Afinal de contas, VINTE ANOS se passaram!

Incentivado maldosamente por Cristina, Felipe resolve ir conversar com o pai depois de ouvi-lo tocando na vitrola a mesma música de sempre, que era a música favorita de Luna. E posso dizer? Felipe estava 100% correto em tudo o que ele disse nessa conversa! É muito forte, mas também muito verdadeira, a maneira como ele diz que o pai transformou aquela casa em um túmulo, e quando Rafael tenta se defender dizendo que “ele não entende que ele ainda ama a sua mãe”, Felipe diz que isso já não é mais amor, é uma obsessão… e quando Rafael diz que ele não pode criticá-lo, Felipe responde que critica sim, porque “ele nunca foi um pai de verdade para ele, perdido em sua saudade”.

Uau.

Felipe sabe o que está dizendo… fica claro que ele está colocando para fora coisas que ele guarda há muito, muito tempo. E Rafael não consegue reverter a situação a seu favor, como tenta, quando Felipe fala para ele voltar a viver, a trabalhar, faz anos que não cria nenhuma nova variedade de rosas, e Rafael manda que ele faça isso ele mesmo, porque a família deles sempre cultivou rosas, mas ele nunca se interessou por isso: “Pra eu ter me interessado, você tinha que ter estendido a mão para mim, me acompanhado nos primeiros passos, me fazer entender o amor que sente pelas flores. Sempre fui deixado de lado, eu e toda essa casa. […] Papai, será que você não entende que sua vida tem cheiro de mofo?”. Sério, eu não consigo não estar do lado do Felipe nessa discussão toda!

E essa briga de pai e filho era justamente o que Cristina queria… não que vá, de fato, dar o resultado que ela esperava, mas é o que ela queria: ela queria poder dizer a Rafael que “Felipe é rebelde” e que “ele precisa de uma figura de autoridade, de uma mãe”, só para poder sugerir que ela, como prima e governanta, não tem o poder que ela teria se, por exemplo, teria se ela e o Rafael fossem casados um com o outro… mas Rafael nem entende por completo o que ela está dizendo. Quando Cristina diz que “Felipe precisa de uma mãe e ele de uma companhia”, ele diz que tem companhia, porque tem ela, o que entrega a Cristina alguns segundos de pura satisfação e esperança, até que ele complete dizendo que ela é sua amiga – ele só o vê assim mesmo.

Como um bom filho e um bom rapaz, Felipe vai à cidade conversar com Eduardo, genuinamente preocupado com o pai e querendo que ele volte a ser feliz… e Eduardo concorda que algo precisa ser feito a respeito do luto eterno de Rafael. E, assim, surge uma espécie de força-tarefa em Roseiral, com Eduardo conversando com Vera, a irmã de Rafael, e Vera conversando com Olivia, que era a melhor amiga de Luna – e que já tem um plano: ela pretende trazer Rafael para a sua festa surpresa de aniversário de casamento (!), e então ela o apresentará para alguém… alguém que não seja a Cristina, como ela diz a Felipe, quando ele diz que sempre achou que o pai acabaria se casando com ela: “Com a Cristina? Essa lambisgoia? Magina! Seu pai merece coisa muito melhor!”

Cristina, por sua vez, precisa lidar com o retorno de Guto – seu aliado no roubo das joias da família e, é claro, o assassino de Luna. Guto passou algum tempo preso, enviou uma carta pedindo dinheiro para Cristina, e ela sabe, na verdade, que está nas mãos dele… ou ela o paga e o manipula, ou toda a verdade pode vir à tona. Cristina é forçada a se aliar novamente a Guto, e garante que não “adianta de nada” dois pobretões como eles se casarem, mas se ela conseguir se casar com Rafael, então ela pode também mudar a vida dele, comprando o seu silêncio… Guto até “aceita” a proposta, mas ele diz que vai ser nas suas condições, e então Cristina começa a perceber que talvez ela não esteja tão no controle da situação como ela gostaria de estar a essa altura.

 

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