Alma Gêmea – Serena chega a Roseiral
“Agora sei. Sei que cheguei onde coração pediu”
Rafael não
tem qualquer intenção de “seguir em frente” de Luna – ainda que a sua situação
seja preocupante. É muito forte, mas também é muito verdadeiro, quando Olivia
lhe diz que Luna era, sim, uma pessoa maravilhosa, mas ela se foi, e agora os
filhos deles cresceram e ele continua ali, “enfiado nos seus sentimentos”.
Felipe pede desculpas ao pai por levá-lo à desastrosa festa de aniversário de
casamento de Olivia e diz que a ideia foi dele, e Rafael tenta explicar para o
filho que “ele não está louco”, como
diz, porque “sente como se Luna fosse
voltar”. É uma cena tristíssima na qual Felipe ouve o pai em completo
silêncio e os olhos cheios de lágrimas, porque ele percebe que não importa o
que ele faça, as coisas não vão mudar… e ele se preocupa de verdade com o pai.
Mas Rafael
acredita que “a vida vai se renovar”.
Enquanto
Rafael diz isso tudo olhando para a lua e dizendo que a lua é o que faz com que
ele se sinta assim, Serena também “escuta um chamado da lua”, e sai para vê-la.
Em sua “viagem grande”, Serena está correndo perigo em uma fazenda onde um
homem tenta abusar dela – felizmente, Serena consegue escapar dele porque sabe
se defender e corre muito bem, mas a cena acaba se tornando uma grande e
perigosa perseguição, como se os homens estivessem caçando um animal, e ela
pula de um telhado a outro enquanto desvia de tiros. Felizmente, quando ela
recebe uma inesperada ajuda para escapar daquela fazenda e desmaia no meio do
caminho, ela é encontrada por um padre de bom coração que a resgata, a leva
para a igreja e cuida dela, ao lado de sua irmã.
Naturalmente,
Serena acorda um pouco assustada, mas
ela é acolhida e ajudada, inclusive com um pouco de dinheiro que o padre
consegue vendendo uns castiçais da família: é pouco dinheiro, mas deve ajudar
Serena a chegar a Sa’ Paulo, como ela quer… também não vai ter dinheiro o
suficiente para mais do que uma refeição por dia, mas Serena ganha uma cesta
com comidas para levar em sua viagem. E, então, Serena parte, pegando um trem pela primeira vez na vida, E ELA CHEGA A
SÃO PAULO, FINALMENTE! Inocente, curiosa e determinada, Serena pede ajuda para
tentar chegar ao endereço escrito pela Professora Cleyde na bíblia que deu para
ela, e é assim que ela acaba conhecendo o pequeno Terê, garoto que rouba a
trouxinha que ela carregava.
Serena corre
atrás de Terê porque precisa da trouxinha
onde está a bíblia da Professora Cleyde, e ela acaba defendendo o garoto de
dois meninos maiores do que ele que
parecem querer bater nele – o Terê é um pestinha provocando os meninos, é verdade,
mas a Serena foi maravilhosa jogando
coquinhos com uma precisão incrível e os ameaçando com um pedaço de galho… ela
coloca os meninos para correr, e ela e Terê acabam se tornando amigos: ninguém nunca tinha ajudado ele antes, e ele
só roubou a trouxinha dela porque estava com fome. Como ela o ajudou, Terê
decide que também vai ajudá-la, e a leva até o endereço indicado na bíblia, mas
descobre que a prima da Professora Cleyde já se mudou daquela casa há muitos anos, então Serena não recebe
a ajuda esperada…
Ainda assim,
ela consegue uma ajuda. Uma das novas moradoras da casa fala sobre como “ela
mandou um cartão com o novo endereço”, um cartão que ela guardou porque é muito
bonito… cheio de rosas. Aquele é o
momento em que Serena SABE: é para esse lugar mesmo que ela tem que ir! Terê
diz que não fica muito longe, e quando Serena pergunta como faz para chegar lá, o garoto anuncia que vai com ela, porque
ela é sua amiga… e é então que Serena começa a se unir ao restante da novela,
pegando uma carona na charrete do Crispim, por exemplo, que a leva até Roseiral
e até a loja onde as flores de Rafael são vendidas – enquanto isso, a roseira
de Luna que não dá nenhuma flor desde a sua morte dá um novo botão, e Rafael se pergunta “o que está por acontecer”.
A imensa
EMOÇÃO de Serena ao chegar a Roseiral e à loja e ver uma rosa de verdade pela primeira vez é palpável! Seus olhos se
enchem de lágrimas e ela se lembra do conselho do pajé, sobre como “ela saberia
que chegou ao seu destino ao encontrar a flor que via no lago”, e é uma das
cenas mais lindas dessas primeiras semanas de “Alma Gêmea” – Priscila Fantin ARREBENTANDO na atuação, assim como
o Walcyr Carrasco na escrita! Enquanto assistia a essa cena, tudo o que eu
conseguia pensar era: “Que novelão!”. Serena agradece a Crispim pela carona,
também pede uma flor para ele, e ele lhe dá de bom-grado, e então Serena e Terê
continuam seu caminho, rumo ao novo endereço da prima da Professora Cleyde, que
finalmente descobrimos quem é…
A Divina!
A chegada de
Serena à pensão da Dona Divina é MARAVILHOSA. Em um primeiro momento, Divina só
está ali do lado de fora para expulsá-la e dizer que “não tem mais lugar na
pensão”, mas quando ela descobre que Serena foi enviada pela prima Cleyde, ela
muda totalmente o seu tratamento e a coloca para dentro, toda querida e
prestativa, a acolhendo da melhor maneira possível… não se pode dizer o mesmo
de Ofélia, a mãe de Divina, que acha a garota uma selvagem, e preconceituosamente acredita que “ela pode ser uma
canibal”, só porque ela veio de uma aldeia indígena – embora Serena diga que
“nunca conheceu nenhum índio que comesse gente”. Felizmente, Divina não dá
muitos ouvidos à mãe, e resolve cuidar de Serena por causa de Cleyde.
E as cenas
são ótimas! É irônico que Divina seja tão querida e prestativa, e pegue roupas
de Dalila para emprestar para a Serena, quando a própria Dalila já foi um horror de pessoa com a Serena na loja
(quando ela não é?), a chamando de “mondronga”. Dei uma boa risada com o grito
de Serena ecoando pela casa quando ela percebe que a água do chuveiro sai
quente (e a Dona Ofélia jogando pra cima os novelos de lã!), e achei
absolutamente fofo o Hélio imediatamente se encantando por ela (o Erik Marmo
era tão fofinho, né?!) quando a vê,
sendo quem a ensina a usar um garfo (outra cena maravilhosa digna de Walcyr!) e
a usar a primeira pessoa do singular (“Eu”) ao invés da terceira (“Serena”). Os
olhinhos dele chegam a brilhar, e eu só queria protegê-lo de qualquer
sofrimento.
Agora,
Serena está muito perto do seu
destino.
O encontro
com Rafael está próximo.
Para mais
postagens de “Alma Gêmea”, clique
aqui.
Para outras novelas, visite “Teledramaturgia Brasileira” em nossa
página.
Falta pouco, falta pouco pra Bela, digo, pra Serena encontrar a rosa Luna e também a Fera, digo, Rafael 😂
ResponderExcluirCoisa interessante ver certas obras c/olhar de antigamente. Confesso que fico pensativa em relação à representação da Serena como indígena (Com direito à uma música que a chama de "Índia) e até brinco de imaginar como seria "Alma Gêmea" nos dias de hoje.
ResponderExcluirUm Rafael menos chato? Uma Serena interpretada por uma atriz indígena ou no mínimo nortista? Uma Cristina mais humana? Uma Serena que dá chances e até se relaciona c/Hélio ou José Aristides enquanto fica separada do Rafael?
Eu acho que algumas coisas seriam diferentes, outras se manteriam iguais... eu acho que a escalação da Serena seria mudada, quase que com certeza, e acho que talvez ela tivesse se relacionado com o Hélio em algum momento (seria tão fofo!). Quanto a uma Cristina mais humana, acho que não haha Até porque ela é uma vilã clássica, das que o Walcyr gosta. E o Rafael menos chato também acho difícil... tanto porque protagonista tem essa sina, quanto porque a novela se passa na década de 1950, então tem coisa que ficaria igual por isso. A não ser que fosse transposta para os dias de hoje... aí então teríamos várias mudanças hahaha
ExcluirAh, falando nisso... com "No Rancho Fundo" sendo uma espécie de continuação de "Mar do Sertão" e aquela história de que aparentemente encomendaram uma sequência para "Eta Mundo Bom", teria como fazer uma sequência de "Alma Gêmea" nos dias de hoje... o reencontro de Serena e Rafael na próxima vida (na verdade, eles aparecem crianças no último capítulo nos dias atuais, seria a fase adulta daquelas duas crianças)
Excluir