American Horror Story: Delicate 12x07 – Ave Hestia

“You’ll always be one of us. You were born into it”

Provavelmente, O MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA. E digo mais: “American Horror Story: Delicate” deveria ter voltado do hiatus com ESSE episódio! Era tudo o que precisávamos para ter um gás final para esse restinho de temporada depois de 6 meses de pausa… “Ave Hestia”, o sétimo episódio de “Delicate”, não traz nenhuma cena no presente, se concentrando em contar a história de Ivy e de suas filhas gêmeas, Adeline e Sonia (!), respondendo a algumas perguntas, ao mesmo tempo em que traz a proposta de horror e sobrenatural que marca tanto a franquia. Acho que eu gostei tanto do episódio principalmente por ele não ser mais do mesmo, porque já estávamos com a sensação de que estávamos andando em círculo e que todos os episódios eram “iguais”.

Esse aqui foi o episódio de novidade!

Começamos em 42 d.C., quando Ivy dá à luz a Adeline e Sonia de uma maneira sangrenta e bizarra – quase dois mil anos depois, lembramos de duas personagens com esses nomes, e isso, por si só, resolve um dos mistérios da temporada: Adeline era a esposa de Dex antes de Anna Alcott, que morreu; Sonia é a pessoa idêntica a ela que aparece misteriosamente, que agora sabemos ser sua irmã gêmea. O episódio ainda traz uma cena em 1243, na Irlanda, para mostrar a relação de Ivy com suas duas filhas em uma época completamente diferente da nossa, mas a maior parte da ação se concentra em 2013, durante o casamento de Adeline e Dex, depois de Adeline ter saído (ou tentado sair) daquela “organização” na qual nasceu, pouco tempo antes de sua morte…

Ivy é parte de um culto que adora o Satanás, e foi nessa realidade que Adeline nasceu – diferente da mãe e da irmã, no entanto, ela não quer fazer mal às pessoas, e é assim que ela sai desse culto, passa a adorar Héstia (a deusa a quem ela presta homenagem no novo restaurante que abre, por exemplo), e é perseguida por sua “gêmea do mal” e outras mulheres, que garantem para ela que não tem como ela sair disso… é quem ela é, é onde ela nasceu. Assim, ela recebe visitas em seu restaurante, é constantemente relembrada do seu passado, e chega a engravidar contra a própria vontade, o que é irônico, porque é justamente o que o Dex quer e o que Adeline jamais quis, como ela deixa bem claro para ele já no início do episódio, quando ele traz um cachorro para casa…

Eles não estão prontos para isso.

O episódio também traz um pouquinho de contexto para a história de Dex, que nos ajuda a entender algumas coisas… além de toda a história de Talia, sua amiga, estar comprando uma galeria para ele, para que ele possa se dedicar à arte de alguma maneira, mas sem continuar pintando, já que ele não tem talento para isso, ele também tem uma cena impactante na qual ele encontra o pai fazendo sexo com uma daquelas mulheres do culto, e dizendo que “foi assim que ele foi concebido” (por isso é a esposa dele, Adeline ou Anna, que vai gerar a criatura que está por nascer em “Delicate”?), enquanto a mãe está desacordada no que ela chama de “rituais satânicos” do pai… sabemos, agora, que ele chegou a ser testemunha de que o que a mãe dizia era verdade.

Mas ele tem sua memória apagada.

Por fim, toda a sequência final do episódio é um clímax bem bom para um episódio do qual, como eu disse, eu gostei bastante. Adeline acaba sendo capturada pelo culto do qual está tão decididamente tentando se livrar, e então ela descobre uma nova integrante: Talia. Essa revelação explica toda a riqueza conquistada rapidamente e de uma hora por outra por Talia, e entendemos qual é a sua missão agora: como Adeline não quer gerar o filho que o culto espera – que eles chamam de “produto mais puro” ou algo assim –, ela será responsável por juntar Dex com a sua próxima esposa, para que essa possa carregar o filho. Com o destino de Anna selado, Adeline é brutalmente assassinada em uma cena que parece gritar “American Horror Story” mesmo.

É um bom episódio!

 

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