Cúmplices de um Resgate – A festa para “Mariana”
“Yo no
quiero ser Mariana, no quiero. Yo soy Silvana”
Mariana está
de volta ao vilarejo… ou é o que todos acreditam. Não é difícil notar que
“Mariana” está agindo de uma forma “estranha”, completamente diferente do que
ela costumava agir antes de ser sequestrada, mas como ninguém no vilarejo sabe
que, na verdade, Mariana tem uma irmã gêmea é a sua irmã quem está em sua casa,
se passando por ela, eles pensam apenas que “ela está mudada”. Silvana sabe que
tem um papel a interpretar – mas ela
parece se esquecer disso constantemente. Então ela é grosseira, desleixada,
distante, até se lembrar de que precisa ser mais parecida com Mariana, para que
ninguém a descubra, e fica oscilando entre essas duas “personalidades”. E a
verdade é que Silvana não quer ser
parecida com Mariana, até porque age como se “odiasse” a irmã, mas mais porque fica triste por Mariana ter tido todo o
amor que ela nunca teve.
Quando volta
para a escola de Mariana, Silvana reconhece imediatamente o Omar – mas sabe que
vai precisar interpretar a Mariana melhor
do que nunca quando estiver com ele, para que ele não a reconheça… ao mesmo
tempo, no entanto, Silvana se deslumbra com muita facilidade pela riqueza de
Omar e seu desprezo pelas outras pessoas, e essa proximidade tóxica é perigosíssima para ela, já que Omar é o
tipo de pessoa que desperta o pior que há
nela… Silvana não consegue deixar de sorrir quando Omar se apresenta
contando que “o pai é o homem mais rico da região”, e se identifica com o Omar
sendo desnecessariamente mal-educado com o motorista… e, mesmo que não
reconheça Silvana, Omar está fascinado
por “Mariana”, porque acredita que finalmente “encontrou alguém do seu nível”
naquele vilarejo, então não vai largar do seu pé.
Silvana está
bastante infeliz – e reclama de tudo
o que vê pela frente. Enquanto isso, o pessoal do vilarejo está organizando uma festa surpresa para ela, com direito
a decoração, música, roupa nova e muito amor… aqui, temos uma das cenas mais revoltantes dessa fase de “Cúmplices de um Resgate”, quando
Silvana está reclamando de todas as roupas de Mariana e as jogando para o alto,
e então a Dona Pura vem toda carinhosa e empolgada, com um presente para ela: uma roupa nova que costurara especialmente
para ela. E Silvana é cruel ao
abrir o presente, dizendo que a roupa é espantosa e que não vai usá-la… quando
ela se lembra de que “deve agir como Mariana”, já é tarde demais, e embora ela
“mude” a sua atitude, a avó já foi magoada… e é triste ver a Dona Pura triste,
porque ela preparara aquele presente com tanto carinho.
Por isso,
ficamos apreensivos enquanto nos
preparamos para a festa surpresa de “Mariana”. Afinal de contas, sabemos que
Silvana pode estragar tudo a qualquer momento, sendo mal-educada. Felizmente,
embora não esteja nada satisfeita e/ou impressionada, Silvana fica se lembrando
o tempo todo de que precisa ser Mariana e, portanto, mostrar agradecimento
àquilo tudo… mesmo assim, em seu interior, Silvana está mais arrasada do que
nunca – e, consequentemente, também com
mais raiva do que nunca. Toda vez que alguém vem falar com ela sobre como
“estão felizes por ela estar de volta”, ela é lembrada de que a pessoa que eles
queriam que estivesse ali é Mariana, e não ela, e é para a Mariana todas
aquelas demonstrações de afeto… ela sente
que ninguém ali a ama de verdade. Ao mesmo tempo, no entanto, ela não dá
essa abertura.
E, bem…
ninguém sabe que ela não é a Mariana!
Ramón, que
está encantado com “Mariana” desde o seu retorno (algo despertou dentro dele,
algo que ele nunca tinha sentido por Mariana antes, e ele não entende, porque
não sabe que quem ele conheceu agora não é a Mariana de sempre), escreve uma
música para ela, que é uma declaração de amor, e eu fiquei morrendo de medo de ela reagir como reagira à roupa que Dona Pura
costurara para ela, mas, felizmente, Silvana é menos insensível dessa vez –
quando Ramón pergunta o que ela achou, ela diz que gostou da música.
Infelizmente, o momento é atrapalhado pela chegada de Omar, que chega com um
urso grande, um buquê de flores e perguntas desnecessárias e estúpidas sobre se
os amigos de Mariana lhe trouxeram algum presente. O mais triste é que, como
Omar desperta esse lado de Silvana, ela fica encantada com os seus presentes
bobos.
Como não
poderia faltar em uma festa para Mariana, o vilarejo também SE ENCHE DE MÚSICA
– e Silvana, mais cedo ou mais tarde, vai ser colocada na corda-bamba. A banda
começa a se apresentar sem ela, em sua homenagem, mas, eventualmente, ela é
chamada também para o palco… desesperada, ela faz de tudo para escapar, porque
sabe que não canta como a irmã e que pode ser desmascarada se tentar, mas não
há o que fazer. Então, uma vez no palco em frente a um microfone, Silvana
começa a tossir e fingir que não está com a voz boa e, mesmo assim, todos
insistem para ouvi-la cantar, e ela precisa tentar… e, por mais que seja um
desastre, Silvana até que consegue “se safar” com a desculpa de que sua voz não
está boa e tudo o mais – ainda assim, parece uma eternidade para ela até que ela consiga finalmente descer do palco e fugir de lá.
Silvana não
é o cúmulo da educação e da delicadeza, mas ela consegue passar pela festa sem
grandes estragos, na verdade… no fim, ela diz que está bastante cansada e que
quer ir para casa, mas agradece à festa que prepararam para ela, porque sabe
que é isso o que Mariana faria, e ela parece muito sincera quando vai conversar
com Ramón para dizer que gostou muito da música que ele escreveu para ela e
para agradecê-lo. Uma vez sozinha em casa, no entanto, Silvana chora – e é uma
mistura interessante de tristeza, inveja, frustração e raiva… ela não entende
por que todo mundo ama tanto a Mariana, nem por que a irmã tem que “cantar
melhor” do que ela, e então ela grita que não
a suporta. Enquanto isso, na cidade, Mariana sente que alguma coisa
aconteceu e que Silvana não está bem… infelizmente,
não há nada que ela possa fazer.
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