Cúmplices de um Resgate – Silvana salva Ramón

A devolução do Dourado.

Ramón é, provavelmente, a pessoa de quem Silvana mais gosta no vilarejo – ela sente uma raiva tremenda de Rosa, porque acredita que foi abandonada pela mãe quando era criança, e tem uma “boa” relação com Alberto e com Omar (credo), mas só porque eles são ricos e ela adora se sentir rica e poderosa novamente… Ramón, por outro lado, é a pessoa que desperta o melhor que Silvana tem, porque ela é realmente gentil com Ramón, faz de tudo para não magoá-lo, e sua relação com ele é honesta e sem interesses – é uma pena que essa seja uma história que será completamente descartada por “Cúmplices de um Resgate” em breve, quando a novela foi estendida e a atriz principal trocada… com os novos rumos tomados pela trama com a chegada de Daniela Luján, o romance tão bonito e tão importante de Silvana e Ramón não é levado adiante.

Infelizmente, Silvana está passando muito tempo com Omar… e Omar, como eu já comentei, é o tipo de pessoa que desperta o pior em Silvana. Supostamente “apaixonado” por Mariana, Omar está tentando comprá-la com flores, presentes e caronas em sua limusine, e Silvana está se deixando levar, agindo de maneira indiferente com os amigos – além de tratar a mãe da pior maneira possível e de ignorá-la e confrontá-la quando Rosa tenta chamar sua atenção para o tipo de pessoa que é o Omar ou para as atitudes questionáveis de “Mariana” recentemente. Quando Silvana sai da escola com Omar sem avisar, por exemplo, Rosa fica preocupada (também pudera, depois de a filha ter sido SEQUESTRADA e ela passar tanto tempo sem saber onde ela estava!), e as duas brigam feio quando Silvana finalmente volta para casa… e Silvana grita, sem reconhecer que errou.

Rosa não sabe lidar com a sua “nova” filha. Silvana age de uma maneira que Mariana nunca agiu, e Rosa não está preparada para lidar com as birras e as grosserias – e isso está se tornando cada vez mais frequente, porque Silvana quer puni-la de todo modo, e Rosa faz uma pressão um pouco esmagadora para que “ela volte a ser o que era”, o que é ainda mais difícil para Silvana, porque parece que a mãe está o tempo todo a lembrando de que “ela não é a Mariana”. Quando Silvana descobre que Rosa terminou com Alberto (!), ela se sente traída e grita, enlouquecida, chamando a mãe de egoísta e um monte de outras coisas… uma série de berros rebeldes e mal-educados que machucam a Rosa. Naquela noite, Silvana pede para dormir no quarto da avó, porque não quer dividir o mesmo espaço com Rosa – outra coisa que Mariana nunca disse na vida.

A proximidade com Omar, no entanto, é provavelmente o pior agravante. Omar é uma pessoa desprezível (a maneira como ele joga a bandeja que Florência traz e grita com ela é absurda, tanto que a própria Silvana assiste em silêncio, talvez em choque), e a implicância que ele tem com Ramón é descabida… é mais do que uma implicância, na verdade, porque a maneira como ele age com Ramón é MALDOSA e CRIMINOSA. Quando Ramón e Mariana vão até o rancho para devolver o Dourado (cavalo que o pai de Omar tinha mandado matar por ter derrubado o filho!) e Omar os convida para andar a cavalo, Ramón quer ir embora, porque eles não têm autorização para ficar muito tempo, mas se recusa a ir embora sem a “Mariana”, e os dois acabam ficando e andando a cavalo… então, Omar faz algo que passa de qualquer limite, e se diverte com uma risada perversa.

Omar espeta o cavalo de Ramón para provocá-lo, e então o cavalo sai correndo desenfreado, para o desespero de Ramón e de Silvana… aquela risada do Omar, como se a situação, perigosa, fosse “a coisa mais divertida do mundo” é uma das cenas mais angustiantes de se assistir, porque sua crueldade e sua perversidade mostram a sua personalidade distorcida: o Omar é um pequeno psicopata, isso sim! Enquanto ele ri descontroladamente, Silvana se mostra verdadeiramente desesperada e manda Omar fazer alguma coisa, dizendo que o Ramón vai cair, e o Omar responde algo como “Pois que caia!”. Então, Silvana percebe que, se quiser salvar o Ramón, ela mesma vai ter que fazer isso… e ela se arrisca, montada no Dourado, para salvar o seu “Ramónzito”, como ela o chama, mesmo que, normalmente, ela seja contra o uso do diminutivo.

É um alívio o fato de Silvana CONSEGUIR SALVAR A VIDA DE RAMÓN antes que ele caia do cavalo, seja pisoteado ou qualquer coisa assim… e existem lágrimas e emoção reais nos olhos de Silvana quando o salva, e ela percebe que Omar fez tudo premeditadamente, o que a deixa se sentindo bem mal – “Eu não pensei que o Omar fosse tão mal! Se meter com o Ramón, que não fez nada pra ele!”. O que Silvana sente por Ramón é real, então Omar se meteu com a pessoa errada se está querendo impressioná-la… quando o Omar chega, todo dissimulado perguntando “o que aconteceu”, como se estivesse preocupado (o que não faz o menor sentido, porque ele estava rindo descaradamente e da forma mais maldosa possível há poucos minutos), Silvana só diz que eles estão indo embora, e deixa muito claro, em sua expressão e em sua postura, que não gostou de sua atitude.

E Omar se sente no direito de ficar bravo ainda!

Que menino insuportável!

 

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