Malhação 2004 – Julgamento
Mudança de depoimento.
Essa
história do estaleiro municipal ainda
está longe de terminar – especialmente porque ainda tem muita coisa que não foi dita, como o fato de que
Fabrício, Cadu e Gustavo não eram os
únicos que estavam lá naquela noite. Quando o GRANDE DIA DO JULGAMENTO chega,
as emoções são diversas: Gustavo está confiante e quase tranquilo, porque o pai
o convencera de que tudo ficaria bem; Catraca está aliviado porque vai
finalmente se livrar disso tudo; Natasha está feliz porque nunca mais “vai ter
que paparicar aquele mala do Fabrício”; Cadu quer se convencer de que tudo vai
acabar bem, como o Gustavo diz, mas ele está um pouco menos seguro do que o amigo, na verdade; e sabemos, no fundo, que o
Fabrício vai surpreender na hora de
depor.
Mas não pelo
motivo correto.
Durante o
depoimento, o advogado de Fabrício diz que ele quer fazer um novo depoimento, e
embora houvesse muita coisa que ele precisasse dizer (já passou da hora de
contar que Catraca e Natasha também
estavam lá), só existe uma coisa que ele diz: que, na noite do acidente, ele não tropeçou… ele foi empurrado.
Naturalmente, isso complica muito o caso, e os únicos suspeitos são Gustavo e
Cadu – afinal de contas, oficialmente eles eram os únicos que estavam lá! Isso
se torna um grande bafafá nervoso no tribunal, e o juiz pergunta a Fabrício quem o empurrou, porque isso resolveria
tudo, mas tudo o que o garoto diz é que “não se lembra quem foi, apenas lembra
que foi empurrado”. Isso gera uma TENSÃO sem tamanho, e o juiz parte para os
interrogatórios.
Gustavo se
sai bem, e é tratado com educação pelo juiz – o que não é nenhuma surpresa.
Cadu, por outro lado, está muito mais
nervoso que o Gustavo, acaba caindo no que eles chamam de “contradições”,
mas tudo em parte motivado por um juiz maldoso que é grosseiro com ele e chega
a gritar e perder o controle durante as perguntas (!), o tratando como um
marginal. Todas as supostas contradições
de Cadu tem a ver com o nervosismo por causa da pressão e, é claro, com o fato
de que ele está mesmo mentindo… não sobre ter empurrado ou não o Fabrício,
porque ele não o empurrou, mas sobre quem estava lá. Quando o juiz lhe pergunta
se ele participou da tal “brincadeira de empurra-empurra”, ele diz que sim, que
“todo mundo que estava lá participou”.
Suspeito,
mas ele logo garante que só estavam os três lá mesmo.
Eu queria
MUITÍSSIMO que o Cadu tivesse dito a verdade. O Juiz até fica encucado com a
história de “todo mundo que estava lá participou”, como se isso implicasse que havia mais gente lá, e quando o juiz
pergunta diretamente a Cadu sobre isso, Cadu olha para Letícia e ela está
pedindo que ele diga a verdade, mas ele continua mentindo – o que é injustificável. Cadu está
exaltado, o juiz também, as coisas saem de controle, e sabemos que Cadu vai ser
o único a se ferrar nessa história toda, acusado de ter sido quem empurrou o
Fabrício, mas também sabemos a parcela de culpa que o Cadu tem nisso, tanto por
ter se enfiado nesse “programa”, lá na noite do luau, quanto por estar, desde
então, encobertando mais pessoas que também foram ao estaleiro municipal.
Quando o
julgamento é suspenso por 30 minutos, a família de Cadu está nervosa e passando
mal, Beatriz e Letícia tentam cuidar de Lúcia, enquanto Catraca segue Fabrício
até o banheiro para dar uma prensa nele e segurá-lo contra a parede,
perguntando por que ele mudou o seu
depoimento… para piorar a situação, as testemunhas parecem agravar ainda
mais a situação de Cadu, porque descrevem Gustavo como preocupado com o
Fabrício e sendo quem prestou ajuda, enquanto Cadu é descrito como alguém que
só estava nervoso com a possibilidade de ir para a delegacia, e não se importou
com Fabrício… o que não é inteiramente verdade, mas é fácil contar essa
narrativa, e isso é o suficiente para que Cadu sofra com a sentença que está
por vir.
Difícil.
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