Memory in the Letter – Episode 1
“Songjam…
you exist, don’t you?”
Nossa, mas
eu gostei tanto, tanto, tanto dessa estreia! Muito mais do que eu jamais
poderia ter imaginado! Divertida, leve (mas com potencial para explorar um tema
bem bacana na relação de Aksorn com o pai) e com uma temática que sempre me
agrada muito, o primeiro episódio de “Memory
in the Letter” é uma deliciosa surpresa, e mesmo que eu nem saiba como a história será
desenvolvida nos próximos episódios, parte de mim já começa a lamentar o fato
de que teremos apenas 6 episódios,
porque a série parece ter muitas ideias interessantes que merecem ser
exploradas. Foi uma aventura deliciosa, e agora mal posso esperar para ver mais
de Aksorn e Songjam, bem como para entender como será a dinâmica com a terceira
peça da história: Khiao.
Aksorn é o
protagonista cujo ponto de vista é explorado nesse primeiro episódio: o vemos
sair de casa depois de uma discussão fortíssima com o pai porque o pai não aceita a faculdade que ele escolheu
fazer, de literatura, e então ele se muda para um dos dormitórios da
faculdade, em um andar alto e sem elevador (!), no qual o antigo morador deixou um espelho – que até poderia ser
retirado, como ele foi informado, mas eu duvido que, a essa altura, ele queira
se desfazer desse espelho… isso porque, depois de um evento meteorológico que
ele experiencia de uma maneira bastante
distinta, o outro lado do espelho deixa de ser um mero reflexo seu e do seu
dormitório, mas se transforma em um novo
mundo – uma espécie de universo paralelo, habitado por Songjam.
Há um quê de
“609 Bedtime Story” na premissa da
série, e eu sou alguém que sempre gostou
da temática de universos paralelos, mesmo antes da popularização (e
consequente saturação) do tema “multiverso”. A primeira reação tanto de Aksorn
quanto de Songjam é bem propícia para a estranheza daquele evento: eles gritam, assustados, e Aksorn desmaia…
e depois se pergunta se tudo não passou de um sonho. Mas não, porque o outro
quarto que não é idêntico ao seu
continua do outro lado do “espelho”, e o morador misterioso daquele quarto
continua por ali – e explorar essa dinâmica entre os dois mundos, com seus
pontos de divergência e congruência, é algo que eu quero muito ver em “Memory
in the Letter”, e algo que não foi ignorado nesse episódio…
Se Aksorn
vive no nosso mundo como o conhecemos, no ano da Era Budista de 2565 (que
equivale a 2021, no calendário cristão), Songjam vive na “Era de Deus”, no ano
de 165 – e eu gosto muito de quando a noção de universos paralelos mostra diferenças gritantes como essa, com um
calendário cujos anos ainda estão nas casas de centenas. A tecnologia do lado
de lá do espelho equivale a uma mistura dos anos 1960 a 1980 nosso, acredito, a
julgar pela televisão, pelo rádio, pela vitrola e pelos fones de ouvido de
Songjam… também vemos que a moeda que se utiliza no mundo de Songjam são moedas de ouro, e não dinheiro em papel,
como no nosso mundo. Me pergunto se teremos a chance de conhecer mais daquele mundo: eu adoraria sair do quarto de Songjam
e explorar!
Por ora, no
entanto, Songjam fica restrito a ser “alguém dentro do espelho de Aksorn” –
assim como, do outro lado, Aksorn é para Songjam “apenas alguém dentro do seu
espelho”, e ele tem uma vida normal, com faculdade, exames… gosto de como o
episódio é rápido e, ainda assim, não parece forçado ao desenvolver uma espécie
de amizade entre Songjam e Aksorn,
que passam a se dar muito bem, e compartilham momentos muito bacanas enquanto
conversam um com o outro, e até se provocam, naquela cena em que Aksorn chega
com comida e Songjam coloca uma música para eles ouvirem, por exemplo… ou a
maravilhosa cena do Songjam saindo do banho apenas
com uma toalha, e o Aksorn dando uma
conferida que não é não tenta ser discreta.
MARAVILHOSOS!
A relação
dos dois vai, inclusive, ganhando mais importância conforme o episódio avança,
e em um dos momentos mais bonitos da estreia, Aksorn chega de volta ao
dormitório bem chateado com o último encontro que teve com o pai (fortíssimo),
e Songjam está ali para ouvi-lo, se ele quiser conversar, e garante que “sempre
estará ali”, mesmo que seja um garoto no espelho que vive em outro universo…
Aksorn chega a se perguntar se ele existe
de verdade, mas ele já está bastante envolvido, e quando Aksorn ajuda
Songjam a escolher qual é o próximo disco
que eles vão ouvir, eles “dançam juntos”. Lindíssima a cena dos dois
dançando com o espelho e, na mente deles, como eles estariam dançando sem o espelho, realmente um com o outro
– com direito a um primeiro “beijo”.
Mas a
dinâmica futura promete, e eu não sei como ela será trabalhada! Aksorn fica muito curioso com a ideia do “garoto
vivendo no seu espelho” e começa a investigar, chegando até física quântica e a
teoria de universos paralelos… e, no meio disso tudo, ele conhece Khiao, alguém
que o conhece da livraria, que está bastante
disposto a ajudá-lo com algumas teorias (a explicação dele é bem
interessante), e que parece já ter
gostado de Aksorn desde antes dessa primeira conversa de verdade entre
eles. Se Aksorn ficar eventualmente dividido entre Khiao e Songjam, como
Songjam pode competir com alguém que vive
no mesmo mundo que Aksorn e, consequentemente, poderia ter com ele uma relação completa que talvez nunca seja
possível entre Aksorn e Songjam?
Proposta
interessantíssima. Estreia promissora…
Estou
empolgado!
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Confesso que antes eu estava virando a cara para esse BL, mas agora depois de seu texto bateu a curiosidade. Vou esperar o próximo para ver se sua opinião continua positiva e a depender decido se dou uma chance. :)
ResponderExcluirPretendo ver o segundo amanhã, e espero que minha opinião siga positiva, sim, porque eu achei uma delícia esse primeiro episódio haha :)
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