Power Rangers RPM
“RPM! Get in gear!”
COM TODA A
CERTEZA, UMA DAS MELHORES TEMPORADAS DA FRANQUIA! Eu gosto muito da “liberdade”
que é dada a “Power Rangers” toda vez
que a série está à beira de um cancelamento. Na primeira vez que isso
aconteceu, em 1998, ganhamos uma das temporadas mais icônicas da franquia e,
até hoje, uma das minhas favoritas: “Power
Rangers in Space”, que encerrou a chamada Era Zordon de uma forma épica. Em
2002, novamente a franquia quase teve
que enfrentar o cancelamento em “Power
Rangers Wild Force”, que contou com um dos Season Finales mais marcantes da série, mas a produção
passou para a Disney e a série seguiu… e, com “Power Rangers RPM”, chegamos a outro marco dos Power Rangers, já
que a temporada encerra a Era Disney.
E eu diria
que “Power Rangers RPM” é diferente
de tudo o que tínhamos visto na franquia até então! Se passando em um mundo
pós-apocalíptico no qual a humanidade foi destruída
por máquinas criadas por um vírus de computador, a temporada sofre influências
de produções como “O Exterminador do
Futuro” e, é claro, “Mad Max”. A
própria paleta de cores e o filtro sépia usado do lado de fora da Cidade de
Corinth me faz pensar muito em “Mad Max” o tempo todo, e isso é algo
que eu adoro, porque esse é um tipo de produção do qual eu também gosto
bastante. Em “Power Rangers”, o tema
é trazido com inesperada seriedade: a série não perde o seu bom-humor e sua
leveza, e ainda é claramente “Power
Rangers”, mas também percebemos que o roteiro é, sim, levado mais a sério.
Assim, “Power Rangers RPM” apresenta uma
MATURIDADE que raras vezes vimos em “Power
Rangers”. Além disso, a própria série se
diverte brincando com elementos que são característicos da franquia desde sempre, como a Dra. K, responsável
pela criação do “Projeto Ranger” (e também do Vírus Venjix, mas isso não vem ao
caso agora), profundamente revoltada
toda vez que alguém assume que o uniforme dos Power Rangers é feito de spandex… esse tipo de brincadeira rende
piadas divertidíssimas que quase quebram a quarta parede, como quando os
Rangers começam a questionar outras coisas, como a explosão atrás deles quando
eles morfam, o motivo de eles precisarem gritar “RPM! Get in gear!” para morfar e o porquê dos zords terem olhos…
Também AMO
os personagens de “Power Rangers RPM”
– tudo bem, com exceção de Gem e Gemma… os Rangers extras são, para mim, o
único defeito de uma temporada que, de outra maneira, seria perfeita. Eu
entendo o conceito de Gem e Gemma serem, de certa maneira, a antítese da Dra.
K, sendo que os três viveram vidas muito semelhantes, mas eu realmente não consigo gostar deles. Eles me
parecem muito superficiais em sua fissura eterna por “explodir coisas”, e nem é
o principal motivo de eu não gostar de Gem e Gemma: eu realmente acho cansativa a maneira como eles são incapazes de
terminar as próprias frases… às vezes são frases de duas palavras (!) que
eles dividem entre eles, e isso não faz o menor sentido – e acaba sendo
cansativo.
Os demais
personagens, no entanto, são incríveis… curiosamente, essa é uma daquelas
temporadas que começam com um trio de Power Rangers, mas, diferente do que
vimos nas outras vezes em que isso aconteceu (“Power Rangers Ninja Storm” e “Power
Rangers Dino Thunder”, por exemplo), os três primeiros Rangers não desempenham o papel de protagonistas.
É até curioso como parecemos distantes,
nos primeiros episódios, de Scott (o Ranger Vermelho), Summer (a Ranger
Amarela) e Flynn (o Ranger Azul). Embora depois da passagem de tempo do
primeiro episódio o trio já ser uma
equipe estabelecida de Power Rangers, parece que sempre os estamos
assistindo de fora, até que Dillon
chegue à cidade e à equipe e nos aproxime dos personagens.
Dillon é,
portanto, O PROTAGONISTA DA TEMPORADA. “Power
Rangers RPM” foi escrita com o Ranger Preto como seu protagonista, e isso é
inegável. Dillon não é o típico
personagem carismático, mas de maneira proposital, tanto que ele é equilibrado
com Ziggy, o Ranger Verde que é a sua “dupla”. Ainda assim, é fascinante
acompanhar o Dillon e é através dele que entramos de verdade na Cidade de
Corinth, que conhecemos os demais Power Rangers e todo o fio condutor da
temporada é escrito “ao redor” de Dillon: sua junção à equipe, o mistério em
relação ao seu passado, o fato de ele ser um híbrido infectado pelo Vírus
Venjix, a eventual busca pela irmã… é a evolução de Dillon como personagem que
conduz “RPM”, e é com ele que abrimos
e encerramos a história.
“Power Rangers RPM” é a última temporada
da Era Disney e a última temporada a contar com 32 episódios, que foram
exibidos entre 07 de março (com a première “The
Road to Corinth”) e 26 de dezembro de 2009 (com as duas partes do Season
Finale “Danger and Destiny”),
reutilizando cenas de “Engine Sentai
Go-Onger”. Com um tom mais sombrio, sério e maduro, quase inesperado na
franquia, “Power Rangers RPM”
conquistou os fãs tanto por sua inovação quanto por sua competência ao trazer
esse universo de “Power Rangers” para
uma realidade pós-apocalíptica, na qual os últimos sobreviventes da humanidade
precisavam ser protegidos e/ou salvos da ameaça constante de um vírus de
computador que destruíra o mundo todo há alguns anos.
Um
verdadeiro marco da franquia!
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