Upload: Realidade Virtual 3x02 – Strawberry

Fazenda Bennett.

Eu não vou dizer que foi um episódio ruim, até porque eu AMO o Luke e a Aleesha, mas, de um modo geral, foi um episódio que me deixou extremamente confuso em relação à sua intenção. Quer dizer, por que Nathan e Nora ficaram lá na Fazenda Bennett por tanto tempo? Para mim, não pareceu fazer nenhum sentido… Nathan e Nora chegam à Fazenda Bennett para devolver à família o drive com Elijah, o filho deles, e acabam ficando para jantar, para dormir, para trabalhar no dia seguinte, sendo que eles estão correndo contra o tempo para tentar derrubar os bilionários e tudo o mais – e, assim, o Nathan pode “explodir” a qualquer momento. Era realmente necessário passar tanto tempo ali, ainda mais em uma trama que não traz nenhuma consequência grande?

Só vou entender esse tempo todo se Logan Bennett ainda for importante.

Afinal de contas, Nathan e Nora chegam a uma família que detesta ludistas, porque essa foi a narrativa vendida para a população e eles acreditaram, e Logan Bennett começa o episódio pesquisando a respeito de ludistas mesmo antes da chegada de Nathan e Nora e, antes de dormir, ele pergunta a Nathan se “os ludistas não são mesmo tão ruins assim”, então talvez o personagem venha a ser importante? Ou isso foi tudo para mostrar um pouquinho de como as pessoas com poder, como David Choak e os demais bilionários que trabalham com ele, conseguem manipular o pensamento da população e vender a narrativa que quiserem, ainda que eles sejam os vilões vendendo uma promessa de paraíso digital que não se cumpre e que é tudo jogo político.

“Strawberry” também aproveita o tempo de Nathan e Nora na Fazenda Bennet para mostrar as estranhezas e os absurdos desse mundo moderno, e tentar desenvolver um pouco da relação dos dois, que ainda estão tentando entender como vai funcionar agora que eles estão finalmente juntos, e não mais em um “relacionamento à distância”, como eles dizem – mas tem o fato de eles estarem em um relacionamento com prazo de validade, e isso é um problema. De todo modo, o episódio não me agrada por eu não conseguir entender por que eles não se levantaram e foram embora em todas as oportunidades que podiam, e ficaram lá durante a noite e o dia seguinte inteiro. Também fiquei esperando que algo fosse dar errado, já que os Bennett detestam ludistas e tudo o mais…

Mas eles vão embora tranquilamente no fim.

Sério, qual foi o objetivo do episódio?

Em paralelo, a cópia de Nathan Brown feita através de um backup está levando uma vida completamente diferente da do Nathan Brown “de verdade”: ele parece uma versão simplista do personagem, sem as complexidades que ele conquistou desde a morte em seu tempo em Lakeview, e é até estranho acompanhá-lo… ainda assim, se essa versão mais “babaca” do Nathan Brown é uma desculpa da série para mostrar o Robbie Amell sem camisa, eu é que não vou reclamar. De todo modo, Ingrid agora está feliz por estar novamente com Nathan, e preocupada em fazer de tudo para que ele não termine com ela como da outra vez, e tudo é muito triste e desesperador, na verdade… a maneira como Ingrid está presa nessa fantasia e como deixa de viver!

Por fim, o Luke… e eu sempre vou dizer que EU AMO O LUKE! Luke está tentando lidar com o fato de que o seu melhor amigo fez download e o “abandonou” em Lakeview, e agora ele recebe a notícia de Aleesha, seu Anjo, que ela não vai mais ser seu Anjo – ele sente que foi abandonado pelas duas pessoas de quem mais gostava em Lakeview, e agora ele está sozinho! Aleesha, por sua vez, segue em sua ascensão quase inexplicável na Horizen, e é colocada para treinar a Inteligência Artificial para que “ela pareça mais humana”, e é claro que ela rende momentos divertidíssimos, como quando ela está tentando explicar os diferentes significados de “Okay”, dependendo da entonação, e as IAs mostram que há um quê de esperança de que eles aprendam…

Mas é difícil.

A relação de Aleesha e Luke é uma das mais legais de “Upload: Realidade Virtual”, a meu ver. Em crise, Luke acaba indo atrás de todas as memórias “dolorosas” (que são, na verdade, bons momentos que ele passou com Nathan e com Aleesha) e as apagando, para que ele não precise mais sentir saudade dos seus amigos, e ele acaba “deixando de ser ele mesmo”, de alguma maneira… tanto que Aleesha precisa “resgatá-lo” eventualmente, trazendo de volta as memórias que ele tinha apagado, e toda a sequência dos dois é absolutamente linda, mostrando o quanto ela se importa com ele, e o quanto ela é o Anjo perfeito para Luke. Dei uma risada sincera com o tapa que ela dá nele, e sorri abertamente com ela restituindo as memórias e criando uma nova com ele…

Muito fofo.

 

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