Cúmplices de um Resgate – Audições para os Cúmplices

A banda infinita.

Aqui é quando percebemos que a novela foi estendida… gosto muito de “Cúmplices de um Resgate”, tenho um carinho imenso por Daniela Luján, que foi a protagonista de outras novelas infantis de sucesso como “Luz Clarita” e “O Diário de Daniela” (e fico muito triste com o fato de que ela sempre quis interpretar gêmeas, mas acabou vendo o seu papel dos sonhos sendo oferecido a Belinda em seu lugar), mas a reta final da novela deixa bastante a desejar em questão de roteiro. Sem muito planejamento, a novela segue mais ou menos o que era o plano original da trama, mesmo depois da entrada de Daniela Luján, o que deixa os capítulos até o 104 com uma carinha de “reta final” de novela, com direito até ao Manteiguinha fazendo algum comentário sobre como “aquela cena parece final de novela” quando Rosa conhece Mariana e Silvana, por exemplo.

Dali em diante, a novela muda seus rumos… não seria um grande problema, e eu entendo a vontade do canal de querer estender uma novela que estava dando lucro e audiência, mas a história central já estava encerrada e vários atores deixam a novela, com seus personagens sendo retirados abruptamente com desculpas por vezes esfarrapadas que, quando assistimos agora, parecem sofríveis – até porque são muitas. Dóris, por exemplo, é vítima de um acidente durante a festa de casamento de Rosa e Alberto que não é realmente tratado pelo roteiro além de uma narração no início do capítulo seguinte que diz que “ela foi embora fazer um tratamento” e que “eles precisam seguir em frente”, e então temos um salto de uma semana e é como se isso nunca tivesse acontecido… núcleo do vilarejo excluído, agora nos concentramos na banda.

Ou melhor… nas bandas.

Há um certo retrocesso na Silvana como personagem, infelizmente, que é colocado para que ainda existam conflitos com a personagem e sua relação com Mariana, e para que ela seja motivada pelo desejo de ser solista, o que não é exageradamente distante do que esperamos de Silvana, mas me incomoda que ela trate Marina e Ofelio com uma grosseria exagerada depois de tudo, porque se esperava que ela tivesse melhorado um pouco depois de toda a experiência de passar um tempo no vilarejo no lugar de Mariana, descobrindo que a mãe nunca a abandonara e tudo o mais. Mas não… ela continua agindo motivada por seu egoísmo incurável, discutindo com Mariana quando a irmã se voluntaria para buscar Joaquim e os demais para a gravadora, já que eles não têm mais a carona de Vicente, e Silvana queria usar o carro para ir fazer compras…

O mais inusitado e sem sentido, para mim, tem a ver com a banda propriamente dita. A banda está IMENSA. Com a exclusão do núcleo do vilarejo, a banda original de Mariana também se extinguiu, e ela se uniu aos Cúmplices de um Resgate, agora como Mariana mesmo. Ramón, que permanece na novela, também se junta à banda, e nos perguntamos por que temos dois tecladistas agora. Além disso, a gravadora subitamente decide que “Matheus e Dóris precisam ser substituídos para as próximas apresentações”, sendo que Matheus e Dóris NÃO ERAM DOS CÚMPLICES ORIGINALMENTE, e eles “se tornaram parte da banda” durante apenas uma única apresentação, que acontece no casamento de Rosa e Alberto… não há sentido nenhum que “eles precisem ser substituídos”, se até então a banda funcionou bem sem eles – e sem Ramón e Mariana.

Mas isso abre audições para os Cúmplices de um Resgate – e é assim que conhecemos Nadine (Naydelin no original em espanhol, mas Nadine na versão dublada), uma garota que sempre foi fã dos Cúmplices e que sonha em ser famosa, e que parece, em muitos sentidos, uma personagem reciclada da própria Priscila e, portanto, desnecessária. Não me lembro exatamente da minha opinião a respeito disso na infância, mas, infelizmente, assistindo agora eu percebo o quanto é sofrível o desespero do roteiro para gerar trama, porque essa coisa toda de buscar substitutos para Matheus e Dóris realmente NÃO FAZ O MENOR SENTIDO. Enquanto isso, Regina retorna como Tânia, abre uma nova gravadora e se prepara para lançar outro grupo musical, com o intuito de competir com os Cúmplices de um Resgate e, de agora em diante, a novela se resume a isso.

E ao romance de Silvana e Martín… a história com Ramón foi “finalizada” com ele “descobrindo” que “se confundiu” e “só gosta de Silvana como uma amiga”. Tá bom.

 

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Comentários

  1. É estranho dizer... mas eu meio que gosto bem mais dos seus posts criticando/reclamando de alguma coisa, eles me divertem mais. Não sei, só é engraçado para mim sua irritação e suas palavras, sabe?

    E essa fase da novela tem MUITA coisa para reclamar, então vou aproveitar bem seus posts.

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    1. Fiquei pensando aqui... obrigado? HAHAHAHAHA Que bom que você gosta, vem aí minhas reclamações!!! 😅

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. O engraçado é que alguns traços de personalidade da Silvana na fase da Daniela foram passados para a Priscila na versão de 2015, até a vontade de ser solista que era da Silvana no original, passou a ser da Priscila na versão de 2015 e o fato da Priscila ter sido vocalista da banda Os Insanos, ao invés da Isabela/Silvana.

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    1. A versão brasileira conseguiu equilibrar muito bem essa questão da banda, no fim das contas... gosto de terminar a novela com 3 bandas, ao invés de uma gigantesca como a versão mexicana fez hahaha

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