De Volta Para o Futuro: Aventuras nunca vistas e linhas do tempo alternativas (Parte 1)
“Great Scott!”
Em 2015, um
dos anos mais importantes para a história de “De Volta Para o Futuro”, a amada trilogia ganhou um material muito
interessante em seu universo expandido: HQs
publicadas pela IDW. Já li e comentei, há alguns anos, a maravilhosa “Citizen Brown”, uma minissérie em cinco
edições com uma história FANTÁSTICA (!), e agora retorno à publicação original,
que começa com 5 edições com histórias curtas e autocentradas, que foram
eventualmente reunidas em um volume intitulado “Aventuras nunca vistas e linhas do tempo alternativas”. Aqui, o
próprio Bob Gale se aventura em histórias divertidas e que buscam entreter aos
fãs da franquia, ao mesmo tempo em que “responde a algumas perguntas” de coisas
que não foram de fato exploradas nos três filmes.
E É UMA
EXPERIÊNCIA MARAVILHOSA.
Qualquer
retorno a “De Volta Para o Futuro” é,
para mim, uma experiência recompensadora. Eu AMO essa trilogia com todo o meu
coração e ela faz parte da minha história! Nesse começo de publicação, antes de
definir um tom e um artista principal para as artes, a HQ de “De Volta Para o Futuro” estava se
encontrando, e é uma ideia a de explorar dúvidas que sempre tivemos… a
primeiríssima história, por exemplo, se chama “Quando Marty conheceu Emmett”, e traz o primeiro encontro de Marty
McFly com o famoso e excêntrico cientista que mora na Avenida John F. Kennedy,
1640: o nosso querido Doc Brown. A breve história, contada por Doc Brown aos
seus filhos Júlio e Verne, aconteceu no dia 02 de outubro de 1982 – o dia em que sua vida mudou para sempre.
Gosto
particularmente de como a edição traz uma série de referências aos filmes que
amamos. É fascinante como “De Volta Para
o Futuro” é algo que nos marca tanto que sentimos uma emoção quase
indescritível ao ler coisas como “Hey,
McFly!”, “Think, McFly, think” e
o “Precisely!” do Doc Brown – eu
realmente consigo ouvir essas falas
na minha mente, como se elas saltassem das páginas! Na história, Marty McFly
precisa conseguir um tubo interocitor para Needles, e como o Doc comprou todos os da loja local, ele
resolve ir até lá e pedir… ou entrar e pegar, quando Emmett L. Brown não abre a
porta. Gosto da engenhosidade tanto do Doc quanto do Marty, e de como isso é
algo que instantaneamente os aproxima de alguma maneira… além disso, Einstein
gostou do Marty!
Então, o Doc oferece um emprego para o
Marty!
E, assim,
começa uma das maiores amizades da ficção!
A segunda
história, com apenas 6 páginas que completam a primeira edição da HQ de 2015 de
“De Volta Para o Futuro”, se chama “Em busca de alguns bons cientistas”, e
é um conto breve e um aceno à história. Se passando em 1943, na época em que Emmett
L. Brown trabalhava no Instituto de Tecnologia da Califórnia, vemos Emmett tentando
conseguir uma vaga para um “projeto ultrassecreto” para o qual alguns colegas
parecem já ter sido recrutados… e um dos personagens presentes nesse conto é J.
Robert Oppenheimer, conhecido como o “pai da bomba atômica” (!), que acaba
aceitando/recrutando Brown para o “Projeto Manhattan”. Bem que o Needles tinha dito que “o cara trabalhou na bomba atômica”
quando descobre onde Marty conseguiu o tubo interocitor.
Sensacional!
Agora… se os
fãs já se perguntaram, mais de uma vez, como
o Doc Brown e o Mart McFly se conheceram, outra pergunta muito comum é: o que causou o incêndio na casa do Doc em
1962? “O Doc que nunca existiu”
também é uma história contado por Doc Brown lá no século XIX para os seus
filhos, Júlio e Verne, sobre o dia em que “ele mudou o futuro” – e como há
muita coisa da qual ele não se lembra, porque não aconteceu mais, mas ele
deixou um recado para si mesmo… de todo modo, retornamos a 24 de outubro de 1962,
quando representantes do governo dos Estados Unidos apareceram na casa de
Emmett L. Brown em busca de um cientista que pudesse criar uma máquina do tempo – e ele tinha um protótipo, o
Capacitor de Campo Temporal.
Bem, o
financiamento infindável parece uma boa ideia… mas e as consequências de
entregar a possibilidade de viagem no tempo para o governo? Um Marty McFly vem
do futuro, com a mesma roupa icônica com a qual ele chega em 1955 no primeiro “De Volta Para o Futuro”, e leva o Doc
para uma Hill Valley distópica em 1982, que mostra o resultado de entregar o
seu protótipo, e então ele sabe que não
pode seguir com isso… o Projeto Manhattan já pesa demais em sua
consciência. Então, o Doc encontra tanto uma maneira de destruir o Capacitor de
Campo Temporal e afastar o governo quanto de conseguir um financiamento para
poder continuar com suas pesquisas: ele
mesmo coloca fogo na sua casa em outubro de 1962, numa espécie de “golpe do
seguro”.
Bem, não é
lá tão surpreendente. Faz todo o sentido!
Por fim, a
segunda edição de “De Volta Para o
Futuro” termina com outra história curta de 6 páginas, que é um dia comum na amizade de Doc Brown e Marty
McFly. “Projeto de Ciências” se
passa em 1984 e traz o Marty fuçando o
laboratório do Doc atrás de qualquer coisa que ele possa usar para o seu
Projeto de Ciências da escola – você sabe, depois de ter “se atrasado” para
fazer o trabalho ele mesmo porque estava ensaiando com a banda ou andando de
skate por Hill Valley… um adolescente
como qualquer outro. A dinâmica dos dois é legal, a arte de Chris Madden é
lindíssima e a conclusão me fez sorrir de orelha a orelha, de felicidade e
nostalgia: o Doc recebendo uma ligação a respeito de um carro que ele viu à
venda no jornal e pelo qual está interessado…
Um DeLorean.
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