Dead Boy Detectives 1x03 – The Case of the Devlin House
“It’s not
what you did, it’s what you do that matters”
O MELHOR
EPISÓDIO ATÉ O MOMENTO! Que temporada incrível “Dead Boy Detectives” vai construindo! Em “The Case of the Devlin House”, os Garotos Detetives Mortos + suas
companheiras vivas se veem às voltas com caso seriíssimo e, possivelmente, o
mais pesado que nós já os vimos enfrentar – em algo que também me faz pensar em
algumas edições sangrentas e
chocantes de “The Sandman”. E, ao
mesmo tempo em que temos em mãos um caso sinistro e complicado, o episódio
desenvolve dinâmicas interessantes e explora um pouco do passado de Charles,
não através de flashbacks, mas
através do impacto que o caso causa sobre ele porque, de certa maneira, faz com
que ele se lembre do próprio pai… e como ele era um grande de um filho da p*ta.
Desde o
episódio anterior, os “Garotos Detetives Mortos” ficaram famosos em sua nova
cidade nos Estados Unidos, e agora eles estão recebendo fantasmas e mais
fantasmas com os casos mais absurdos
possíveis, em busca de um que valha a pena realmente ser resolvido: algum
que não possa ser resolvido por outra pessoa, algum que traga justiça para os
envolvidos… e é assim que eles acabam com a “casa mal-assombrada” na qual, em
1994, um homem matou a esposa e as duas filhas a machadadas e, depois, se
matou. Antes de poderem visitar a
casa tentando descobrir se ela é mesmo mal-assombrada e, quem sabe, libertar os
fantasmas presos lá dentro, eles precisam reunir todo tipo de informação possível a respeito do famoso caso sobre o
qual ainda se fala na cidade…
Crystal e
Charles ficam responsáveis por conversar com a dona do açougue sobre o qual
eles estão morando, o que rende uma boa cena… mas é a dupla formada por Edwin e
Niko que realmente chama a atenção, e eu estou ansiosíssimo para ver mais dessa
amizade, porque sinto que a Niko vai ser
muito importante para o Edwin. É a primeira vez que a vemos de fato
trabalhando com eles, e ela é simplesmente maravilhosa
– e as reações dela depois de Edwin conhecer o Monty são PERFEITAS,
especialmente quando ela explica para ele que meninos podem ficar com meninos,
e diz que ela tem vários mangás “muito doces e explícitos” sobre isso, se ele
quiser! O Monty é um enviado de Esther? Sim. Mas ele também é tão lindinho e a química foi tão boa.
Eu queria
ver o Edwin dar uns beijos nele, tá? Edwin
tá chamando a atenção, hein?
Quando chega
o grande momento de ir à casa em que os Devlin moravam, Niko fica de fora… e a
dinâmica entre Edwin, Charles e Crystal pode ser bem explorada em um cenário
que ainda é caótico, mas muito mais sério e sombrio do que os que vimos
anteriormente. Eles não demoram a perceber que os Devlin (o assassino, a esposa
e as duas filhas) estão presas em um loop
curto que se repete infinitamente desde 1994, no qual os últimos minutos de
vida são revividos constantemente: ele lendo a carta, aumentando a música,
descendo as escadas, matando as suas vítimas, subindo de volta ao quarto e
tirando a própria vida. Traumatizante, sangrento e angustiante. E o trio tem
apenas uma noite para tirá-los do loop antes que a casa e os fantasmas sejam
destruídos.
A maneira
como o episódio explora o tema é bem forte e bem competente. Temos toda a coisa
mais didática dos “detetives sobrenaturais”, temos alguns mistérios e
reviravoltas interessantes que tornam tudo muito
mais complicado, mas o caso se torna ainda
mais sentimental porque ele afeta a Charles particularmente. Ele encontra o
diário de uma das garotas enquanto eles procuram pelo gatilho que gera o loop,
e isso faz com que ele pense no próprio pai e nas coisas que sofreu, e ele
confidencia isso a Crystal enquanto chora. Quando a primeira tentativa de Edwin
para salvar aquelas mulheres do loop não funciona, Charles resolve “fazer as
coisas da sua maneira”, e ele acaba sendo
preso no loop junto com os demais fantasmas (!), e isso só é possível
porque ele está muito envolvido emocionalmente…
Ele se
coloca no lugar daquelas vítimas.
O RISCO DE
PERDER O CHARLES DEIXA TUDO AINDA MAIS URGENTE.
Toda a conclusão
do caso é um evento à parte, repleto de acontecimentos interessantes, e eu
gosto de como “Dead Boy Detectives”
segue mantendo esse ritmo frenético
que nos deixa vidrados até o último segundo de episódio. Destruir a carta da
faculdade não é o suficiente, então Crystal e Edwin, sozinhos, precisam
trabalhar juntos para encontrar o verdadeiro gatilho que mantém o loop, que
acaba sendo as fitas em um cômodo escondido e nunca descoberto pela polícia, e
eles ainda precisam enfrentar uma criatura do inferno, que se alimenta de
pensamentos negativos e sofrimento, e David, o ex-namorado demônio de Crystal
que escolhe o pior momento possível
para reaparecer. No fim, eles conseguem libertar os fantasmas e a Morte vem
buscá-los…
Destaque
para a Niko chegando correndo no final, depois do caso já resolvido!
Ironicamente,
as duas fantasmas que foram salvas de um loop infernal que se repetia há 30
anos por Edwin e Charles podem ser a causa de sua derrocada – afinal de contas,
elas estão lá no Departamento de Achados & Perdidos, prontas para entregar
a localização exata dos “fantasmas fujões”, mas não nos preocupemos com isso…
ainda. Um perigo mais eminente que esse talvez seja o próprio Monty, que está
esperando o retorno do grupo do lado de fora do açougue assim que o caso é
encerrado, e ele não está fazendo um trabalho ruim ao se aproximar de Edwin,
lentamente derrubando suas barreiras. Me pergunto se, de alguma maneira,
Charles ficou com ciúmes naquele momento. E me pergunto se Monty pode vir a
gostar realmente de Edwin e deixar
Esther…
De todo
modo, saberemos eventualmente.
Estou AMANDO
mais a cada episódio!
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