Memory in the Letter – Finale

“Eu não quero que acabe”

Antes da estreia de “Memory in the Letter”, eu estava MUITO ANSIOSO para acompanhar esse BL, porque tinha me interessado muito a sua sinopse, mas acho que eu não sabia que eu ia me apaixonar tanto por essa história e por esses personagens… me despeço de Aksorn e de Songjam/Khiao nesse momento com o coração quentinho e um sorriso no rosto, mas também com uma sensação já de saudade e de que eu poderia continuar os acompanhando por mais episódios sem problema. “Memory in the Letter” soube aproveitar a sua temática de universos paralelos muito bem e entregou uma trama com muito carisma, um romance lindinho, reviravoltas interessantes e uma conclusão feliz… com menos complicações do que eu imaginei, na verdade.

No episódio anterior, acompanhamos toda a jornada de Songjam desde que ele atravessara o espelho do seu universo para o nosso – e todos os longos anos que ele teve que esperar por Aksorn. Mesmo gostando e gostando MUITO do episódio, do Khiao e do romance, eu confesso que precisa rolar uma suspensão de descrença aqui, porque, se eu for ser racional demais, eu acabo enxergando coisas que me deixam intrigado e/ou incomodado. Por exemplo, Songjam esperou por aproximadamente 27 anos até que Aksorn o conhecesse no outro universo e eles pudessem viver, de fato, esse amor, e 27 anos É MUITO TEMPO… não tem como imaginar que, agora, Khiao “retoma de onde ‘Songjam’ parou” e só: 27 anos mudam e muito uma pessoa, sabe?!

Mas eu me desligo dessa racionalidade desnecessária aqui (pelos meus cálculos, Khiao estaria beirando os 50 anos se Aksorn tiver uns 20, mas Khiao não parece tão mais velho que o Aksorn assim também) e apenas curto A BELEZA DESSE REENCONTRO. Khiao sabia quando Aksorn encontraria o espelho quebrado em seu quarto e, portanto, quando ele podia aparecer e “revelar a sua identidade”, e não existem dramas que prolongam essa história aqui: Songjam (ou Khiao) está com um sorriso confiante no rosto, e Aksorn não duvida dele em nenhum momento, e o aceita como o “seu” Songjam do espelho, mesmo com outra aparência, com mais experiência, e sabendo muita coisa que ele não sabe… e eles agem como se o tempo não tivesse passado.

Para Aksorn, de fato não passou.

Apenas para Songjam/Khiao.

Todas as cenas românticas de Aksorn e Khiao são, como era de se esperar, absolutamente fofas… eles estão finalmente no mesmo mundo, como sempre quiseram estar, e podem fazer as coisas que sempre quiseram fazer juntos, como assistir filme, cozinhar juntos e comer panquecas. Gosto de ver um Khiao sorridente que tenta nos remeter ao Songjam que conhecemos no espelho, diferente daquele Khiao calmo, mas sério, que nos acompanhou até agora em “Memory in the Letter” – é como se a presença e a companhia de Aksorn evocasse de volta essa faceta mais leve, mais sorridente e mais jovial dele. E descobrimos, então, que Khiao também é apaixonante. E, talvez por ser mais velho, muito confiante a respeito de quem ele é e do que ele quer…

Como podemos ver naquela curiosa cena na qual Khiao leva Aksorn para “conhecer um grande amigo seu” – E É O PAI DE AKSORN. Khiao simplesmente lança a informação de que “eles estão em um relacionamento” com tanta naturalidade e sem cerimônia, para o desespero de Aksorn, que eu dei uma gargalhada sincera… e é curioso mesmo pensar no fato de Songjam/Khiao SER AMIGO de longa data do pai de Aksorn, e tem muita coisa que Aksorn ainda não sabe… que foi o Songjam quem fez o seu parto, por exemplo! Mas é como eu já comentei: Songjam viveu 27 anos que Aksorn não viveu desde a última vez em que eles conversaram através do espelho… ele não é exatamente a mesma pessoa que o Aksorn via lá; ele vai ter que aprender a conhecê-lo novamente.

Toda uma jornada que “Memory in the Letter” infelizmente não terá tempo de explorar.

O último episódio de “Memory in the Letter” é, então, uma celebração do romance de Aksorn e Songjam/Khiao. Sem novos problemas, sem drama, apenas os dois curtindo um ao outro e organizando o futuro… Aksorn vai enfim escrever o livro que sempre quis escrever, por exemplo, dando continuidade ao original da mãe com a história dos dois garotos de universos diferentes que se apaixonam através de um espelho, e Songjam está ali para lhe dar todo o apoio… talvez não apenas emocional, mas com memórias que ele tenha e possa compartilhar, porque a história também é dele – e ele tem muitas anotações feitas no caderninho que um dia ele pensou dar de presente de Natal para Aksorn… e que, agora, também são um presente, mas diferente de antes.

No fim do episódio, Aksorn publica o seu livro, o que nos rende alguns momentos bacanas… a cena na qual ele vai dar uma cópia do livro de presente ao pai e o pai se recusa a aceitar, porque já tem uma e já a leu, ou a cena na qual ele está dando autógrafos em um evento e uma fã pergunta se, já que ele é real, Songjam também é, e Aksorn aponta para Khiao ao seu lado, sempre ali com ele. Os dois terminam sentados no terraço da faculdade, onde se conheceram, olhando para o céu, e desejando que aquela história não termine nunca – e Aksorn garante a Khiao que não terminará. Achei bonitinho demais a série trazer de volta o ator que interpretava o Songjam mais jovem para estar visualmente com o Aksorn naquele momento, porque foi com ele que vivemos a maior parte desse romance.

Série muito gostosa de se ver, vou me lembrar dela com muito carinho!

E vai deixar saudades!

 

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