My Stand-In – Episode 2: Ambiguous
Possibilidades.
Ambientado
inteiramente no passado, antes de Joe sofrer o acidente, ficar dois anos em
coma e acordar em um novo corpo, o segundo episódio de “My Stand-In” centra-se na relação de Joe e Ming, que é muito mais
complexa do que se pode notar em um primeiro momento… eu não acho que toda
relação tem que ser perfeita, então
eu acho que as problemáticas propostas pelo roteiro da série são possibilidades
para conflitos e dramas interessantes, que eu estou bem curioso para ver como
serão explorados e desenvolvidos ao longo dos 12 episódios – tenho certeza de
que “My Stand-In” nos reserva uma boa
parcela de sofrimento, mas muito espaço para discussões… tenho certeza de que é
o tipo de série que dividirá a internet
e gerará debates calorosos.
Ming se
aproximou de Joe totalmente pelo motivo errado… ele é apaixonado por Tong, o
namorado da irmã (!), e tudo indica que ele só está com Joe porque ele é seu
dublê e, supostamente, de costas ele lembra muito o Tong (embora eu precise
dizer que o Joe é tanto mais bonito
quanto mais legal que o Tong). Ele está usando o Joe sem ser sincero com
ele, permitindo que ele crie esperanças de algo que, para Ming, não passa de
uma diversão e/ou de uma distração (embora não exista nenhuma chance de
acontecer algo entre ele e Tong). Como os sentimentos de Ming serão explorados
futuramente? Ainda não sei. Mas o episódio dá dicas de que ele pode, sim, vir a
se apaixonar pelo Joe de verdade… mas talvez ele só perceba isso tarde demais.
O Joe da narração não nos deixa esquecer do
quanto isso tudo vai machucá-lo.
De todo
modo, antes de entrar nos grandes conflitos do episódio, eu preciso dizer que A
CENA DE JOE E MING NO BANHEIRO É DE TIRAR O FÔLEGO. Se o Joe não estivesse se
apaixonando com facilidade (e, consequentemente, deixando o seu coração
vulnerável para ser partido) e os dois estivessem apenas fazendo sexo casual,
independente do motivo, não haveria problema nenhum na relação deles… e, sexualmente,
eles se encontraram. Há muito tesão e muita entrega na maneira como a cena é
conduzida, e é quase como se conseguíssemos sentir
o prazer que Joe está sentindo enquanto ele se aproxima do orgasmo. Atuações
brilhantes e excitantes! E os dois têm um fogo
que nos mostra que eles estão fazendo
algumas vezes em um mesmo dia, hein?
Adorei todo
o paralelo que é feito da relação de Joe e Ming com a gravação de uma cena na
qual o personagem de Tong precisa pular na piscina para salvar a protagonista.
Tong se recusa a fazer a cena e Joe é chamado para filmar no seu lugar, e é
irônico ouvir ele comentando, mais tarde, sobre como foi insensível da parte de
Tong, porque esse é o primeiro filme daquela atriz e tudo o mais… tem tudo a
ver com o que o Ming está fazendo com ele, na verdade, usando o Joe como um
“dublê” de Tong já que não pode tê-lo de verdade. De alguma maneira distorcida,
no entanto, parece que o Ming fica com ciúmes
de Joe pela maneira como ele foi gentil e atencioso com a atriz, o que não faz
nenhum sentido… sentir ciúmes do Sol, no entanto, já é algo mais compreensível.
Sol é um
antigo amigo de Joe, que também trabalhava como dublê, mas que foi embora para
se tornar idol na Coréia do Sul, e
agora ele está de volta. E, para o desespero de Ming, ele 1) é muito bonito; e
2) está claramente apaixonado pelo Joe. Acho que Sol pode vir a ser um
personagem importante em “My Stand-In”,
especialmente depois que Joe sofrer o acidente e começar a refazer a sua vida em um novo corpo… no dia em que Joe fica até tarde
na rua e é levado para casa bêbado por Sol e Ming o recebe na porta, no
entanto, Ming fica furioso, morrendo
de ciúmes em uma relação que ele ainda não assumiu e que ele não leva
suficientemente a sério. Mas isso quase
deixa o Joe feliz, na manhã seguinte, quando ele percebe que o Ming ficou com
ciúmes…
Quase…
Ming sabe ser bem cruel quando ele quer, e eu
fiquei com muita raiva de tudo o que ele disse para o Joe. Eu acho que toda a
questão de ele só estar com o Joe por causa do Tong é bastante insensível e
condenável e tudo o mais, mas muitos relacionamentos da ficção começam de maneira duvidosa até que os
personagens se descubram verdadeiramente
apaixonados um pelo outro… a maneira como o Ming falou com o Joe naquela
manhã, no entanto, me deixou com muita
raiva de verdade. O Joe é um amor, e ele NÃO MERECIA ser tratado daquela
maneira, e foi totalmente desnecessária a forma como Ming mandou ele “parar de
se achar porque ele era apenas um dublê”, em uma fala que talvez não seja
apenas sobre a profissão de Ming, no fim das contas…
A chance de
Ming chega quando ele vai visitar Joe no trabalho e ele encontra Joe
conversando com Sol – uma conversa reveladora. Sol está dizendo que também
voltou por causa de Joe, e que ele não quer ser apenas seu amigo, mas seu namorado,
e Joe confessa que realmente gostava dele um tempo atrás… mas ele fala, com uma
sinceridade notável, sobre como ele descobriu o amor agora, alguém que faz com
que ele se sinta em casa e todas essas coisas. Acho muito bonito que o Joe
tenha sido tão sincero com Sol, e eu espero ver mais de Sol depois que Joe despertar em outro corpo,
mas a cena é extremamente importante porque o Ming está ali e não se faz notar:
agora, ele sabe oficialmente dos
sentimentos de Joe… e o que ele vai fazer com essa informação é a questão.
Ele vai se
afastar para não iludi-lo?
Ou ele vai
levar a sério o que eles estão vivendo?
Racionalmente,
Ming poderia dar uma chance a esse
sentimento… Joe é uma pessoa incrível! E eu acho que é exatamente o que ele
está tentando fazer quando ele entra de surpresa na casa de Joe naquela noite e
prepara um jantar para os dois – mas eu estou me preparando para o momento em
que, embora talvez ele até chegue a tentar, Ming vai partir o coração de Joe…
não é à toa que, no primeiro episódio, Joe dissera que “isso viraria um
pesadelo” e que ele fingiu não conhecer o Ming quando o encontrou no elevador,
em outro corpo. De todo modo, eu não vou ser hipócrita: achei, sim, fofa a cena
final do Ming e do Joe jantando juntos, quando Ming aceita o convite de Joe
para morar com ele, e eles se divertem e riem… naquele momento em específico,
parecia possível acreditar em um futuro para eles.
Curioso DEMAIS
para o desenvolvimento de tudo isso!
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