O Malefício (2023) – Bael se volta contra Raúl

“¡YA DIJE QUE CON MIS HIJOS NO!”

Raúl finalmente descobriu toda a verdade que buscava há anos: e ela é ainda mais aterradora do que ele jamais podia ter imaginado! Depois de conversar com o psiquiatra que cuidara de Nora no passado, e que se lembrava do nome do “homem” que ela dizia que a perseguia, Raúl encontrou todas as demais possíveis respostas dentro da organização… o livro com as condições do pacto com o demônio e o colar de pérolas de Nora fazem com que Raúl entenda tudo: Enrique de Martino fez um pacto com Bael e entregou a alma de sua esposa como sacrifício em troca de poder e dinheiro… quando Enrique chega em casa confrontando Raúl por “ele não ter ido ao jantar marcado com Beatriz e a sua família”, ele nem imagina que Raúl tem assuntos muito mais importantes dos quais falar.

E a sequência é fortíssima.

E, possivelmente, a mais assustadora de “O Malefício” até aqui!

Com raiva e 100% com motivo para ter raiva e nojo do pai, Raúl diz a Enrique que já sabe de tudo, já sabe o que ele fez para conseguir aquilo tudo, e diz que tem nojo de ser seu filho, porque ele matou a sua mãe e a entregou a esse maldito demônio. Enrique até tenta se esquivar e dizer que “não sabe do que ele está falando”, mas não adianta: Raúl já sabe de tudo. Ele esteve na organização, ele viu o quadro do primeiro “portador” de Bael, ele viu o livro, o colar da mãe… e, agora, ele daria tudo para não ser filho de Enrique de Martino. Raúl diz verdades que Enrique mereceu ouvir, e então Enrique diz que era isso ou entregar um dos seus filhos, e ele se contorce todo enquanto escuta todas as acusações de Raúl, conforme Bael vai despertando e se manifestando dentro dele.

E, então, as coisas ficam assustadoras de verdade! Enquanto Enrique tenta “se justificar”, dizendo que fez tudo por eles (é absurdo!), e Raúl continua contra ele, dizendo que ele fez o que fez por ele mesmo, por ambição, por dinheiro… o ponto de virada acontece quando Enrique diz que ele pode herdar esse poder e Raúl diz que jamais entregaria algo a esse demônio, e é nesse momento, inteiramente renegado, que Bael se manifesta fisicamente na sala. Depois de uma espécie de “terremoto” que racha as paredes do cômodo, Bael toma conta do corpo de Enrique e É A COISA MAIS MACABRA POSSÍVEL! Com a sua voz demoníaca e sua aparência assustadora (os olhos, os dentes, a mão vermelha), Bael diz a Raúl que o pai dele não está mais ali e ele pagará por suas ofensas…

Que sofrerá como a mãe sofrera.

Com a risada de Bael ao fundo, Raúl sai correndo desesperado e assustado, e foge de carro da casa dos de Martino, com Jorge o seguindo de perto e tentando fazê-lo parar… mas é tarde demais: Raúl despertou a fúria de Bael. A pulseira que Enrique colocara no braço de Raúl na organização começa a machucar e a fazer com que ele sangre, e ele vê uma cobra no banco do passageiro, e então ele perde o controle do carro, cai de um penhasco e o carro explode lá embaixo – na frente de Jorge, que grita desesperado o nome do irmão, visivelmente preocupado de verdade com Raúl. Quando o Capitão, também membro da organização, aparece e diz a Jorge que “não há como o Raúl sair vivo dali”, Jorge se nega a acreditar nisso e é retirado à força, gritando por ele…

Essa é uma faceta curiosa de Jorge, que se mostra realmente preocupado com o irmão, e que retirado do lugar do acidente, busca o pai para que ele faça alguma coisa… e ele encontra o pai abalado em casa, depois de Bael ter tomado conta do seu corpo – chorando e com raiva, Enrique maldiz Bael a Gerardo, porque a promessa era de que ele deixaria seus filhos em paz se ele entregasse Nora, mas Gerardo o adverte de que “Bael não aceita ofensas”. Portanto, se Raúl o ofendeu, então ele está apenas “enfrentando as consequências pelo que fez”. Quando Jorge chega atordoado e desesperado contando a respeito do acidente, Enrique parte imediatamente para a beira do penhasco do qual o carro de Raúl despencou, exigindo que alguém faça algo depressa…

Eles precisam encontrar seu filho. E com vida.

Bêbado, angustiado e sentindo uma dor real que o consome lentamente, Jorge fala com o vento como se estivesse falando com Raúl, dizendo que quer conversar com ele, que quer dizer que o ama… e, depois dessas palavras, o fantasma de Nora aparece atrás dele, mas ele não chega a vê-la. Naquela noite, Jorge dorme bêbado, de roupa e tudo, no quarto de Raúl, tentando sentir a sua presença e, na manhã seguinte, ele vai até o apartamento que ele sabe que o Raúl visita com frequência, esperando que possa encontrá-lo lá… uma das cenas mais marcantes de todo esse arco é quando o Jorge, com os olhos cheios de lágrimas (!), pergunta ao pai o que aconteceu antes que ele saísse de casa daquela maneira, dizendo que “não quer perder o irmão como perdera a mãe”.

Uau.

Enrique, por sua vez, se sente um fracassado, como se não tivesse sido capaz de proteger o próprio filho, mas o fato de não ter sido encontrado nenhum rastro de Raúl é uma esperança à qual ele se agarra, porque deve querer dizer que ele ainda está vivo e saiu do local do acidente. Gerardo, por sua vez, tenta fazer com que as coisas sigam em frente, mas nem Enrique nem Jorge estão muito inclinados a isso… ambos dizem que só vão ficar tranquilos quando eles souberem que está tudo bem com Raúl. Enrique não planeja voltar a se comunicar com Bael até saber algo sobre o filho, e isso deixa Gerardo descontrolado, gritando com Enrique cheio de cobranças a respeito de como ele deve lealdade e agradecimento (?) a Bael, mas Enrique tem sua prioridade.

Fortíssima, também, a cena na qual Enrique de Martino chega à organização para GRITAR com o quadro que representa Bael, jogar o livro do pacto no chão e até mesmo jogar bebida e um copo no quadro: o pacto que fizera ao entregar Nora era para garantir, também, a segurança de Jorge e de Raúl, e ele sente que Bael descumpriu a sua parte do acordo ao se voltar contra Raúl. No meio de seu surto, Gerardo o interrompe (!) para mandar que ele pare de dizer ofensas, e que tudo o que pode fazer é “agradecer por tudo o que Bael lhe dera”. Enrique, no entanto, tem uma ameaça: se Raúl não retornar, Bael não poderá continuar usando seu corpo porque ele prefere se matar… Gerardo, no entanto, diz que, se ele fizer isso, sua alma acabará no inferno, eternamente torturado por Bael.

Bem, o pacto tem suas consequências. Enrique não é nenhum santo.

Só espero que o Raúl esteja bem.

 

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