O Malefício (2023) – Raúl fala com o psiquiatra de Nora
“¿Quién es
Bael, mamá?”
Desde a
mudança “abrupta” de Raúl, que subitamente decidiu se aproximar do pai, assumir
responsabilidades nas empresas da família e fazer parte da organização, Jorge
está de olho no irmão para descobrir o que ele está tramando… em parte, Jorge
tem medo que Raúl assuma a posição que ele sempre sonhou para si, mas que
Enrique parece determinado a entregar a seu primogênito, mas não é apenas isso:
Jorge sabe que alguma coisa está
estranha e que, portanto, Raúl trama algo. Por isso, ele o segue depois do
trabalho e acaba descobrindo o irmão mais velho no apartamento no qual eles
viveram com a mãe antes de o pai se tornar milionário: um apartamento do qual
Jorge não tem muitas recordações, porque ele ainda era muito pequeno quando
tudo aconteceu.
As reações
de Jorge são curiosas, porque eu acho que ele é problemático, mas não tão ruim
quanto ele poderia ser e como aparentemente o fora na versão de 1983 de “O Malefício”. Os olhos enchem de
lágrimas quando Raúl fala sobre a mãe, mas ele reage explosivamente, dizendo ao
irmão que ele precisa “seguir em frente” e entender que “a mãe enlouqueceu e
pronto”. Embora Jorge esteja determinado a acreditar que a mãe os “abandonou”
quando tomou a decisão de tirar a própria vida, Raúl talvez o faça se
questionar silenciosamente quando o leva até o quarto que era de Jorge: um
quarto com um álbum de fotos dela com o filho, com cobertas e roupas que ela
mesma fizera para o Jorge… a prova de que
ela não era uma mulher que não se importava com os filhos.
De todo
modo, o que Raúl pede encarecidamente ao irmão é que ele não diga nada sobre isso para o pai, porque ele sabe que
Enrique vai mandar jogar tudo fora se
ele descobrir que ele visita esse apartamento – e quando Raúl diz que “faria
qualquer coisa por ele” se ele não dissesse nada ao pai, Jorge percebe que o
tem nas suas mãos, e é o que ele queria… não que o Raúl se importe com as
empresas ou com assumir o lugar do pai, como ele diz abertamente para o irmão:
tudo com que ele se importa é com as memórias da mãe que ainda vivem naquela
casa… e com a verdade que ele ainda espera descobrir. Então, Raúl consegue ser
“encobertado” por Jorge, de alguma maneira, enquanto vai atrás de mais
informações e chega até o psiquiatra que tratou Nora…
E é uma
sequência reveladora – e um pouco desesperadora. Inicialmente, o Dr. José Lara
não quer falar a respeito do caso de Nora, mas ele acaba se compadecendo de
Raúl ao ver o seu desespero e suas dúvidas, e ele conta, um pouco assustado
talvez, sobre como ele é um homem da ciência e, portanto, obrigado a dizer que
o que Nora teve foi um quadro de alucinações e ela acreditava que estava sendo
perseguida, mas ele também diz que viveu coisas muito estranhas desde que
começou a tratá-la, e embora ele não goste de dizer isso, ela era “vítima de algo sobrenatural”. Conforme José explica para
Raúl que o que aconteceu a Nora foi “simplesmente inexplicável”, Raúl confessa
que ele também teve algumas experiências estranhas que não pode explicar…
O psiquiatra
diz que, depois do caso de Nora, não pode dizer que o sobrenatural não existe.
José Lara
explica que, normalmente, quando alguém não consegue distinguir o que é real e
o que não é, isso se aplica a todos os aspectos da vida, mas no caso de Nora
era algo muito específico e restrito apenas a uma coisa: proteger os seus filhos. No mais, Nora era uma mulher sã – e essa é
a confirmação que Raúl sempre quis! Juntos, Raúl e José buscam quaisquer
informações a respeito do caso de Nora, como anotações, fitas, e Raúl fala
sobre sua memória fraca de a mãe estar sendo “perseguida por um homem”, e o
psiquiatra se lembra de ela mencionar o nome desse homem repetidas vezes… um nome que era diferente e curto, e que ele
encontra em suas anotações depressa: Bael. AGORA, RAÚL TEM UM NOME PARA
PESQUISAR A RESPEITO.
ELE ESTÁ
CHEGANDO À VERDADE!
O Dr. José
Lara fica de encontrar todas as fitas das sessões com Nora para entregar a Raúl
no dia seguinte, e toda essa ideia de “dia seguinte” já nos indicava que isso nunca ia acontecer… e é o próprio
Raúl quem acaba selando o destino de José Lara quando ele sai da sua casa e
telefona justamente para o Gerardo, para dizer que “encontrou o psiquiatra que
atendia a mãe”. A confiança que Raúl tem em Gerardo é, sem sombra de dúvidas, o
seu ponto fraco. Em seu desespero por respostas e sua afobação pelo pouco que
conseguiu, Raúl fala sobre Bael e sobre as fitas que vai pegar no dia seguinte…
então, Gerardo pergunta o nome desse médico e manda pessoas da organização
atrás dele, porque “eles sabem o que fazer”: o mesmo que foi feito com o jornalista no início da novela.
Assim, o Dr.
José Lara é silenciado (e a cena é desesperadora).
Mas alguma
coisa Raúl descobriu. Mais cedo ou mais tarde, a verdade virá à tona!
Para mais
postagens de “O Malefício”, clique
aqui.
Para as demais produções da “Fábrica de
Sonhos”, visite a
nossa página.
Comentários
Postar um comentário