Os Trapalhões e a Árvore da Juventude (1991)
Os Trapalhões defendendo a natureza!
Com direção
de José Alvarenga Júnior e roteiro de Mauro Wilson e Paulo Andrade, “Os Trapalhões e a Árvore da Juventude”
foi lançado em 1991, para celebrar os 25 anos d’Os Trapalhões, e conta com
Didi, Dedé e Mussum interpretando guardas florestais em uma batalha contra
bandidos que estão desmatando a Floresta Amazônica e contrabandeando animais
silvestres. Com uma boa mensagem em defesa do meio-ambiente, um elemento
fascinante que é a árvore/fonte da juventude e um ritmo bem conduzido, o filme
é muito melhor do que o filme anterior do grupo – “O Mistério de Robin Hood” –, e se sai bem em sua proposta que
mescla a comédia com a aventura e o romance, se tornando mais um delicioso
clássico da “Sessão da Tarde”.
Sinto que o
filme parece muito mais inspirado que
seu antecessor, e há mais coesão na condução da trama, que parece menos uma
sequência de esquetes – além disso, o humor funciona muito bem. Tem a cara d’Os
Trapalhões e do humor que se fazia na época, e que acabam nos atingindo de
qualquer maneira, graças à nostalgia, mas também conta com algumas tiradas boas
que ainda podem arrancar risadas genuínas ocasionalmente. O filme também conta
com a atuação de Cristiana Oliveira, como Juliana, uma cientista que chega à
Amazônia com um grupo de estudantes, e que mexe um pouquinho com a vida dos
“Guardas Florestais Trapalhões”, que não podem ver uma mulher bonita que fazem
de tudo para tentar impressioná-la… o que
é a cara do Didi.
O filme tem
uma boa mensagem ambiental em sua temática, e conta com um rap composto exclusivamente para o filme e interpretado pelo trio
de Trapalhões, além de Angélica e Ney Matogrosso no refrão. E, depois da
chegada de Juliana, Didi, Dedé e Mussum são enviados para uma missão secreta especial na qual eles precisam enfrentar um
grupo perigoso de bandidos ambientais – e, no meio de suas trapalhadas,
perseguições de barco e jet-ski e correria pela mata, eles acabam chegando a um
lugar bonito e misterioso no qual eles encontram uma árvore jorrando água
potável… a água da fonte da juventude.
E é assim que Didi, Dedé e Mussum começam a sua odisseia através de diferentes fases de suas vidas, enquanto
ainda precisam fugir de bandidos perigosos.
A ideia é
divertida, e é curioso como, mesmo com “Os
Trapalhões e a Árvore da Juventude” sendo o título do filme, eu a vejo mais
como um recurso narrativo do que realmente como centro da história. De todo
modo, a ideia é que a água bebida da Árvore da Juventude os leva de volta à
infância (com poucas memórias de quem eles realmente
são, a julgar pelo fato de que Didi vê a foto que carrega de Juliana, a
acha bonita e conclui que “deve ser sua mãe), mas eles voltam a envelhecer
conforme eles vão perdendo líquido… por isso, quando o trio de crianças com
bexigas apertadas faz xixi e escapa dos bandidos que os prenderam junto com
animais silvestres, eles se transformam em jovens adultos, com quem ficamos
quase até o final do filme…
Nessa parte,
Carlos Loffler assume o papel do Didi, agora chamado Renato; Eduardo Monteiro o
de Dedé, agora Manfried; e Lui Mendes o de Mussum, agora Antônio Carlos – e eu
acho simplesmente FANTÁSTICO que esses “disfarces” sejam justamente os nomes reais de Didi, Dedé e Mussum,
respectivamente. A ação principal do filme acontece quando o “novo” trio se
reúne a Juliana e os estudantes, com direito a um romance despertando entre
Juliana e Renato, o Dedé e o Mussum voltando ao normal provavelmente porque fizeram xixi nas calças enquanto estavam presos,
e eu acho que Carlos Loffler segura bem o humor e a ação, com um carisma que é
necessário para interpretar o Didi. Mas fica mais legal depois que ele se vê no espelho e lembra quem é…
Acaba sendo
uma briga divertida contra o grupo de bandidos… o Didi ainda na sua versão
“jovem adulto”, interagindo com o Dedé e o Mussum presos enquanto tenta se
livrar de um bandido para poder soltá-los e depois sendo descoberto; o Dedé e o
Mussum dispensando pelo rádio, cheios de “efeitos sonoros”, um avião que estava
chegando para os contrabandistas; e a conclusão heroica com direito a explosões
e a chegada da polícia em helicópteros. “Os
Trapalhões e a Árvore da Juventude” é um daqueles filmes que marcou as
nossas tardes na década de 1990, que nos fazia sorrir quando ouvíamos algo como
“Os guardas mais loucos da floresta
aprontando todas para defender a natureza”, e pelo qual guardamos um
carinho especial até hoje!
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Adorei a resenha.
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