Power Rangers RPM – Ranger Red

A história de Scott.

Exibido em 11 de abril de 2009, “Ranger Red” é o sétimo episódio de “Power Rangers RPM”, e é a nossa oportunidade de conhecer um pouco mais do RANGER VERMELHO, Scott Truman. Sempre comentei como “RPM” fugiu do óbvio da franquia, até mesmo na maneira de apresentar seus protagonistas – enquanto a temporada começou sob o ponto de vista de Dillon, o Ranger Preto, víamos o trio formado por Scott, Summer e Flynn, que já trabalhavam juntos como Power Rangers na Cidade de Corinth há algum tempo, como algo distante: eles funcionavam bem como equipe e já se conheciam, mas faltava que nós os conhecêssemos, e é a isso que o “segundo arco” de “RPM” se dedica. Scott Truman, o líder da equipe, tem um episódio muito bom de “apresentação”.

O episódio começa em uma sequência de ação interessantíssima protagonizada por Scott e Ziggy – e é curioso como o roteiro se utiliza do personagem de Ziggy, de quem nos aproximamos desde o início da temporada com Dillon, para que possamos nos aproximar de Scott… vemos Ziggy com todo o seu carisma tentando entender como funciona a ideia das “frases de efeito” dos Power Rangers, mas sem se sair tão bem assim, enquanto Scott faz de tudo para salvar uma mulher e um bebê de um ataque… devo dizer que por mais que eu goste da temporada (e eu estou AMANDO a temporada de verdade!), toda aquela batalha não me convenceu, porque ver o Scott girando aquele carrinho de bebê para lá e para cá ou no ar realmente me pareceu um pouco forçado demais.

Mas é um grande momento de Scott Truman como personagem – e ele está prestes a ter mais grandes momentos nesse episódio. Scott é o único que sabe da localização de uma peça da qual a Dra. K precisa para colocar online um novo Megazord usando os poderes do Ranger Preto e do Ranger Verde, mas, para isso, ele teria que sair da redoma, e o pai não quer lhe dar essa autorização… então, o episódio nos convida a retornar no tempo em um flashback muito interessante (muito bom como os flashbacks estão sendo utilizados de maneira inteligente em “Power Rangers RPM” para construir a história e o background dos personagens) que mostra Scott à sombra do seu irmão, Marcus, durante a época em que ele ainda não era o Ranger Vermelho…

A relação de Scott e do Coronel Truman não é das melhores – o pai sempre colocou o seu irmão mais velho em um pedestal inalcançável, e Scott sempre foi tratado como não suficiente para o que quer que fosse… talvez seja uma superproteção do Coronel com o seu filho mais novo, talvez ele realmente não o julgue à altura de Marcus, mas, por um motivo ou outro, isso parece ter atrapalhado a proximidade dos dois. E Scott talvez também tenha se sentido inferior ao irmão, talvez se sinta culpado pela sua morte, já que ele estava por perto quando aconteceu, e vemos a cena se conectando com o início de “Power Rangers RPM”, quando vemos Scott chegar à Cidade de Corinth quando a proteção está sendo colocada em volta da cidade, na garupa da moto de Summer.

Agora, Scott deixa a Cidade de Corinth, com ou sem autorização, tanto para provar para o pai e para si mesmo que consegue, quanto porque ele é o único que pode conseguir a peça da qual a Dra. K e os Power Rangers precisam – e, como líder da equipe, é sua responsabilidade. Toda a sequência do lado de fora da cidade é muito interessante de se assistir, até porque é muito interessante como “RPM” contrasta os cenários de Corinth com a destruição externa e a paleta de cores que nos lembra “Mad Max”. Nos destroços do acidente que matou o seu irmão, Scott consegue não apenas a peça que ele estava buscando, mas um envelope vermelho confidencial, no qual o Coronel Truman tinha pedindo que Marcus colocasse a sua recomendação para um cargo importante.

E ele recomendou o irmão. Diferente do que o pai pensa, Marcus acreditava em Scott.

O episódio é surpreendentemente denso, de uma maneira séria que é o tom escolhido para “Power Rangers RPM”, e eu fiquei muito feliz de conhecer um pouco mais de Scott Truman, e de conseguir pensar nele como uma pessoa de verdade, e não apenas como o “Ranger Vermelho” – como ele é tratado justamente nesse episódio pela Dra. K, por sinal, enquanto Dillon, preocupado com o companheiro de equipe, protesta dizendo que ele tem um nome e se chama Scott (!). A missão de Scott, que prova a ele mesmo e ao pai a sua capacidade para a posição que ocupa, também traz a peça que a Dra. K precisava e, consequentemente, a formação de um novo Megazord, pilotado por Dillon e Ziggy. Não é visualmente impactante, mas eu fico feliz por eles.

Um excelente episódio!

 

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