[Season Finale] American Horror Story: Delicate 12x09 – The Auteur

O bebê de Anna.

Infelizmente, terei que dizer nessa última review da temporada algo parecido com o que eu disse na estreia: parece que o tempo de “American Horror Story” já passou. Se tivemos temporadas e ideias maravilhosas há mais de 10 anos, quando a série estreou, a empolgação que elas nos causavam na época já se esvaiu. Eu ainda estou aqui, sem nem saber explicar direito o porquê, e vou dizer algo polêmico (!) ao afirmar que, para mim, “Delicate” pode estar no Top 3 piores temporadas da série, mas ainda tem duas outras das quais eu desgosto muito mais do que dessa. Isso, no entanto, não quer dizer muita coisa: apesar de ter uma premissa interessante e ter entregado alguns episódios legais, a verdade é que “American Horror Story: Delicate” foi, antes de ruim, fraca.

E o último episódio selou isso definitivamente. Com uma pausa desnecessária de seis meses no meio da temporada, “American Horror Story: Delicate” contou com uma primeira parte promissora, mas morna, que nos fazia pensar que o roteiro estava andando em círculos; depois da pausa excessivamente longa, a pouca empolgação já tinha esfriado, e mesmo que tenhamos tido um episódio muito bom (o do flashback, que eu considerei o melhor da temporada), não foi o suficiente para elevar “Delicate” a uma posição de destaque. E, agora, “The Auteur” nos entrega uma conclusão previsível e com o tom errado, que acabou me deixando desconfortável pelos motivos errados, e eu realmente esperava que as novidades da temporada fossem nos privar disso.

No episódio anterior, vimos Anna abrir mão do seu bebê em troca de um Oscar, embora talvez ela não tenha entendido isso, e esse Season Finale começa com Anna sendo levada de ambulância para algum lugar, enquanto entra em trabalho de parto e Dex é assassinado de maneira brutal e sangrenta – em parte pelo bebê de Anna, em parte por Ivy. O que era para ser o ápice do horror do episódio, embora conte com gritos angustiantes, um parto quase sinistro e muito sangue, acaba sendo estragado por aquela “seita” que já conhecemos, cujos membros agora descobrimos se chamar “Delicates”. As personagens estavam caricatas, com um tom descabido de comédia, quase como se elas estivessem interpretando vilãs de uma peça para criancinhas.

Simplesmente não funciona.

E, então, Anna descobre um pouco mais do pacto que fez “sem perceber”, e quem estava por trás de tudo o tempo todo: Siobhan Corbyn, que a levou para o Dr. Hill em 2019. Toda a explicação vem através de um diálogo expositivo que flerta com o jogral, e descobrimos que as “Delicates” estão há sabe-se lá quanto tempo selecionando mulheres “que querem tudo” para dar vida a bebês com superpoderes (ou quase isso) que construirão “um novo mundo” ou qualquer coisa assim… é bizarro, tem uma ideia meio distorcida de como enfrentar o patriarcado, e tudo o que Anna quer é poder segurar o seu bebê e lhe dar de mamar, mas, aparentemente, segurar o bebê a fará parte da seita – ou então ela pode abrir mão de tudo e se tornar velha e feia.

De todo modo, a dinâmica de Anna e Siobhan entrega as melhores cenas do episódio, quando saímos do desconfortável tom de piada proporcionado pelas demais Delicates, e somos conduzidos a uma conclusão inesperada na qual o espírito de Adeline faz um retorno para ensinar a Anna a oração a Hestia, que agora parece ser o suficiente para derrotar Siobhan e as Delicates, embora não tenha sido antes, e Anna parece ter conseguido tudo o que ela queria… depois de Siobhan se desintegrar na sua frente, Anna pega o que ela usava na cabeça e coloca na sua própria, e então reencontra o bebê, agora inteiramente humano, deitado tranquilamente em um berço, bem como o seu Oscar ainda na prateleira… sabe-se lá se elas foram mesmo derrotadas…

Mas quer saber? Não me importo o suficiente para ficar pensando nisso.

Quero muito que a 13ª seja a última temporada de “American Horror Story”.

 

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Comentários

  1. Já passou da hora de American encerrar seus trabalhos. Já deu. Tudo tem um tempo.

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